Você já parou alguma vez e olhou para si mesmo, mas não superficialmente – somente o exterior – e sim internamente, e se perguntou se você se aceita? Se aceita como pessoa, se aceita como um adolescente que está amadurecendo e crescendo? Ou um adulto que está buscando aprender e buscar algo que goste?
Acho que isso é que é muito difícil para um adolescente, mas também para um adulto. Quem não quer ser aceito?
Quem não quer poder ser popular por alguns minutos? Ou poder, pelo menos uma vez, não ser a piada? E por mais que você se ame e se aceite, tem dias que algumas coisas acabam cansando e você se vê triste e até mesmo com raiva de toda a situação.
Crescemos e amadurecemos com a ideia fria na nossa cabeça de que temos que ser popular, todos querem ser popular sem de fato querer.
E infelizmente isso não é facilmente mutável, não é algo que estalando os dedos vai passar e acabar.
Se lembre que a popularidade um dia acaba, e o que importa foi a caminhada e a aprendizagem. Se lembre que você não precisa de uma popularidade, ou se sentir mal por não se encaixar no que dizem ser o "certo", para que você seja especial, e esqueça o pensamento de que você fazer parte de algo que é especial te torna especial, porque na verdade, você fazer parte daquilo torna aquilo especial.
Alguns erros não dizem quem você é, agora o caminho que você escolhe trilhar, o que você aprendeu daquilo e o que você vai fazer, isso acaba por te definir. Somos humanos, não somos perfeitos, e eu entendo isso e te aceito como é.
Não é fácil você perceber que não se aceita, porque isso envolve muitas outras questões além da questão pontual sobre você, tem a pressão da sociedade ditando o que você tem que ser, tem as pessoas que riem e tiram sarro, e claro, tem sempre alguma pessoa que você igualmente não se dá bem, e em muitos casos, essa pessoa tem a popularidade, o corpo que a sociedade diz ser o "certo", e algumas vezes, em alguns casos, essa pessoa e alguns outros se juntam para rir de você.
E ISSO CANSA! É CLARO QUE CANSA!
E a gente insiste em colocar máscaras e fingir que está tudo bem, algumas vezes por causa dos ambientes em que estamos, mas tudo bem estar triste e estar cansado e com raiva disso tudo.
E de vez em quando, mesmo se aceitando, tem alguma questões que você tem que lutar para melhorar a aceitação dentro de você mesmo, seja sua sexualidade, peso, gênero...
Acontece. Acontece e tudo bem estar chateado com isso, não se culpe, a culpa não é sua. E às vezes, não é por estar chateado por algo, que signifique que não se aceite.
Eu lembro quando passei por toda a questão de auto-aceitação em 2014 e começo de 2015, e o que mais me incomodava, era meu peso e algumas questões de identificação como pessoa. Acho que graças - sem contar minha família - ao pessoal fã de Percy Jackson que conheci na minha escola em 2015, foi uma grande ajuda para me entender e ir me limpando de todos as coisas enfiadas na minha cabeça pela sociedade, apesar de em 2014 ter pesquisado muito e entendido bastante, não é a mesma coisa que você ter pessoas com quem se identifica próximas à você (seja física ou virtualmente falando).
E então 2016 foi meu ápice, foi o ano em que eu me entendi como pessoa e tudo que eu poderia não me aceitar, deixou de existir, acho que me aceitei como pessoa, e aos poucos venho me conhecendo mais.
E claro, minha história e as dos meus amigos - que também usei como base para o texto - não é a mesma que a sua.
E com isso vem uma calmaria muito boa, vem uma sensação de calma |
O que importa é que eu entendo o que você passa, e não é sua culpa, não é nada errado em você. Só é algo que acontece e você pode contar comigo e com as pessoas mais importantes para você.
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João Paulo Albuquerque
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