Demorei demais para sentar minha bunda na cadeira e escrever sobre esse mais novo casal de dois meninos da Rede Globo, justamente porque eu não sabia o que dizer, só sentir. Então, depois de meses, uma longa caminhada de quase 4.5Km e duas horas de aula de inglês, eu finalmente consegui entender o que eu precisava passar para o papel, mesmo que fosse em forma de um curto texto.
Passamos anos da nossa vida com representatividade horrível em tudo quanto é mídia, e infelizmente ainda ocorre, mas vem melhorando e aos poucos, as pessoas estão tendo mais empatia, se importando mais com a imagem que passam da diversidade sexual. E eu pude perceber isso com o desenvolvimento do mais novo casal LGBTQ da Globo: Michael e Santiago, de Malhação Vidas Brasileiras.
Pela terceira vez na Rede eu vi o uso de tropes positivos para personagens LGBTQ. A primeira vez foi com Limantha (Lica e Samantha), no trope de "amigas de infância se apaixonam" e "da amizade pro romance", a segunda foi com com Lutávio (Luccio e Otávio) de Orgulho e Paixão com trope de "paixão histórica" e "militar x civil". Agora com Santiel (Santiago e Michael) TEM TANTOS, MAS TANTOS, QUE GENTE, EU NEM SEI COMO COMEÇAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Teve o trope de "lados opostos" (de quando eles discordam sobre o Michael poder ou não usar roupas tidas como femininas na escola, antes de começar a quinzena do Michael e o desenvolvimento propriamente romântico deles), "admirador secreto" (pela correspondência de cartas), "futebolista x não-futebolista(?)" e obviamente, em conclusão, "de inimigos para amigos para namorados".
Esses clichês trazem algo que é muito importante: normalização. Justamente por isso é tão incrível que MVB decidiu trabalhar com vários tropes, fazendo do um jeito romântico e normal que é. Eu só consigo lembrar do tanto que fiquei animado, de como pirei de empolgação conversando com minhas amigas sobre. E justamente por isso, acho que é de extrema importância que divulguemos mais esse casal, mostrar que amamos eles e dar o reconhecimento que eles merecem.
Representatividade brasileira em novelas quase nunca é bem feita, mas quando é, nos dá força para seguir em frente, para viver e enfrentar o que vir contra a gente.
Você pode acompanhar no Globo Play (no link vocês vão ter acesso à uma das primeiras interações e como começou o desenvolvimento deles) alguns trechos gratuitos desde quando eles se conheceram <3 |
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1 comentários
Mesmo entre homens cisgeneros, há alguns "modus operante", ai dentro da heteronormatividade. Quando dormia com, socialmente, colega de faculdade, lá pelo ido de 1993, a irmã dele meio que reparava eu tomando banho antes, deitando antes dele e até a luz de abajour. Como ele tinha 35 anos e eu já com 27 anos, ela nunca perguntou se transavamos!O pai dele, em reservado, depois da nossa primeira noite, me disse seja bem vindo, meu genro e faça ele feliz!
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