Nesse último fim de semana fui assistir "Bohemian Rhapsody" com o menino que eu gosto, ficamos em lugares horrorosos porque a sala estava quase lotada, cantamos, choramos, rimos muito, tudo bacana.
Estava com as expectativas lá embaixo, muito por conta do que tinha lido sobre a produção do filme (como o fato de quererem deixar a história do Freddie Mercury muito mais leve do que realmente é, saindo notícias inclusive de que não queriam mencionar que ele tinha AIDS, o que é um ABSURDO)... tava achando que ia ser uma bosta completa mas até me diverti e não achei tão ruim assim.
Porém, uma cena deu uma cutucada que não foi muito boa.
Freddie morava junto com sua namorada, Mary. Ele fez sucesso com a banda, etc etc, entrou em turnê, entrava em contato com a menina, mas dava pra ver que algo não estava legal. Quando ele voltou, eles conversaram e Freddie disse a ela que achava que era bissexual.
PALMINHAS, UHUL, FINALMENTE OS REFRESCOS PRA GALERA DO BONDE "O B NÃO É DE BISCOITO"?? NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!
Ela responde a ele algo como: "Não acredito, na verdade você é gay e tá mentindo pra si mesmo". Freddie poderia ter respondido "Nada a ver" e começar um discurso de como essa limitação era ruim e tals, ainda dando alguma esperança??? NÃÃÃÃÃO!! Ele fica quieto, não diz nada, dando a entender que ela tava certa nisso. A partir desse ponto no filme, começa a mostrar o Freddie promíscuo e porra louca pra caralho (coisa que ele de fato era), mas me deu a impressão de que as atitudes no filme foram meio que justificadas por causa da sexualidade dele.
Fora que a única mulher no filme que ele tem algum tipo de relacionamento, físico ou não, é a Mary. Todo o resto da galera que ele passou o rodo eram homens, só corroborando a fala da Mary que eu disse há uns 3 parágrafos atrás.
Freddie é um artista que sempre é lido como homossexual, quando na verdade ele era bissexual. Não queremos entrelinhas, não queremos frases em dúvidas, não queremos outras pessoas questionando sem nenhuma resposta.
Caralho, "Eu sou bissexual", não vai perder muito tempo falando isso. Pode encurtar mais ainda e falar "eu sou bi". 8 letras. Não vai doer, sabe? Dói na gente que tem que se contentar em ser apagado. Que tem que se contentar em só ser a dúvida, só ser o questionamento, nunca a certeza.
Estava com as expectativas lá embaixo, muito por conta do que tinha lido sobre a produção do filme (como o fato de quererem deixar a história do Freddie Mercury muito mais leve do que realmente é, saindo notícias inclusive de que não queriam mencionar que ele tinha AIDS, o que é um ABSURDO)... tava achando que ia ser uma bosta completa mas até me diverti e não achei tão ruim assim.
Porém, uma cena deu uma cutucada que não foi muito boa.
(SPOILERS LEVES ABAIXO, NADA MUITO GRAVE e porra, o filme sobre uma pessoa real que morreu há quase 30 anos, então né gente)
PALMINHAS, UHUL, FINALMENTE OS REFRESCOS PRA GALERA DO BONDE "O B NÃO É DE BISCOITO"?? NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!
Ela responde a ele algo como: "Não acredito, na verdade você é gay e tá mentindo pra si mesmo". Freddie poderia ter respondido "Nada a ver" e começar um discurso de como essa limitação era ruim e tals, ainda dando alguma esperança??? NÃÃÃÃÃO!! Ele fica quieto, não diz nada, dando a entender que ela tava certa nisso. A partir desse ponto no filme, começa a mostrar o Freddie promíscuo e porra louca pra caralho (coisa que ele de fato era), mas me deu a impressão de que as atitudes no filme foram meio que justificadas por causa da sexualidade dele.
Fora que a única mulher no filme que ele tem algum tipo de relacionamento, físico ou não, é a Mary. Todo o resto da galera que ele passou o rodo eram homens, só corroborando a fala da Mary que eu disse há uns 3 parágrafos atrás.
Freddie é um artista que sempre é lido como homossexual, quando na verdade ele era bissexual. Não queremos entrelinhas, não queremos frases em dúvidas, não queremos outras pessoas questionando sem nenhuma resposta.
Caralho, "Eu sou bissexual", não vai perder muito tempo falando isso. Pode encurtar mais ainda e falar "eu sou bi". 8 letras. Não vai doer, sabe? Dói na gente que tem que se contentar em ser apagado. Que tem que se contentar em só ser a dúvida, só ser o questionamento, nunca a certeza.
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