Ariel Carvalho CCEntrevista

Entrevista com Kennedy, do The Maine

22.7.17Ariel Carvalho



O The Maine está em solo brasileiro para fazer uns shows da turnê do álbum Lovely Little Lonely. Se você vive debaixo de uma pedra e não conhece o The Maine, eles são uma banda que sempre traz histeria pro Brasil. Na última turnê, os 200 primeiros ingressos (que vinham com Meet & Greet de graça) esgotaram rapidinho e foi um estapeamento para conseguir uns minutinhos com John O'Callaghan, Jared Monaco. Garrett Nickelsen, Patrick Kirch e Kennedy Brock.

Conversei com o Kennedy por telefone, e ele foi simpaticíssimo, falando em português e mostrando que é gente como a gente que usa o Duolingo.


A: Oi, Kennedy, tudo bom?


K: Oi, "tudo bom"! E você?



A: Tudo bom! Está aproveitando o Brasil?


K: Muito, muito. É sempre bom voltar.



A: Eu tenho algumas perguntas de fãs para você.


K: Pode falar!





“Dez anos de banda são suficientes pra bagagem musical de vocês crescer. O que mais influenciou vocês nos últimos tempo, principalmente durante a produção do último álbum?” - Beatriz Brito, 25 anos 


K: Nesse último álbum, tentamos fazer algo com mais coesão, que parecesse ser uma única peça sólida (o que não conseguimos nos álbuns anteriores). A nossa maior inspiração foram os fãs, a turnê e as pessoas que conhecemos nesse caminho.


“Na última turnê de vocês aqui no Brazil, A Brazilian Candy, os primeiros fãs que compraram os ingressos tiveram direito a um meet & greet. Os fãs brasileiros são muito apaixonados e devotados e os ingressos foram muito disputados. Qual foi a situação mais engraçada/interessante/peculiar que vocês tiveram com fãs em meet & greet pelo mundo?” - Rafaella Bueno, 25 anos


K: Esses meet and greets são diferentes aqui do que nos Estados Unidos, porque aqui as fãs ficam muito animadas (risos), o que é ótimo! É uma ótima oportunidade de entrar em contato com os fãs, mostrar a eles que os apreciamos, e é uma parte muito importante do que fazemos. Ah, e também é ótimo para eu aprender mais português! (risos) É assim que aprendo melhor o português: conversando com fãs.


“Qual é a sensação de ver vários fãs tatuando frases e trechos de músicas que ele compôs?”
Bruno Fernandes, 19 anos 


K: Ah, cara, nós... nós nunca cansamos disso! É muito lisonjeante ver as pessoas com tatuagens nossas, nós amamos e temos muito carinho pelos fãs que fazem isso!



“Tentar aprender português é um modo de estreitar os laços com os fãs e tornar essa conexão ainda mais forte? E se eles procuram tentar aprender fora da época de turnê também.”


Clara Manhães, 19 anos


K: Sim, em parte foi para nos conectar com os fãs! No começo, quando eu vim pro Brasil pela primeira vez, eu não entendia muito bem o que os fãs estavam dizendo, e queria conversar com eles. Para mim é mais fácil durante a turnê porque eu estou lidando com as pessoas que falam a língua o tempo todo, então acabo aprendendo mais. Mas o mais complicado é que as pessoas, quando falam, acabam falando muitas gírias (risos), então eu tenho uma certa dificuldade em saber o que é uma gíria e o que é a palavra. Ou quando falam e a pronúncia não soa como eu falava (risos). Fora da turnê, eu aprendo no Duolingo! 



“No show de 2015 no rio o John fez um discurso muito lindo. Queria saber se ele podia falar um pouco sobre ele, o que estava passando nesse período e se eles têm alguma noção de como as coisas que ele fala impactam os fãs porque a gente se identifica muito e acaba usando os discursos dele como uma válvula de escape, palavras de incentivo ou até como um mantra mesmo”



Julia Freire 17 anos


K: Assim como a tatuagem, é algo muito emocionante e lisonjeador!



A: Vocês leem bastante? Quais livros vocês gostam?


K: Os dois livros que eu tenho comigo agora são peculiares (risos). Eu gosto de adestramento canino, então estou lendo um livro sobre isso, e o outro é um dicionário de português (risos).


A: Você acha que livros podem ajudar na hora de compôr músicas para um novo álbum?


K: Com certeza! Mas é só uma pequena parte. A gente pega inspiração de outros artistas, de músicas, de interações que temos com fãs e o que eles estão vivendo... Os livros ajudam, mas são só uma pequena parte.



A: Acho que é isso! Você tem alguma mensagem para os Maineacs brasileiros?


K: "muito obrigado"! Se já te vimos, "bom te ver", se não, "volto em breve"!



***

ALÔ, CARIOCAS! AINDA DÁ TEMPO DE VER O THE MAINE!



Amanhã, 23 de julho, às 18h, o The Maine encerra a turnê no Brasil com um show no Circo Voador, na Lapa. Ainda há ingressos à venda! Mais informações aqui no evento.

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