Adriana Araujo CCFilmes

Intensivão do Oscar: Spotlight - Segredos Revelados

20.2.16Unknown

Na imagem: em torno de uma mesa cheia de papéis e materiais de escritório, cinco jornalistas (uma mulher, quatro homens) discutem algo importante.
Segundo dia de intensivão do Oscar e o que temos pra hoje? Tretas jornalísticas! Merda no ventilador! Fatos reais com aquela cobertura de ficção que a gente adora! Um elenco maravilhoso! Spotlight - Segredos Revelados é um dos favoritos à categoria de melhor filme, e Adriana, Eduardo e Nathalia contam se esse prêmio seria ou não merecido.

ADRIANA (@AdrianaAraujo31): Algumas coisas me despertaram o interesse por Spotlight, além da indicação a melhor filme (lógico): o enredo, por tocar num assunto super polêmico e pouco falado, somado ao fato de ser baseado em fatos reais; o elenco (adoro Mark Ruffalo e Rachel McAdams, que foram, indicados a melhor ator coadjuvante e melhor atriz coadjuvante por esse filme); a nota alta no Filmow e a indicação de uma amiga, que falou as melhores coisas sobre ele. Eu costumo levar indicações e notas altas a sério, apesar de já ter tido altas decepções com isso (qqq). Enfim, eu gostei de Spotlight, do desenrolar da trama, da investigação e, como estudante de Jornalismo, vi bastante da minha rotina profissional ali: a investigação, correr atrás de fontes que não querem falar, trabalhar para caraleo pra conseguir fazer uma matéria decente, a paixão por contar histórias e o esforço pra revelar coisas que as pessoas precisam saber, o poder de mudar a vida das pessoas com a informação. As atuações do Mark e da Rachel estão na medida, (não quero me pronunciar sobre as indicações deles porque não vi os todos os filmes, mas a Alicia Vikander, de A Garota Dinamarquesa deu um show e tá liderando minha preferência). Enfim, não é um filme que roubou meu coração, ele nem é esse estilo de filme. É uma trama que te deixa envolvido, querendo saber o final da história. O estilo dele me lembrou um pouco Argo, que é um filme com um roteiro bem bacana e foi vencedor do Oscar 2013. Enfim, gostei de ter visto e tal, mas acho que ele não leva a estatueta de melhor filme, não.

Nota: 3,5 conversinhas.

No gif: três dos jornalistas da primeira imagem, em torno da mesma mesa, ouvem com atenção e preocupação algo que está sendo contado. O mais velho deles, toma notas num bloquinho
"Não leva a estatueta? é isso mesmo?"

EDUARDO (@dudusfe)Eu não li nada ou assisti qualquer trailer do filme antes de sentar para vê-lo. Minha motivação por assistir Spotlight foi pura e totalmente para escrever essa resenha e ainda assim eu esperava mais. O início do filme criou uma expectativa tão grande para o final que mesmo sendo totalmente premeditado eu esperava que algo acontecesse e mexesse comigo; fizesse meu coração acelerar torcendo para que a empreitada dos personagens principais desse certo. Mas não aconteceu nada disso. Sim, o filme me envolveu a ponto de querer muito saber o final, mas não da forma que eu imaginei que seria ou que me faria sentir. Olhando pra trás poderiam ter explorado muito mais alguns dos personagens o filme e não o fizeram focando apenas no personagem principal de Mark Ruffalo. Claramente a estrela do filme, com uma atuação notável e muito atento aos detalhes da personificação do seu personagem (apesar de alguns desses detalhes parecerem por vezes forçados). Não acho que tenha alguma chance pra levar a estatueta de melhor filme. Talvez a de Melhor Ator Coadjuvante para Mark Ruffalo.

Nota: 3,5 conversinhas porque esperava mais.

No gif: a jornalista, decidida, chacoalha a mão e mantém os olhos fixos no interlocutor enquanto diz o texto da legenda
"nós vamos contar esta história, e nós vamos contá-la direito"
Não segundo Eduardo  ¯\_(ツ)_/¯

NATHALIA (@nathaliaduarte)Não acho que Spotlight seja o melhor dos filmes indicados, afinal, apesar de ser um tema bastante polêmico e necessário para um debate sobre as instituições religiosas, ele não é artisticamente grandioso. O roteiro é bem escrito e a história real sobre o escândalo de como a Igreja Católica lidava com padres pedófilos é profunda, além de gerar indignação. Acho que o filme conseguiu relatar essa história, informar os espectadores e esclarecer os fatos. Quase o papel de um jornal. E nesse ritmo, o filme abriu outro debate, sobre a verdadeira função dos jornais: reproduzir notícia ou ir atrás de conteúdo realmente relevante? Eu sou estudante de jornalismo, acho esse debate completamente válido, mesmo o filme se passando entre os anos 2000. Atualmente, esse problema só agravou, é só você visitar o feed de notícias do seu Facebook. Enfim, é um ótimo filme. Mas na minha opinião, não vale o Oscar de melhor filme.

Nota: 4 conversinhas.




Título: Spotlight: Segredos Revelados
Indicações: Melhor filme, diretor, ator e atriz coadjuvantes, roteiro original e edição
Direção: Tom McCarthy
Roteiro: Josh Singer, Tom McCarthy
Elenco principal: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, John Slattery, Liev Schreiber, Stanley Tucci
Duração: 128 minutos
Ano: 2015

Nota geral:




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1 comentários

  1. Totalmente imersiva e intensa. O Spotlight filme é um filme muito bom, onde os atores fazem um ótimo trabalho os atores trazem seus personagens a uma interpretação real e convincente, por exemplo, podemos ver Liev Schreiber jogando um editor recém-nomeado que vimos anteriormente em a série Ray Donovan obras de limpeza cenas de crime. Uma grande performance neste filme e, claro, um grande trabalho na série.

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