SINOPSE: "Em meio a uma forte tensão política internacional, os Estados Unidos sofrem um grande ataque cibernético: todos os meios de comunicação começam a falhar, ao mesmo tempo, uma terrível tempestade de neve assola a cidade de Nova York, e uma possível epidemia de gripe aviária parece se aproximar. Presos na cidade e quase sem contato com o resto do mundo, os moradores de repente se veem imersos em um cenário verdadeiramente apocalíptico.
Enquanto rumores e especulações correm sobre a origem desses ataques, Mike Mitchell se concentra em questões que para ele parecem mais urgentes. A crise o atingiu em um momento crítico de sua vida, complicando seus já confusos problemas pessoais e financeiros. Agora, sua prioridade é manter a família unida e viva no crescente caos que se forma a sua volta."
Quando li a sinopse eu imaginei algo completamente diferente: tipo, uma treta envolvendo um especialista do governo que precisa salvar a família enquanto salva o mundo, algo estilo "O Dia Depois de Amanhã". Me surpreendi quando vi que eram pessoas comuns de Nova York que estavam lutando pra sobreviver. Foi muito melhor do que se fosse do jeito que eu tinha imaginado, porque os filmes com catástrofes sempre seguem essa linha, e o livro poderia acabar sendo meio clichê, E CLICHÊ É A ÚLTIMA COISA QUE ESSE LIVRO É.
Tudo começa com um churrasco entre vizinhos na época de Ação de Graças, tranquilo, de boas, mas as pessoas estão comentando sobre uma tensão entre os EUA e a China, algo sobre tretas em uma barragem de uma província chinesa. Mike é um especialista em redes que anda meio em crise com a esposa, Lauren. Os pais dela, figurões em Boston, querem que ela vá pra lá pra ser sócia em uma empresa de advocacia importante, e tudo o que Mike quer é ficar em NY cuidando do filho, Luke.
Dois dias antes do Natal, Mike percebe que a internet começou a ficar lenta. Ok, vida que segue. O problema é: ela está lenta EM TODOS OS LUGARES. Depois, se percebe que foi um ataque cibernético, e como a maioria das coisas em Nova York são comandadas via internet, as paradas ficam muito, muito loucas.
Eu tô tendo muita dificuldade pra escrever essa resenha, de verdade. Porque a graça de ler esse livro pra mim foi ver as tretas se desenrolando (e acredite, elas são muitas, INÚMERAS. De alerta de gripe aviária e cólera a uma das tempestades de neve mais fortes a atingir a costa Oeste, por exemplo.), ficar chocada e ficar desse jeito:
Essa gif me representa durante todo o tempo que eu li o livro. |
Então, não vou falar mais nada. Você vai ter que ler. Pra te deixar com um gostinho do que está por vir, vou colocar um trecho aqui. Não é crucial pra história, mas com certeza foi uma das coisas que mais me fez gritar com esse livro (selecione com o mouse pra conseguir enxergar) :
"- Eles estão bebendo sangue - sussurrei.
- Eu sei.
- Você sabe?
- Não é uma idéia totalmente ruim, mas tenho tentado guardar segredo para não assustar as pessoas. O sangue se conserva por quarenta dias no frio, e tem feito muito frio aqui.
Como ele sabe dessas coisas? A sensação de irrealidade ficou mais forte, e tive a sensação de que perdia a consciência.
- Mike - Chuck disse. - Acorde e me ouça. Você está fora de combate há um tempo, e as coisas pioraram muito...
Pioraram muito. Pelo jeito como ele dizia...
- O que você não me contou?
- Você precisa convencer a Lauren a irmos embora. Agora.
Fiquei olhando pra ele.
- O que mais?
Chuck respirou fundo.
- Sabe aquelas nove pessoas mortas no segundo andar?
- O que tem elas?
- Agora só tem cinco corpos.
Não precisei perguntar o que havia acontecido com elas. Os corpos humanos eram a última fonte de calorias restante em Nova York. "
Um dos melhores livros que li na minha vida, certamente.
Ficha Técnica
Título: Cyberstorm
Autor: Matthew Mather
Editora: Aleph
Páginas: 368
Lançamento: 2015
Esse livro foi cortesia da Editora Aleph. Obrigada!
0 comentários