Tudo mundo sabe que Douglas Adams escreveu O Guia do Mochileiro das Galáxias. A sua "trilogia de cinco" é mundialmente conhecida pelas piadas ácidas e nada previsíveis e, apesar de ser um livro de ficção científica, foge aos padrões dos livros do gênero.
Mas Adams é mais do que o autor dessa série de livros tão famosa.
Nascido em 11 de março de 1952, em Cambridge, ele faleceu em 11 de maio de 2001. Duas semanas após a sua morte (que deixou milhares de fãs devastados), no dia 25 de maio, os nerds aficionados pelo autor fundaram o que ficou conhecido como o Dia da Toalha, uma celebração da vida e obra de Douglas.
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| Em caso de viagem interestelar, quebre o vidro e não entre em pânico |
Na data, convencionou-se sair de casa usando uma toalha, item considerado indispensável por seu Guia (que, de acordo com suas biografias, é fruto de uma ideia que Adams teve enquanto mochilava pela Europa).
Conhecer Douglas Adams é um passeio pela cultura nerd. Auto-considerado um ateu radical, ele era ativista ambiental e tinha grande interesse pela ciência e tecnologia (ele comprou seu primeiro processador de texto em 1982, uma compra que queria fazer desde 1979).
Ele foi fundador e diretor de uma companhia de mídia digital chamada Digital Village (junto com o produtor executivo da versão cinematográfica de 2005 d'O Guia), e criou um jogo interativo baseado em O Guia do Mochileiro das Galáxias (até hoje é, para mim, um dos melhores jogos que eu já joguei). Uma versão do jogo, flash, pode ser jogada no site da BBC.
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| Uma das telas do jogo, que pode ser jogado aqui. |
Douglas foi responsável por escrever três episódios de Doctor Who, sendo o mais famoso o City Of Death. Os outros foram The Pirate Planet e Shada, que nunca foi ao ar devido a uma greve, mas que teve algumas de suas cenas exibidas no fantástico especial The Five Doctors. Vale lembrar que Adams escreveu todos esses episódios na época do quarto Doctor.
Ele atuou em alguns episódios da série britânica Monty Python's Flying Circus, considerada uma das mais importantes para o humor britânico e para o mundo da comédia no geral. Curiosamente (e provavelmente não por acaso), a sua participação começou no episódio 42. Além disso, Douglas foi uma das únicas pessoas a receber créditos por escrever algo em Monty Python.
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| Foto da sua participação em Monty Python's Flying Circus |
Fã de bandas como Beatles e Pink Floyd, e amigo íntimo de Neil Gaiman e Graham Chapman, ele parece ter sido um cara legal, parecido comigo ou com você. Acho que ele ficaria orgulhoso dessa festa bonita que é feita todo ano, de ver o legado que deixou.
É claro, posso estar errada. Mas aí é melhor não entrar em pânico.
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| "Talvez eu não tenha ido onde queria ter ido, mas eu acho que acabei onde eu precisava estar" |
Para ver:
A equipe do Obrigado Pelos Peixes disponibilizou a série de 1981, baseada no Guia do Mochileiro das Galáxias, em seu canal do YouTube, legendada.
Em 2005, foi lançada uma adaptação cinematográfica dos livros, com Zooey Deschanel e Martin Freeman, dirigido por Garth Jennings. Apesar de ser considerado inferior aos livros (e, na minha opinião, à série), vale ser vista.
Para conhecer melhor:
Editora: Novo Século
De forma bem humorada e fazendo jus à escrita característica de Adams, Neil conta a história do autor, com foco em seu trabalho mais famoso. É uma leitura excelente para os fãs de Gaiman e Adams, uma celebração aos nossos nerds interiores.
Editora: Aleph
A biografia autorizada pela família Adams revela as inspirações de Douglas. Enquanto a biografia de Gaiman possui um foco mais específico, essa é mais ampla e apresenta detalhadamente todos os passos do autor, antes e depois do Guia. A edição é belíssima, e é um trambolho de um livro a ser devorado.
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