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Representatividade brasileira vs. americana: Do Lado De Fora

11.6.18Jota Albuquerque


Esse é um tema que até onde eu já tenha pesquisado, nunca achei alguém falando sobre comparar, como se reage/se sente em relação às duas formas de representação. E eu percebi que eu reajo de formas diferentes (bem diferentes).


É estranho reconhecer isso, já que temos mais representatividade (levando em conta os anos, produção de conteúdo e tudo o mais) americana do que brasileira, mas eu me peguei mais surtado de felicidade enquanto via um filme brasileiro de poucos anos atrás do que quando vi um filme LGBTQ americano. Não que não gostei do estrangeiro (porque amei muito), mas o brasileiro me deixou com um sentimento de identificação FORA DO COMUM, eu fiquei TÃO FELIZ, TÃO COMPLETO, TÃO-TÃO... AAAAAAA (descrição completa com sucesso)

A palavra-chave com representação brasileira (levando em conta que você seja brasileiro) é essa: identificação. Mas não a identificação que a representação em si só traz, mas a identificação de SER BRASILEIRO, porque a gente parece que esquece desse fator. É incrível ver LGBTQ de outros povos sendo retratados e sim, a gente se sente representado, se identifica com vários fatores, mas falta o principal: SER BRASILEIRO. Porque isso conta, goste você ou não da realidade ou goste ou não da sua pátria, você é brasileiro e com isso vem toda a bagagem de vivência: cultura, religião (ou falta de), política, língua, linhagem familiar, etc.

Ou seja: quando me vejo diante de uma representação brasileira, em especial uma como Do Lado de Fora (de 2014), mostrando quatro visões de quatro gays diferentes, é como ter o meu momento de Iluminação. É uma felicidade que não cabe no peito, é uma identificação que gente, eu realmente não sei descrever.
Três dos quatro personagens principais que roubaram meu coração
Eu conversei com uma amiga sobre isso, né? E ela concordou comigo, citando de exemplo um casal recente LGBTQ brasileiro que ela participou ativamente na torcida (aqui e aqui você pode checar os textos dela), Limantha (Lica e Samantha). Porque sim, a gente se sente representado, chora, torce, ama e sofre com os casais internacionais, com nossos personagens LGBTQ internacionais, mas quando é nacional, tem o fator principal: ser nacional. O que nos leva a outro nível de felicidade para a identificação.

Como citei, quis propagar o amor de Limantha (pra quem não sabe é de Malhação Viva a Diferença, vulgo melhor edição de todas de Malhação)
Então acho que de conclusão pra esse texto é isso: apesar de diferentes e igualmente amadas, quando a representatividade é nacional, o impacto nas nossas vidas é ainda maior.


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1 comentários

  1. Representatividade brasileira vs. estadunidense (ou norte-americana)* America é um continente cujo o Brasil faz parte...

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