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Artur Serra
5 Bandas para Conhecer A Beleza e Diversidade na Música da Islândia
16.7.15Colaboradores CC
A Islândia é um país peculiar. A antiga colônia da Dinamarca conta com 320 mil habitantes divididos por seus 103 mil km². É como colocar 1.5% da população do Brasil num lugar do tamanho de Santa Catarina. Só que 2/3 dessa gente toda tá na capital, Reykjavík. Esses números só estão aí pra ilustrar a concentração demográfico do país que, literalmente, é a terra do gelo (Ísland, em Nórdico Antigo).
Mas por que toda essa volta? Pra colocar aqui um questionamento: Como um país tão pequeno desse e com tão pouca gente consegue fazer tanta música boa? E não estou aqui pra falar de símbolos culturais do país como Sigur Rós, Björk ou os novos Of Monsters and Man (cujo último álbum já foi analisado aqui no ConversaCult), mas sim de bandas de qualidade similar mas ainda com pouco reconhecimento.
Então coloque seus fones de ouvido, abra a playlist do post no Spotify e aproveite.
1. Mammút
Uma das grandes representates do indie rock islandês, a Mammút surgiu como um trio de punk rock em 2003. Em 2004, ganharam um duelo de bandas bastante famoso na Islândia, o Músiktilraunir, e começaram a expandir seu sucesso para fora do país. Em 2008 a banda gravou o Karkari, álbum recheado de clássicos como Endir e Svefnsýkt. A música que foi pra playlist é justamente a Endir, que captura bem a essência da banda: Energética, pulsante, viciante e com melodias que praticamente te obrigam a cantar junto. Você pode ver mais do som deles num pocket show feito pela KEXP.
2. Hjaltalín
Eis uma banda com um daqueles estilos difíceis de se definir com um rótulo só. Eles passeiam pelo indie, jazz, pop dos anos 60, música clássica e folk. A combinação de instrumentos também é peculiar, misturando instrumentos tradicionais do rock com violino e oboé. Pra mim, a música que condensa melhor todas essas influências é Feels Like Sugar (que calha de ser também um dos singles do álbum que os trouxe notoriedade, o Terminal), por isso tá lá na playlist. E sim, também tem pocket show da KEXP com eles. E é sensacional (Duvida? Ouça a versão deles pra Halo da Beyoncé aos 22:33)
3. For A Minor Reflection
Para muitas pessoas, a Islândia é sinônimo de Sigur Rós. A banda, que conseguiu sucesso em todos os cantos do mundo com seu post-rock obscuro, por vezes otimista, mas sempre lindo de se ouvir também estabeleceu o estilo como um espelho do país: Recheado de paisagens melancólicas e paradisíacas, mas sempre lindas de se ver. E nada mais justo do que trazer uma banda de post-rock pra cá. For A Minor Reflection tem as mesmas características do Sigur Rós, e a sua música se traduz como uma representação sonora da Islândia. Okkyrð tá na playlist justamente por isso. Te convido a dar play nessa música, fechar os olhos e brincar com as coisas que vão passar pela sua cabeça. Ela tem uma força pra evocar sensações e diferentes níveis de empolgação e emoção. Pode testar. Ah, claro, a KEXP também tem um pocket show com eles, e é uma das apresentações mais lindas deles que existe disponível por aí.
4. Hjálmar
Antes que você comece a pensar que a Islândia é apenas um berço de melancolia, Hjálmar está aqui pra provar que as coisas não são assim. Trazendo um reggae com algumas influências do post-rock e mesclando com algumas características da música tradicional islandesa, eles criam músicas que certamente ampliam os horizontes do estilo jamaicano. A música que foi pra playlist, Dom Hinner Aldrig Ikapp, tem tudo isso. Você vai ouvir as guitarras e o teclados fazendo breves "camas sonoras" completamente influenciadas pelo post rock e dub, e o coro, que mesmo sendo algo característico do reggae, aqui ganha a cara dos corais islandeses. E nem precisa perguntar se tem pocket show. A KEXP é uma linda.
5. Árstíðir
Okay, eu estava tentando ser parcial até agora. Mas com Árstíðir vai ser difícil porque eles são, provavelmente, minha banda favorita da Islândia. Muito disso vem pela sua musicalidade única, que está inserida dentro do post-rock, indie, folk, clássico, rock progressivo, tradicional islandês mas ao mesmo tempo não é nenhum desses. É uma banda que tenta sempre se renovar a cada álbum, criando algo diferente em cada chance que têm. Na playlist você vai encontrar You Again, do terceiro álbum Hvel. As linhas vocais que se sobrepõe, o minimalismo no arranjo, a conexão dos instrumentos... tudo que prova que eles são excelentes compositores está inserido nessa música. Mas é claro que uma só música não faria jus às qualidades da banda, então confere lá o pocket show e perceba por si a beleza que eles têm a oferecer.
Por hoje é só! Mas não se preocupe, não é só isso que existe na Islândia. A música lá é, como já foi dito, bastante variada e repleta de qualidade. Só não larguei tudo aqui de vez porque senão ia ficar um post de 12km. Mas é só acompanhar a playlist no Spotify e o ConversaCult que em breve haverão mais atualizações nesse passeio pela música islandesa!
BIO:
Artur
é um fã de Rush, futebol, jogos de tabuleiro e ficção científica. Ler
um livro de RPG aos 7 anos mudou sua vida completamente. Odeia
Interstellar mas adora Gravidade, e adora sua coleção de camisetas de
futebol e cultura pop.
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1 comentários
gostei muito da Mammút
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