Lá em julho, todo mundo estava num hype enorme para ver Esquadrão Suicida e eu só queria que chegasse o dia da estreia de Star Trek: Sem Fronteiras. Quando o segundo filme saiu, eu fui correndo para o cinema, sozinha e em dia de protestos (não era pelos vinte centavos, lembram?), e foi um dos melhores - se não o melhor - filmes daquele ano.
Eis que a data de estreia muda, e para setembro. SE-TEM-BRO. Dois meses de espera, e eu sou péssima em esperar estreias de filmes. Mas aguentei, firme e forte, e tinha certeza de que seria um bom filme, mesmo com um pouquinho de medo. Acontece que esse seria o primeiro filme 100% original da nova franquia Star Trek, e também era o terceiro filme da saga e todos sabemos a fama que têm os terceiros filmes, né?
O filme é muito bom. Mesmo. Me senti do mesmo jeito que em 2013, como se estivesse fazendo algo muito certo ao ir assistir Star Trek. É uma história original e deliciosa, e você nem percebe a hora passando. Tem elementos da série original e dos filmes originais, um humor gostoso bem Trekker, e eu fiquei com a sensação de que finalmente terminaram de moldar as personagens.
Sem falar que, apesar de várias menções à saga original, é um filme que se sustenta sozinho, e serve para quem nunca viu nada.
O pôster de 'Star Trek: The Motion Picture' foi recriado para esse novo filme |
Como pontos negativos, acho que só posso falar que ver o Anton Yelchin tantas vezes e na pele de uma personagem tão positiva me deixou bem triste. A morte dele ainda está muito recente, e eu senti isso vendo o filme. No geral, o filme é bom, e vale a pena ser visto. Não é o melhor dos três, porém merece crédito por ser tão original.
Ainda falando de Star Trek, a série original completou há pouquinho tempo 50 anos da estreia. Para comemorar, o filho do Leonard Nimoy (que era o Spock original), Adam Nimoy, decidiu fazer um documentário sobre a personagem Spock e seu impacto na sociedade. Só que, no meio tempo, Leonard faleceu, e Adam mudou um pouco o foco de seu documentário: além de falar de Spock, ele falaria também da vida de seu pai.
Vamos falar sobre como o Adam é a cara do Leonard? |
O documentário é uma coisa linda. Aos 2 minutos, eu já estava chorando. Ao longo das duas horas de filme, Adam conta toda a história de Spock, de sua criação e sua consagração como um ícone da cultura nerd, ao mesmo tempo em que mostra a trajetória profissional e pessoal de Leonard. Talvez o mais legal seja a mescla que o filme faz entre pessoas do passado remoto e do passado recente de Nimoy, com depoimentos de membros do Star Trek original e envolvidos com os novos filmes, de fãs entusiasmados - famosos ou não.
Deixando um pouco as lágrimas de lado, Adam criou um filme que celebra a cultura de fãs, o próprio Spock, a saga Star Trek, e também os fãs (que são peça-chave nessa história), mas o grande celebrado é sim Leonard Nimoy. É interessantíssimo descobrir o quanto ele contribuiu para a vida de Star Trek e de Spock.
É bacana também poder ver toda essa desmistificação da vida de pessoas influentes: a vida pessoal de Leonard não ia muito bem na época em que ele estava filmando a série original, e Adam faz questão de tirar o falso glamour que existe.
Também achei lindo ver as diferenças entre os Spocks de Nimoy e de Zachary Quinto. Às vezes elas não ficam muito claras quando você está assistindo Star Trek, mas ao ver as atuações seguidas, fica bem evidente que o Spock de 1966 não é o de 2009. E isso é lindo, porque se o novo Spock tiver um terço da influência que o antigo teve, seremos marcados para sempre.
Nota:
Nota 4 para os dois filmes, recomendo |
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