Anthony Doerr
CCLivros
Meus personagens favoritos em Toda Luz que Não Podemos Ver
3.11.15Isabelle FernandesQuando eu abri o email da Intrínseca falando da Semana especial sobre Toda Luz que Não Podemos Ver senti o cheiro da oportunidade. O Diego, que é responsável pela parceria, tinha recebido o livro faz um tempo e eu fiquei ENLOUQUECIDA, já que estava com vontade de ler desde a última Turnê Intrínseca. Mas né, o bicho é enorme, então fiquei de receber quando o Diego viesse pra Bienal e depois disso vários livros foram passando a frente, fazendo com que o pobrezinho ficasse lá, largado. Então, como vocês podem ver, esse email foi a oportunidade batendo na minha porta HAHSHSAHS.
Resumindo bem, o livro conta a história de Marie-Laure LeBlanc, uma menina francesa que perdeu a visão aos 6 anos e Werner Pfenning, um menino alemão extremamente talentoso que vive em um orfanato com a irmã mais nova. Os dois vivem em plena Segunda Guerra Mundial e suas vidas são marcadas de várias formas por esse que pra nós agora é um momento da história, mas pra eles foi a sua realidade. Estou perto do final, e definitivamente já tenho meus personagens favoritos (e alguns que acho meio ok). Vamos lá, então?
SEM SPOILERS. PODE VIR
De longe, o meu favorito é o Werner. Esse livro não é escrito de forma linear, então começamos com ele aos 18 anos e alguns capítulos depois o vemos com 8 anos. Ele foi aquele tipo de criança curiosa e exploradora que não se conforma com explicações rasas e vai atrás do como, do por quê, além de colocar a mão na massa. Eu simplesmente ADORO pessoas assim, ainda mais crianças, então ele virou o meu favorito bem rápido.
Só que o Werner adolescente é mais sofrido. As coisas que ele vivencia, os dilemas pelos quais ele passa, nossa. A gente vê o efeito que situações horríveis como a guerra e a doutrinação tem sobre as pessoas, o poder que isso tem de transformar uma pessoa e a minha vontade é de pegar o Werner e abraçar eternamente, ainda mais porque li umas páginas mais pra frente e estou com medo do que pode acontecer com ele.
Eu também gosto muito da Madame Manec, uma senhora extremamente ativa e dedicada ao patrão (ou amigo) Étienne, tio-avô da Marie-Laure. Inclusive também gosto muito dele e desconfio que Étienne tenha esquizofrenia, mas até agora não dá pra afirmar com certeza. Porém até agora os indícios vão ficando cada vez mais fortes.
Já o pai da Marie-Laure tem todo o meu respeito. Pai solteiro, teve que se virar nos 30 quando a filha perdeu a visão e ele se saiu muito, mas muito bem. Achei incrível o jeito que ele encontrou pra ensinar a filha a se adaptar a um mundo totalmente visual, além de incentivá-la a ler e a ser sempre curiosa e corajosa. Aí você deve estar pensando "ah, então ela gostou também da Marie-Laure", mas: não. Quer dizer, eu amei a representatividade, porque não é nada comum um personagem com necessidades especiais ser o protagonista, mas cara, sei lá. Eu gostava muito dela quando era criança, mas depois dos 12 anos...os capítulos dela só são interessantes pra mim por conta dos personagens e dos acontecimentos ao redor, não por causa dela. Parece que ficou faltando alguma coisa pra fazer a ponte entre mim e ela, aquela conexão que a gente sente com os personagens, mas quem sabe até o final do livro isso não muda? Tenho esperanças.
Uma coisa que eu notei é que o autor não economiza em descrições do ambiente, mas as dos personagens são meio pobres. Tudo o que eu sei da Marie-Laure é que ela é alta pra idade e tem muitas sardas, mas qual é a cor dos olhos dela? A cor do cabelo? O formato do rosto? Madame Manec, Étienne, Frau Elena e entre outros personagens SEQUER são descritos. Só o Werner que tem algo mais amplo, sei a cor do cabelo e dos olhos e que é baixo pra idade. Alguns leitores podem gostar disso por dar a oportunidade de imaginar como quiser, mas eu particularmente não gosto. Eu quero saber como eles são pro autor, e a partir daí eu resolvo se aceito ou se imagino eles de outro jeito.
Mas apesar de isso ter me incomodado, não é nada que atrapalhe a experiência com a história. Ela é muito bem construída, com várias questões que vão surgindo ao decorrer dela que te deixam intrigado, até que aos poucos você vai percebendo que está tudo interligado, todas as histórias. Acho que é isso que torna esse livro tão bom, até agora. Só vou declarar meu amor ou não quando terminar HGDHGHDGHDIFGD
Então, fiquem ligados porque vai ter resenha em breve. E se você aí já leu, quais são os seus personagens favoritos?
VENK BEBÊ |
Eu também gosto muito da Madame Manec, uma senhora extremamente ativa e dedicada ao patrão (ou amigo) Étienne, tio-avô da Marie-Laure. Inclusive também gosto muito dele e desconfio que Étienne tenha esquizofrenia, mas até agora não dá pra afirmar com certeza. Porém até agora os indícios vão ficando cada vez mais fortes.
Já o pai da Marie-Laure tem todo o meu respeito. Pai solteiro, teve que se virar nos 30 quando a filha perdeu a visão e ele se saiu muito, mas muito bem. Achei incrível o jeito que ele encontrou pra ensinar a filha a se adaptar a um mundo totalmente visual, além de incentivá-la a ler e a ser sempre curiosa e corajosa. Aí você deve estar pensando "ah, então ela gostou também da Marie-Laure", mas: não. Quer dizer, eu amei a representatividade, porque não é nada comum um personagem com necessidades especiais ser o protagonista, mas cara, sei lá. Eu gostava muito dela quando era criança, mas depois dos 12 anos...os capítulos dela só são interessantes pra mim por conta dos personagens e dos acontecimentos ao redor, não por causa dela. Parece que ficou faltando alguma coisa pra fazer a ponte entre mim e ela, aquela conexão que a gente sente com os personagens, mas quem sabe até o final do livro isso não muda? Tenho esperanças.
Sobre minha relação com os personagens (e histórias também) |
Uma coisa que eu notei é que o autor não economiza em descrições do ambiente, mas as dos personagens são meio pobres. Tudo o que eu sei da Marie-Laure é que ela é alta pra idade e tem muitas sardas, mas qual é a cor dos olhos dela? A cor do cabelo? O formato do rosto? Madame Manec, Étienne, Frau Elena e entre outros personagens SEQUER são descritos. Só o Werner que tem algo mais amplo, sei a cor do cabelo e dos olhos e que é baixo pra idade. Alguns leitores podem gostar disso por dar a oportunidade de imaginar como quiser, mas eu particularmente não gosto. Eu quero saber como eles são pro autor, e a partir daí eu resolvo se aceito ou se imagino eles de outro jeito.
Mas apesar de isso ter me incomodado, não é nada que atrapalhe a experiência com a história. Ela é muito bem construída, com várias questões que vão surgindo ao decorrer dela que te deixam intrigado, até que aos poucos você vai percebendo que está tudo interligado, todas as histórias. Acho que é isso que torna esse livro tão bom, até agora. Só vou declarar meu amor ou não quando terminar HGDHGHDGHDIFGD
Então, fiquem ligados porque vai ter resenha em breve. E se você aí já leu, quais são os seus personagens favoritos?
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