Viagem no tempo é, com toda a certeza, um dos meus maiores amores. De Doctor Who à Asimov, sempre que vejo algo novo logo corro para ver/ler. Mas, até então, eu não tinha lido o maior clássico a abordar o tema.
A Máquina do Tempo é considerado o primeiro romance a falar sobre viagem no tempo, sendo publicado em 1895, logo qualquer um pensaria em uma linguagem rebuscada e uma narrativa nada fluida. Mas qualquer um que pensasse nisso (inclusive eu) estaria totalmente equivocado.
O livro de H. G. Wells conta a história d'O Viajante no Tempo: um homem que criou uma máquina que era capaz de viajar na quarta dimensão. E, é numa reunião com amigos com as mais diversas crenças que ele conta a história de como foi viver 8 dias no ano de 802.701.
Isso mesmo! Oitocentos e dois mil setecentos e um.
O Viajante chega em uma época onde a raça humana está completamente mudada. A sociedade é dividida entre Murlocks e Elois que são completamente diferentes de como nos conhecemos hoje. Os Murlock seres de pele pálida que vivem no subterrâneo e não suportam a luz, e os Eloi que se assemelham à crianças com sua estatura pequena e a ingenuidade, o medo e o pavor característicos de quem não consegue sobreviver por conta própria.
E essa é a questão: A Maquina do Tempo não é sobre viajar no tempo, mas sobre uma sociedade futurística imaginada por Wells e principalmente sobre o que nos tornaremos num futuro tão tão tão distante.
É a partir dessa premissa que o viajante se vê perdido nessa sociedade que ele não entende nada (muito menos a língua que falam) e sem a sua máquina para voltar para sua época.
A Máquina do Tempo foi um livro que me prendeu desde seu primeiro capítulo. Com uma escrita fluida e envolvente, a história do viajante me fez não querer desgrudar do livro (algo que há bastante tempo não acontecia).
Nota:
Nota:
Por ser um livro curto e que o propósito não era falar sobre viagem no tempo, mas sim explorar a humanidade e o que o futuro reserva, eu confesso que esperava um pouco mais. Mas essa é a coisa sobre clássicos: não precisa de um grande enredo ou um plot twist de arrancar as cabeças. Ele é bom pela história que conta, por mais simples que ela seja.
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1 comentários
Eu assisti o filme e é um dos meus preferidos e agora fiquei curiosa pelo livro também, ainda mais que parece um pouco diferente do que lembro da adaptação (acho que termina com ele no futuro, ele não volta pro passado? Não tenho certeza, hahaha).
ResponderExcluirMenino, também curto muito viagem no tempo, de todos os tipos! Não sei se conhece, mas esses dias maratonei uma série na Netflix que eu achei bem bacana sobre o tema: Travelers. São 2 temporadas de 12 episódios de 50 minutos e a terceira estreia em dezembro agora!! O diferencial é que as pessoas não "viajam" no tempo, a consciência delas que voltam ao passado para tentar mudar o futuro e é bem sci-fi, eu amei!!