Se eu falar que lembro como conheci esse cara aê, estaria mentindo. NÃO FAÇO A MINIMA IDEIA, um dia eu tava matando tempo no instagram e me pego assistindo um vídeo ao vivo dele, e depois outro e outro.
Mas afinal, quem é esse cantor que me fez quase torcer o pé ao correr pro computador quando soube que ele tava no Spotify?
Lucas Seixas. Cantautor, como ele mesmo se denomina. Soteropolitano. 25 anos. Como falei antes, conheci esse carinha ai no instagram e como me senti orgulhosa em ver que ele tava com seu novo trabalho no Spotify e vindo pro Rio fazer um show que seria lindo, isso eu já sabia.
Seu primeiro CD, ILHA é um disco que aborda a nossa profundidade. A nossa porção de terra cercada de água, que ninguém mais alcança, só nós. O nosso lugar no mundo, que nos difere de todos os outros. Uma imersão nesse universo em 12 canções. ILHA sou eu, somos todos nós que mesmo cercados ainda somos únicos, e mais, ainda somos desconhecidos, inexplorados, talvez até selvagens. Ao ouvir as músicas eu me via num processo de imersão e curiosidade, eu queria me aventurar naquele desconhecido. EU.
O disco nasceu de um financiamento coletivo. Um sonho conjunto que só foi possível com a colaboração de mais de 180 parceiros. E gente, eu vi isso nascendo, vi esse Cd sendo gerado, cuidado e sonhando por tantas e tantas pessoas. Verdade que eu tava só ali num cantinho do instagram, mas tava lá, apoiando, comemorando, curtindo e APROVEITANDO DESSA VOZ BELÍSSIMA. Além disso, o disco conta com a participação da cantora Tiê (AMO), madrinha do projeto, e do Maestro Carlos Prazeres.
Eu vejo esses dois nomes e já fico empolgada. |
E é tudo tão novinho, saído do forno, já que foi gravado no Studio Quadra 16, entre setembro e dezembro de 2016. Produzido por Gilson Menezes e Studio Quadra 16. Então vamo conferir essa entrevista que tive um prazer imenso em fazer:
1 - Como você definiria sua música para alguém que nunca ouviu?
Música é como a vida. Cada momento revela uma fase. Cada música e reflexo de uma experiência. Existe diferentes maneiras de sentir, de acordo com cada vivência e particularidades de cada um. Não vejo como algo a ser definido. Está em constante modificação. Minha música é o retrato de um sentimento verdadeiro de uma época, só que esse sentimento pode ser revivido e sentido de diferentes maneiras a qualquer momento.
2 - Dentre as suas músicas, qual sua favorita?
É muito difícil eleger a música preferida. Realmente são canções muito particulares e específicas de cada fase da minha vida. Mas posso dizer que, atualmente, "Sim" é a música que tenho mais escutado e que tem mais mexido comigo.
(Me intrometendo no meio da entrevista pra dizer que é minha favorita também)
(Me intrometendo no meio da entrevista pra dizer que é minha favorita também)
3 - Como você começou/ se descobriu como cantor?
Não houve essa descoberta. Foi um processo muito gradual, de autoconfiança. Não me considero um cantor ainda hoje. Sou um artista que escreve aquilo que sente e conta essas histórias para quem estiver disposto a ouvir. Comecei a compor em 2010, enquanto começava a aprender a tocar violão. Aos poucos, as músicas foram nascendo. Acredito que pela simplicidade e sinceridade, muitas pessoas tenham se identificado com as minhas histórias e, desta maneira, hoje, gostam e acompanham o meu trabalho.
4- Como acontece o contato para as parcerias/participações especiais?
Os convites para as participações especiais do meu disco vieram de maneira muito natural. A vida colocou a Tiê e o Carlos Prazeres no meu caminho no momento certo. Eu estava pronto a passar de seis meses a um ano no interior da Bahia, como uma forma de me conectar com a natureza e tirar um momento para refletir sobre a vida e meu futuro quando conheci a Tiê e ela me convidou pra subir ao palco com ela por três noites. Isso mudou mina vida completamente. Foi a partir de então que eu tomei coragem para gravar meu disco. Eu gostei muito daquele lugar - o palco. O Carlos Prazeres eu conheci quando fui fotografá-lo para uma pauta de jornal. Acabou que nos tornamos amigos. Acredito que a vida tem me levado a lugares muito maravilhosos. Talvez se eu tivesse planejado não teria sido tão legal. Não costumo fazer planos. Acho que esses encontros se tornam muito mais verdadeiros e especiais.
5 - Como foi o processo de definir a sua identidade sonora?
Não houve muito esse processo. As coisas foram acontecendo. Os arranjos do disco não fogem muito à maneira como eu toco em casa as minhas músicas, desde sempre. Fui fiel ao sentimento de cada canção. Mais difícil que definir a identidade sonora é, posteriormente, categorizar dentro de algum gênero já existente. Minhas inspirações são muito diversas. Minha música é híbrida. Sou MPB, mas também sou alternativo, mas também sou rock rural, mas também sou indie etc.
6 - Uma lembrança querida da carreira?
Várias! Mas, por agora, devo dizer o meu show de estreia do disco, no Rio de Janeiro. Foi incrível.
7 - Qual você acha que é a maior dificuldade do cenário musical brasileiro atualmente?
Ser ouvido. Tem muita gente boa produzindo música de qualidade ao mesmo tempo. Nunca o cenário musical foi tão democrático - não falo aqui dos grandes veículos de comunicação, que colocam muita grana e nos saturam com um ou dois gêneros musicais. É uma coisa maravilhosa o que a internet proporcionou. Mas agora é preciso de destacar de alguma forma. A competição por atenção é grande.
8 - Uma banda nacional que você acha que todos deveriam ouvir?
5 a seco
9-Você acabou de lançar um cd no spotify. Quais os planos futuros?
Começar a fazer show e rodar o Brasil.
* * *
Para quem as vezes fica com preguiça de entrar no Spotify, não precisa nem sair daqui, escutem e digam o que acharam nos comentários, adoro trocar figurinhas sobre cantores/bandas, e quando são boas é melhor ainda.
O disco está no:
Spotify:
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Deezer:
OneRpm
Para mais informações:
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