Eu tava de boinhas em casa ouvindo meu Descobertas da Semana numa segunda-feira tediosa quando as seguintes palavras adentram meus ouvidos:
Houve um start e eu levantei os olhos para o notebook, o que era isso? Pera, vamo ouvir direito. Coloquei a música para tocar de novo e sim, ela ganhou espaço na minha playlist maravilhosa que já cansei vocês de tanto citar. É que essa música não era só divertida, ela é um grito de “levanta a cabeça e siga em frente”, algo que eu mandaria para um amigo depois dele ter se livrado de um embuste. Uma dica sobre o que fazer com as lembranças que ficam depois do fim de um relacionamento não muito legal.
“Sabe aquele gelo que você me deu? Eu botei no sol
E com a água que derreteu
Eu lavei o lençol
Sabe aquelas flores que você me deu?
Eu as vi secar
E com as folhas que o buque rendeu
Eu fiz um chá”
Houve um start e eu levantei os olhos para o notebook, o que era isso? Pera, vamo ouvir direito. Coloquei a música para tocar de novo e sim, ela ganhou espaço na minha playlist maravilhosa que já cansei vocês de tanto citar. É que essa música não era só divertida, ela é um grito de “levanta a cabeça e siga em frente”, algo que eu mandaria para um amigo depois dele ter se livrado de um embuste. Uma dica sobre o que fazer com as lembranças que ficam depois do fim de um relacionamento não muito legal.
Mas Taiany, qual é o nome dessa música afinal? Então, o nome da música é Sala de estar, e quem canta é a banda Casaprima, uma banda pernambucana de rock e folk formada em 2010. O grupo é formado pelo casal Heitor (voz e violão), Maria J (voz e teclado), e também por; Robson d Paz (baixo guitarra), e o que faz eles únicos e porque não, diferentes, é a transformação daquela pegada regional nordestina em algo cosmopolita.
Uma coisa muito legal sobre a banda é que eles falam para quem quiser ouvir que o objetivo deles é propiciar momentos de felicidade àqueles que escutam suas músicas. Não duvido que esse seja o objetivo de muitos cantores, mas deixar isso às claras, trazer isso a luz é abraçar os ouvintes em forma de palavras.
Mas melhor do que eu falando de uma banda, e ela falando sobre si mesma, então fiquem com a entrevista que fizemos com eles:
1 - Como vocês definiriam sua música para alguém que nunca ouviu?
Maria: Acredito que fazemos uma música com sensibilidade e leveza. Buscamos retratar as nossas vivências, assim como, nos aproximar, cada vez mais, das pessoas que curtem nosso som. Cada uma de nossas composições é sempre construída com muito carinho.
2 - Dentre as suas músicas, qual sua favorita?
Maria: A minha música favorita é, sem dúvidas, “Andarilho”, que é a última faixa e foi a inspiração para o nome do disco. Ela me transmite tranquilidade e uma mensagem de que nunca devemos desistir, apesar dos obstáculos no decorrer da vida.
Heitor: No momento, é a canção “Norte”, que estamos produzindo. Ela dá nome ao nosso próximo disco que estamos produzindo. Ainda esse ano todos você vão poder ouvi-la.
3 - Como a banda se juntou?
Maria: Nós três sempre fomos envolvidos com arte. Eu fazia teatro, enquanto os meninos já estavam no caminho da música. Não foi difícil juntarmos a nossa criatividade e inspiração. Eu e Heitor, iniciamos nosso relacionamento em 2008, dois anos antes de começarmos a tocar juntos, porém nos conhecemos desde criança! Robson se juntou ao grupo em 2012 e, desde então, não consigo imaginar o nosso projeto de outra maneira.
4 - Como foi o processo de definir a sua identidade sonora?
Maria: Buscamos ser verdadeiros com as nossas composições, nossos arranjos e nosso público. Tentamos encontrar uma harmonia musical entre a particularidade de cada integrante, pois isso reflete-se em nossas composições. Cada um de nós contribui de forma singular com o resultado final da obra. Ainda estamos em processo de construção, sempre aprendendo e buscando evoluir... acredito que estamos sempre em transformação.
5 - Uma lembrança querida da carreira?
Maria: Tenho muitas lembranças! Os amigos que conhecemos e que deixamos em cada cidade onde passamos. As aventuras no meio da estrada, as dificuldades, erros e acertos, tristezas, conquistas! Lembro-me de pequenos momentos que hoje me fazem falta.
Heitor: Eu particularmente gosto muito quando as pessoas nos dizem o quanto nosso trabalho é importante para elas. Na música sempre há altos e baixos, mas quando leio comentários na internet ou até pessoalmente sobre como nosso trabalho melhora um pouquinho a vida das pessoas, eu sinto que vale a pena.
6 - Qual vocês acham que é a maior dificuldade do cenário musical brasileiro atualmente?
Maria: No cenário atual, não basta ter um bom trabalho e muito talento, o artista tem que correr atrás por conta própria, batalhar, gastar dinheiro, suar, gastar mais dinheiro e, ainda, sem nenhuma garantia de que irá funcionar. O artista tem que estar disposto a ser empreendedor e olhar seu projeto como um produto se o intuito dele for o reconhecimento e estabilidade profissional. Claro que acontecem exceções, mas, no geral, é assim que funciona.
Heitor: Minha maior barreira sou eu mesmo. E acho que estou começando a passar por cima dela (risos).
7 - Uma banda nacional que vocês acham que todos deveriam ouvir?
Heitor: Perguntinha difícil! (rsrsrsrs) Mas vou ser bairrista. Acho que o Brasil devia conhecer o trabalho da “Banda de Pífanos Zé do Estado”, aqui de Caruaru, que inclusive vai tocar esse ano no Rock in Rio no show do Grande Encontro (Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo). A Zé do Estado é uma das bandas mais Rock n’ Roll que eu já ouvi!
8-Como acontece o contato para as parcerias/participações especiais?
Maria: Estamos sempre abertos para a realização de parcerias. Geralmente acontecem com amigos e colegas que encontramos ao longo de nossas andanças! Quem quiser trabalhar conosco, pode nos enviar um email para casaprima.contato@gmail.com e ficaremos felizes em analisar as propostas!
Heitor: Sou compositor compulsivo, porém sou hiper atarefado! Mais amo parcerias. Geralmente sou um tanto seleto, pois sou muito preocupado com a letra das minhas composições. Recebo sempre poemas lindíssimos de diversos amigos, mais poucas vezes consigo aproveitá-los em minhas canções. Uma dica bacana para quem quiser compor algo comigo: Me mandem a ideia já meio formatada, num voz e violão, que fica muito mais emocionante e intuitivo para mim. Eu consigo compreender melhor as intenções das poesias.
Enquanto a gente aguarda o novo álbum que tem previsão de lançamento para o segundo semestre, vamos ouvindo o Cd Andarilho:
Para saber mais sobre a banda:
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Taiany Araujo
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