Pode não parecer, mas eu gosto muito de bandas numa vibe punk rock, o sentimento de ouvir aquela guitarra barulhenta, de sair dando chutes na porta e quebrando um monte de coisas (figurativamente, claro)... me acalma bastante AHAHAHAHAHHAHAHAHA
JURO, EU DURMO QUE NEM UM BEBÊ OUVINDO SEX PISTOLS E COISAS DO TIPO.
Imagem verídica de mim dormindo ouvindo punk. |
E gosto mais ainda quando a banda tem integrantes e vocal feminino, porque ei, REPRESENTATIVIDADE IMPORTA, NÉ NOM?
Eu entrei num vórtex da internet um dia desses, saí clicando em links dentro de páginas, e nessas páginas eu clicava em outros links que me levavam a outras páginas e por aí vai. Encontrei uma matéria na Vice sobre a cena atual do punk rock feminista em Seatle, depois fui pra uma matéria na Noisey sobre como as menina da Banana Records e da Trama estão organizando as bandas do cenário independente brasileiro só de mulheres ou com mulheres como integrantes numa planilha, e aí cheguei numa banda punk aqui do Rio, QUE VEJA SÓ, FOI CRIADA EM NILÓPOLIS, A TERRINHA ONDE EU NASCI: a Trash No Star.
Obviamente eu precisei correr atrás pra ouvir as músicas, obviamente eu precisei gritar pro mundo todo o quão tinha uma banda tão legal que vinha de onde eu vim, e obviamente eu precisei vir apresentar ela aqui no Notas Brasileiras. Eis aí as respostas deles pra nossas já conhecidas perguntas:
1 - Como vocês definiriam sua música para alguém que nunca ouviu?
Somos uma banda dos anos de 1990 em 2016...
2 - Dentre as suas músicas, qual sua favorita?
Muito difícil escolher a favorita... Gostamos de todas. Mas geralmente ficamos muito empolgados com a última que fizemos. quando preparamos uma musica nova ela vira temporariamente a favorita <3
3 - Como a banda se juntou?
Eu (Leticia) e Felipe somos amigos de longa data, da época da escola ainda. Tocávamos juntos desde 2002. Decidimos continuar e montamos a Trash em 2010.
4 - Como foi o processo de definir a sua identidade sonora?
A Trash é um desdobramento do tipo de som que gostamos de escutar (Babes in Toyland, Sonic Youth,Mudhoney, PJ Harvey, Dinosaur Jr). Não tentamos copiar nehuma dessas bandas, sempre tentamos fazer esse tipo de som sob nossa ótica, e ao longo desses anos, temos conseguindo obter êxito nessa tarefa.
5 - Uma lembrança querida da carreira?
Show em Juiz de Fora, organizado pelo pessoal da Pug Records, com garrafas quebradas, galera enlouquecida e surf de manequim!
6 - Qual vocês acham que é a maior dificuldade do cenário musical brasileiro atualmente?
Antes, certamente poderíamos dizer que o problema eram lugares pra tocar e conseguir gravar seu som... Já passamos por essa fase... Criamos nossos próprios lugares para tocar e gravamos nossas músicas em casa, estúdios... Até o acesso a equipamentos está mais fácil. Mas hoje, sentimos que as grandes casas, produtoras, e selos/gravadoras se prendem nas mesmas bandas de sempre e não dão espaço para bandas novas. As bandas que movimentam a cena com material próprio e independente acabam caindo nas mãos de produtores exploradores e vivendo de migalhas, tocando em equipamento ruim, ou então tendo que levar o próprio equipamento. Muitas vezes (quase 99% das vezes) nem água ganham. Então, ficamos presos em nichos, tentando sobreviver criando uma grande rede de apoio mútuo, produzindo e gerindo nossos próprios eventos, gravando e divulgando nosso trabalho.
7 - Uma banda nacional que vocês acham que todos deveriam ouvir?
Como somos os dois aqui falando, vamos escolher duas: Medialunas (do Rio Grande do Sul) e Ostra Brains (RJ).
Você pode ver e ouvir mais Trash no Star no canal do Youtube deles, Soundcloud e Facebook. E AMANHÃ, dia 11/11 (cabalístico), vai rolar um show da Trash no Star, Framboesas Radioativas e Pega Monstro no Motim, aqui no Rio de Janeiro. Você pode ver mais informação no evento do Facebook.
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