Cara Delevingne
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Cidades de Papel: opiniões de papel sobre um filme de verdade
9.7.15Anônimo
Sinopse oficial:
Baseado no best-seller de John Green, Cidades de Papel é uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor.
O Paulo e o Diego tiveram a oportunidade de assistir à pré-estreia do mais recentemente lançamento John-Greeniano, 'Cidades de Papel'. Agora que o filme vai ser lançado, é chegada a hora deles virem aqui contar o que acharam da adaptação. Será que 'Cidades de Papel' segue com dignidade o legado deixado pelo incrível 'A Culpa é das Estrelas'?
>PAULO
Que o filme seria bom, disso eu não tinha dúvida. “A culpa é das estrelas” foi uma adaptação excelente, era improvável que a mesma equipe cometesse um grande erro agora. O que nunca passou pela minha cabeça era que ele poderia ser tão bom! Não que ele seja genial ou inovador, o segredo de “Cidades de Papel” foi manter a essência do filme e apresentar a história de uma forma muito agradável, com modificações certeiras.
A única coisa que me deixou receoso antes do filme, porém, era um fator importante: Cara Delevingne no papel de Margo Roth Spiegelman.
Margo dos livros |
A Cara não corresponde à imagem que eu criei de Margo a partir das descrições do livro, também influenciada pela menina da capa original, porém… ela desempenhou o papel muito bem. Aplaudo a atriz por ter sido capaz de construir uma visão de Margo diferente da minha expectativa quanto à aparência e trejeitos, mas ainda assim convincente e coerente com a personagem. É interessante notar que essa questão da Margo imaginada por mim, a Margo imaginada por outras pessoas, a Margo da Cara, etc. vai de um encontro com uma das temáticas de “Cidades de Papel”: a idealização de uma pessoa. No romance, conhecemos a personagem pelos olhos do narrador e criamos a partir disso a nossa própria visão, enquanto no filme vemos a mesma pela interpretação de uma atriz. Estamos sempre diante de simulacros, então quem seria a Margo de verdade?
Margo do filme |
Toda a mensagem sobre pessoas idealizadas e amor platônico foi reproduzida na tela não só com fidelidade, mas também com eficiência. O roteiro foi certeiro ao transpôr o espírito do livro para o filme - a maior preocupação dos fãs quando se fala de adaptações - e ainda teve o bônus de fazer ajustes que o tornaram ainda melhor que o material escrito pelo John Green. Radar, Ben, Angela e Lacey, os quatro amigos que acompanham Q na busca por Margo, ficam mais próximos do espectador do que no livro, o que trouxe um clima muito agradável ao filme. Ben e Radar não são apenas um alívio cômico para toda a tensão do desejo quase obsessivo de Quentin, a relação entre os amigos fica mais explícita no filme e traz uma valorização do amor não-romântico que encaixa muito bem na história.
A sensação que eu tive após assistir era que não faltava nada no filme. O roteiro era ótimo, o elenco estava em sintonia e a trilha sonora tão boa quando à de ACEDE. O ritmo é ágil e é tudo muito, muito agradável. Há um único aspecto em que o livro ganha para mim, que é a análise do poema de Walt Whitman, mas não é algo que faz falta dentro do filme. Ele é redondinho e completamente autossuficiente. Por favor, corram para assistir agora (e levem os amigos para tornar tudo mais especial <3).
>DIEGO
Uma coisa interessante sobre essa resenha: eu assisti o filme sem ter lido o livro. Eu pretendia ler antes do lançamento, mas daí a vida aconteceu e oportunidades irrecusáveis me obrigaram a desistir dessa ideia. Eu comecei a ler o livro poucos dias depois, e eu terminei ele recentemente. O que quero dizer é: talvez eu não seja a melhor pessoa para julgar a obra enquanto adaptação. Talvez a o filme tenha afetado a forma com que eu li o livro. É sempre algo a ser considerado. Mas de toda forma, eu decidi me focar numa breve comparação entre ambos para explicar minha opinião.
O elenco reunido (eu acho, pq o Austin Abrams nem parece ele mesmo o.O) |
Cidades de Papel é um livro com ótimas ideias, boas sacadas, pensamentos sensíveis e um genial de poesia como catalizador da alma humana. Ele tem inúmeras qualidades. Na minha opinião, os personagens não são uma dessas qualidades. Eu passei o livro todo me irritando ou com o Quentin, ou com a Margo, ou com o Ben... (Radar & Angela <3). Eu sentia como se eles literalmente me empurrasse pra fora do livro toda vez que eu conseguia entrar de cabeça nele e entrar na história. Não foi a melhor das leituras, embora seja uma história boa e da qual eu tire boas mensagens.
E essa é a grande questão que me fez respeitar ainda mais o filme: ele faz tudo funcionar. Como a gente não está lendo tudo o que acontece dentro da cabeça do Q, as ações dele funcionam de uma forma bem fluida. E venhamos e convenhamos: eles deram uma boa alterada na Margo para o filme. Tipo, mesmo. Ela é bem mais acessível como personagem na película - crédito que eu atribuo igualmente ao roteiro e a Cara. O trabalho dela foi impecável na construção de uma Margo realmente fascinante.
melhores personagens, fim. |
Outro mérito inestimável do filme: ANGELA <3 <3 <3 Ela é uma personagem incrível que mal aparece no livro, mas que por umas pequenas mudanças na história ganha muito mais espaço no filme. Isso é ótimo porque: 1-) Ela é muito legal e combina bem com o resto do grupo; 2-) Radar e ela ganham mais cenas juntos e eles são uma gracinha. 3 -) representatividade importa e ela é linda e o filme mostra como ela é linda. É tudo lindo!
O fã que for procurando uma adaptação perfeita, tintim por tintim, vai se decepcionar. Eles alteraram a ordem de diversos acontecimentos, ajustaram o ritmo da narrativa, mudaram detalhes, cortaram partes da história que não cabiam no filme. É uma adaptação bem menos fiel que A Culpa é Das Estrelas, a meu ver. Mas isso não é, nem de longe, um problema para mim. Acho que a produção tornou o filme muito melhor amarrado. Tudo flui muito bem, tudo se encaixa com maestria. E a essência do que precisava ser passado, ah, isso está intocado.
Eu amei o filme. Tanto quanto A Culpa é das Estrelas. A vibe é outra. Ele tem um clima de Road Trip muito gostoso, ele lembra os filmes adolescentes do John Hughes em sua simplicidade de narrativa e profundidade de temas, ele é hilário - sério, eu chorei de rir em pelo menos umas três cenas. E não é pastelão. O filme não está forçado as risadas. É descontraído e lindo.
Filme cinco estrelas que já ganhou lugar entre os favoritos da minha vida.
(5 estrelas e favoritado pra sempre)
CONCLUSÃO: ASSISTAM OMG O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO QUE AINDA NÃO TÁ NO CINEMA?! GO GO GO!
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2 comentários
Eu assisti hoje e foi lindo! <3
ResponderExcluirNo começo demorei um pouquinho para esquecer o livro, mas depois fluiu muito bem. O Radar e Ângela são muito fofos e adorei o Ben e a Lacey. Sem contar que dei altas risadas, e normalmente sou a pessoa que não tá rindo quando todo mundo tá hahah
Acho que foi bem o que vocês falaram, passou a mensagem muito bem, E Paulo, igual você senti falta da analise do Walt Whitman, mas só reparei depois de sair da sala hahah
Algo que esqueci de dizer, Acho que Cidades de Papel me fez confiar em adaptações (?) Ela foi um de duas adaptações que gostei, é meio inédito ahahah
ResponderExcluirE cheguei em casa pensando que seria bom se adaptassem Will e Will. E TERIA MUSICAL, AI MEU DEUS, EU QUERO!