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Meu Top 5 - Música nacional, Legião urbana, romances de banca e muitas outras coisas

17.11.15Taiany Araujo



Olá, jovens Padawans.

Provavelmente vocês não se lembram, mas aqui no CC tem o Top 5 de cada membro e, pulem de alegria comigo, me pediram para fazer o meu (não to acreditando até agora)!

Eu sou uma pessoa muito insegura com a minha escrita, e quanto mais nervosa fico, mais erros cometo e isso acaba justificando minha insegurança. Ou seja, bola de neve que só faz aumentar. Então é claro que a primeira coisa que passou pela minha cabeça na hora que fiquei sabendo sobre fazer esse post foi que não ia ficar tão bom quanto o do resto da equipe. Era hora de parar, relaxar, acreditar em mim, e NÃO OLHAR OS TOP 5 DE NENHUM MEMBRO. 

Assim, depois de passar por toda essa crise, aqui está a minha listinha (que foi difícil pacas de fazer):


1) Eu brigo pela música nacional.

Música é o meu combustível e eu escuto de tudo, a questão é que nenhuma música fala tanto sobre mim do que os rocks nacionais do fim dos anos 80 e inicio do anos 90, os MPBs e os indies nacionais. E isso é um problema? Sim e não.

Não é problema porque cada um ouve aquilo que quiser, pessoas são diferentes e tem gostos diferentes e isso é lindo blá blá blá

Mas é ou era um problema porque eu me sentia sozinha no mundo, meus amigos gostavam de coisas totalmente diferentes das minhas, as pessoas (incluindo minha família) acham meu gosto musical estranho e me zoavam por isso. Eu era a menina/velha que amava Chico Buarque. Nunca tive ninguém com quem falar das músicas que me desestruturam (até recentemente). É claro que eu falava de música, ouvia com meus amigos e me divertia, mas eram as musicas deles que por um acaso eu também gostava, NÃO ERAM AS MINHAS.

E essa história da minha “solidão” musical gera outro “problema”. Se eu encontro alguém que como eu,  MORRE OU ASCENDE UM POUQUINHO TODA VEZ QUE ESCUTA ALGUMA MÚSICA NACIONAL QUE TOCA A ALMA, ok. Mas, se é alguém que não tem normalmente essa experiência quase mística com “minhas músicas”, e por um acaso, ouça alguma banda/ cantor que eu goste, a minha vontade é gritar MEU TUDO MEU.

É nesse nível.

Eu morro de ciúme das minhas bandas, dos meus cantores. Eles são o ar que eu respiro, e se alguém tira seu ar você sufoca, é assim que eu me sinto quando aquilo que amei por anos sozinha é reivindicado por outra pessoa.

Isso não quer dizer que não ame conversar sobre música. Vem falar de Elis, Caetano, Los Hermanos, Móveis Coloniais de Acaju, Nando Reis, etc etc etc , que eu faço de você um BEST FRIEND FOREVER.


2)  Legião Urbana me representa.


Eu, fã.
Quando pensei nesse post, duas coisas eram certas: falar de música nacional e sobre Legião Urbana. Todo mundo (e quando digo todo mundo é todo mundo mesmo) que me conhece sabe da louca relação e fascinação que tenho com essa banda. Tanto que por anos eu me negava a falar que tinhas outras bandas favoritas, era como se tivesse cometendo um pecado.

Eu lembro como se fosse ontem como legião Urbana entrou na minha vida. Foi uma sequência de eventos tão bobos que eu não sabia, iriam me mudar completamente e moldar a pessoa que sou hoje. E o mais legal é que, além de escutar Legião em qualquer momento (triste, alegre, depressiva, ansiosa, apaixonada, curtido a fossa), eu ainda tenho histórias hilárias que passei por causa desse meu vício. Como na vez que arrastei minha amiga (a Bells que vocês conhecem aqui do CC) para irmos à casa que o Renato Russo morou aqui no Rio de Janeiro, esse dia foi uma loucura, a única coisa que não fiz foi chorar, mas de resto... o porteiro do prédio provavelmente achou que éramos loucas.

Minha mãe, coitada, é outra que sofreu comigo quando eu ainda não sabia administrar minha completa insaciedade com Legião. Ela era obrigada a ouvir todos os dias pelo menos um CD completo da banda, não que ela não gostasse, mas dizia que o gostar tinha limite. SÓ QUE SE TRATANDO DE LEGIÃO URBANA, EU NÃO TENHO LIMITES.


3) Eu amo ler, mas isso vocês provavelmente já sabem, porque parece ser regra amar literatura nesse blog. Mas o que vocês não sabem, é que uma das coisas que mais gosto de ler é ROMANCES DE BANCA.


Eu até já fiz post aqui no blog sobre eles. São uns livros com historias bem água com açúcar, rapidinhos de ler e que amo. Na verdade, chega a ser engraçado quando leio um livro de livraria que tem toda estrutura de romance de banca e eu tenho vontade de falar para as editoras “PODE BARATEANDO ESSE LIVRO Aí AMIGO, PORQUE COMPRO ALI NA BANCA DE JORNAL A MESMA HISTÓRIA POR MENOS DE 10 REAIS”.

Faz mais ou menos 5 anos que leio esse tipo de romance, e de lá até aqui foram bastantes, ao ponto de eu ter um romance de banca para indicar pra quase tudo que é temática. Mocinhos desfigurados? Pera aí que tenho. Míopes? Tenhoooo. Mercenário? Ih, se prepara que tenho uma listinha. Bombeiros? Tenho, tenho sim. Com bebê ou grávidas? Amigo, é o que mais tenho. Época da regência? Ahhh, você prefere medieval? Família grande/pequena? Acho que eu tenho mais indicações de romances de banca do que de livros “convencionais”.


4) Eu sou extremamente empolgada, ansiosa e organizada.
E essas três características juntas me fazem parecer uma pessoa estranha e descontrolada.

Quando eu gosto das coisas (não importa o quê), eu falo demais sobre. O problema é que nunca acho pessoas que está gostando das mesmas coisas que eu ou na mesma época, então meus amigos tem que aguentar monólogos intermináveis sobre as mais diversas aleatoriedades.

Se não bastasse isso, eu sou extremamente ansiosa, de ter tiques e efeitos colaterais, então autocontrole é algo que devo estar exercitando continuamente. Talvez meus amigos não tenham ideia do que ansiedade faz comigo, eles só veem o depois. Só que o antes é sofrer por tudo que já passou e tudo que nem aconteceu, e que provavelmente não vai acontecer.


Entretanto, contudo, todavia, organização é meu segundo nome. Não sei se é uma forma de combater minha ansiedade ou se isso faz parte da contradição que me cerca, mas eu preciso de controle e de perfeição. Eu sou pontual, minhas finanças tem toda uma estrutura, eu lembro dos meus compromissos e os das outras pessoas, e tudo isso me deixa louca, mas é uma loucura sem a qual eu não sei viver. Tanto que quando a Bells falou sobre minha participação na news aqui do CC eu tive um pequeno surto porque ela não me deu nenhuma informação adicional, aí fiquei ansiosa e tive várias outras reações.



5) Prazer, eu sou a prolixidade.
Ah, e eu choro com qualquer coisa.


Eu falo muito, demais, exageradamente, e por mais que eu tente, nunca consigo ser sucinta, seja numa conversa, numa prova, na minha lista de top 5. Começo a falar, a me explicar, a me enrolar, e quando vejo a pessoa tá com cara de interrogação porque não entendeu bulhufas.

Você provavelmente nunca vai me ver chorando, não sei muito como demonstrar emoção na frente das pessoas, mas é só me dar um livro, filme, programa de televisão, até mesmo um comercial, que EU VOU ME DEBULHAR EM LÁGRIMAS. Isso é algo louco, porque eu não começo algo esperando chorar com aquilo, mas quando percebo, estou com o rosto todo inchado, muco nasal até na alma, lágrimas escorrendo freneticamente, e é nessa hora que saio atrás de alguém porque preciso de um abraço. Tem gente que fica surpreso quando se emociona com um livro a ponto de chorar, eu fico surpresa quando isso não acontece.

Meu estado diante das coisas. Essa moça ainda tá com a dignidade intacta, a minha se perde na pilha de papel higiênico que fica ao meu lado.

Tipo, não tô falando que chorei com o filme Click, nem com a morte do Sirius em Harry Potter ou com Rei Leão e Toy Story 3, eu tô falando que chorei em todas essas situações e além. Chorei assistindo Treinando o papai, Irmãos à Obra... Cara eu chorava em todos os comercial do Urso Polar da Coca-cola. Já internalizei que no futuro próximo precisarei de um estoque de lágrimas, ok, estou bem com isso. 


Então, acho que é isso.  

Eu poderia falar também sobre meu problema com as tecnologias em geral, mas fiquei com medo de tocar nesse assunto e dar ruim em alguma coisa por aqui. É, eu tenho problemas com as tecnologias num nível tão alto que elas tentam se vingar de mim.

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10 comentários

  1. "É, eu tenho problemas com as tecnologias num nível tão alto que elas tentam se vingar de mim."

    CONTE-ME MAIS SOBRE ISSO MIGA

    Bem, você esqueceu de comentar que, além de conseguir indicar livro de banca com qualquer tema, você também tem o poder de descobrir que livro é apenas com algumas informações. (E isso é muito útil, acredite, hahaha.)

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    1. Andrea, eu não sei o que acontece. Todas as coisas tecnológicas dão ruim comigo , principalmente coisas de informática. Eu mexo igual todo mundo, mas ou não funciona ou fica tretado. É um sofrimento.

      Que bom q meus conhecimentos sobre romances de banca não são inúteis. Fico feliz hahahahahaha

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  2. Amei seu top 5!!
    Música nacional e Legião Urbana? Amoooooooooooooooo!!! Sofri com essa solidão musical por muito tempo tbm. E era muito tenso porque enquanto eu curtia pop rock nacional, meus amigos, minha cidade, as rádios da minha cidade e o ar presente na minha cidade, só ouviam forró! Todas as casas, as festas, comemorações, só se ouvia forró. (De Calypso a Calcinha preta, era sofrido demais... Com todo respeito.)
    Já os romances de banca não rola. Li alguns no início da adolescência, mas hoje em dia é impossível pra mim. rsrsrs
    Enfim. Acho que vc se expressa muito bem, adoro seus textos... XD.
    Ah e tbm choro a toa... Chorei em Capitão América 2. pra vc ver o nível!!

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    1. Não sofre mais com a solidão musical?
      Eu encontrei pessoas que possuem o mesmo gosto que eu (obrigada internet), mas só posso imaginar o seu sofrimento , pelo menos aqui no Rio, apesar de pagode e funk ser muito admirado, há espaço pra todos os ritmos.

      Eu sei todos oa defeitos doa romances de banca, que por vezes são muito machistas e até mal escritos, mas sabe aquele amor culposo. Amo esses livros, não sei se um dia vou enjoar.
      Vamos chorar juntas pq tb chorei com Capitão América 2 hahahahahahahhahaha

      Obrigada pelo seu comentário, fiquei com corações noa olhos de emoção.

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  3. Adorei seu top 5. Realmente é muito difícil achar pessoas que sintam a música nacional com intensidade, não é só gostar, é respirar música nacional.

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    1. Intensidade é o que não falta. Até porque, quer mais intensidade do que ouvi Chico Buarque cantando?
      EU
      CAIO
      DE
      PAIXÃO.

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  4. Aah vc gosta de moveis coloniais de acaju ~pequeno surto~ (e muitas outras, mas é difícil pacaaas achar quem curta (primeira q eu vejo)). Agora vou terminar de ler..

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    1. OHHHHHHH AHHHHHHH ~grande surto~. Volte, é tão difícil achar pessoas com os mesmo gostos (moveis conheço alguns), fale mais o que você ouve. Já to aqui imaginando altas bandas fodasticas.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Pera, foi eu que escrevi esse post? hahaha Tirando Legião Urbana e Música Nacional (eu gosto, porém estou com uma queda recente com músicas internacionais, variando do CD do James Morrison, Zayn, Ariana, e uma* música do Arctic Monkeys, etc e tal), compartilho dos seus TOP 3. Ansiedade então? Principalmente a parte em que começo a falar e falar, e quando percebo já estou em outro assunto e nem a própria pessoa com quem eu estava conversando se lembra mais do assunto anterior... ENquanto lia seu amor por músicas brasileiras só lembrei da minha vizinha. Como você citou, vocês virariam BFF! :D

    Adorei o seu TOP 5. :D

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