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Perdido em Marte, de Ridley Scott (ou Gravidade 2.0 + Náufrago)

14.10.15Isabelle Fernandes


Esse é um daqueles filmes que você nunca pensou em ir assistir e mal sabia da existência dele, porém um belo dia lá está você, dentro do cinema e assistindo. E olha, apesar das filas monstruosas (era pleno dia das crianças, imaginem o inferno) e da localização ruim na sala, valeu a pena. Perdido em Marte é aquele filme que você não dá nada, mas surpreende.

Altas referências nerds, boas tiradas, cenas de fazer comer as unhas e uma trilha sonora sensacional. Vamos às minhas impressões.

O filme começa com a equipe lá em Marte, feliz da vida, colhendo suas amostras. Estão todos de boas, fazendo piadinhas e então do nada vem uma atualização do aviso de tempestade, ao mesmo tempo em que vem uma cena da própria tempestade já lá no horizonte, chegando. Que aviso útil, hein? Enfim, de todo modo eles precisam zarpar do planeta o mais rápido possível, e é aí que Mark Watney se dá mal: no meio da ventania um destroço o atinge e ele some no meio de tanta areia. Como os monitores apontaram uma despressurização no traje dele, a conclusão a que se chega é que o homem morreu.


Porém, é claro que não. Mark ficou bem vivo e SOZINHO EM FUCKING MARTE. Tudo o que ele tem é o que ficou lá na base, que é projetada pra manter a equipe por 31 dias. Sendo que até alguém vir resgatar ele vai demorar uns 4 anos. A essa altura você pensa que o filme vai ser uma desgraceira só, com muito sofrimento, mas a surpresa é que o roteiro é leve. Mark não se deixa abater por essa situação ABSURDAMENTE adversa e começa a mexer os pauzinhos pra sobreviver, cheio de senso de humor. Sério, você passa o filme rindo com as tiradas dele e também dos outros personagens.

Uma coisa que você precisa ter em mente é que esse filme é feito pra entreter. Não espere que as questões científicas estejam condizentes com a realidade, porque isso aqui é Hollywood HUHGUIHFDGIHDFIGHD. Ele é feito pra acabar bem, o que basicamente significa "dane-se se essas ideias malucas dariam completamente errado na vida real e todo mundo morreria se resolvessem tentar mesmo assim". Aceite isso e veja o filme como uma realidade alternativa que vai ser melhor, até porque eles não especificam em que época ele se passa. O máximo que tem é o Mark se referindo às baladas dos anos 60 e 70 como "música do século passado", mas não dá pra saber se ele tá brincando ou não (coisa recorrente entre zueros).

Porém, apesar disso, é claro que não faltam momentos de tensão. Não sei se eu sou trouxa ou se o roteiro foi bem articulado, só sei que em várias cenas passei por momentos de angústia. No final eu estava realmente sentindo frio na barriga de nervoso, porque tinha TUDO pra dar errado. Parecia que a coisa toda ia desandar mesmo, e olha. Acertei em algumas vezes (#ripbatatas).

Uma amostra de como as coisas podem dar errado

Falando sobre representatividade, fiz a clássica contagem de mulheres e negros no elenco que aparecem de forma recorrente. Resultado:

Negros: 2
Mulheres: 4

Como bônus tem vários orientais (alguns chineses e outros de etnia não identificada por mim), um dos personagens negros, Venkat Kapoor, disse que o pai era hindu (o que eu achei muito legal) e o outro, Rich Purnell, fez cálculos importantes para as missões no filme. Ainda teve o fato de a comandante da equipe ser casada e sem filhos, com seu maridão à espera na Terra e isso não ser uma questão relevante pra personagem. O foco ali era o membro da sua equipe largado num planeta estéril e aquela culpa clássica que líderes costumam sentir em situações como essa. Quando você deve priorizar a equipe e quando você deve priorizar a individualidade? Ela precisou tomar uma decisão rápida durante uma emergência, não conseguiu evitar de se sentir responsável pelas consequências e graças à isso ela tomou as rédeas da treta e foi lá botar a mão na massa. Adorei.

Fora isso, todo o resto era composto por homens brancos.

Será que devo ficar feliz por bons, porém poucos personagens
vindos de minorias ou irritada por ainda ter poucos???

Enfim. Apesar desse problema já batido no meio e das improbabilidades científicas, esse é um ótimo filme pra você se divertir, torcer e cantar junto com as músicas. Tem ABBA, David Bowie (passei o dia inteiro com Starman na cabeça), Donna Summer e finaliza com um clássicoooo e que tem tudo a ver com a história. Vou deixar pra vocês descobrirem que música é essa assistindo ao filme HFUSDHFUDSHFUS.

Nota:

4,5 conversinhas. Bom pra ver comendo pipoca e se divertir horrores

>>> EM CARTAZ NOS CINEMAS


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7 comentários

  1. To com muita vontade de assistir mas odiando o Matt Damon por ser um racista. Boicotei aqui.

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    Respostas
    1. Sério???????

      Ai nossa, que decepção viu

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    2. Eu nem estava com vontade de assistir (e olha que amo o tema!), mas tou com a miga aqui de cima na questão do Matt Damon. Sou dessas que pega birra de artistas e não "consome" a arte deles dependendo do caso.

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  2. Não sabia disso... fiquei triste por que estava começando a virar fã dele. Uma pena...

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