Oi, gente! Faz um tempinho que vi um filme de comédia chamado "Sim, senhor" (Yes, man), que me fez refletir muito sobre as coisas que perdemos na vida por não estarmos abertos às oportunidades que ela nos oferece. E sobre como, depois, reclamamos de uma coisa da qual nós somos totalmente responsáveis, porque nós escolhemos dizer não.
Uma breve sinopse do filme
Carl (Jim Carrey) é o funcionário de um banco, divorciado, que diz não pra qualquer coisa que lhe proponham. Ele é do tipo que prefere ver filme sozinho em casa a se encontrar com os amigos. Isso muda no dia em que ele encontra um conhecido na rua que lhe fala sobre as maravilhas de dizer sim ao mundo e viver, e de como ele aprendeu sobre isso numa palestra motivacional.
Carl fica curioso e vai na tal palestra, na qual acredita ter sido submetido a uma espécie de encantamento. A partir disso, ele é obrigado a dizer sim a qualquer coisa que lhe proponham, mesmo que a situação seja bizarra, tipo dar carona a um completo estranho para o meio do nada. Por mais estranha que seja a proposta, ele, ainda sim, consegue tirar alguma coisa boa da situação. Aí é que o filme força um pouco a barra, mas é um filme de comédia, então exageros são permitidos.
Tipo estar feliz assim de manhã cedo |
Uma breve reflexão sobre o dizer "sim"
O importante do filme, pra mim, foi a lição de que dizer sim, aceitar convites, ir aos lugares, conhecer pessoas e se divertir não tira pedaço de ninguém e, na maioria das vezes, só temos a ganhar. Eu sou muito tímida, antissocial mesmo, e dizer não pra muitos convites é praticamente um hábito, por isso me identifiquei tanto com o filme. Tenho medo de chegar nos lugares, só vou se tiver algum amigo pra me fazer companhia o tempo todo. Meu maior problema, na verdade, é aceitar convites de pessoas com quem não tenho tanta intimidade e me sentir deslocada.
Devido a esse meu perfil, e some-se a isso o fato de eu ter uma preguiça sem fim, eu vivo recusando convites pra tudo, desde ir num restaurante, até festas que pareciam maneiríssimas, seja pelo fato de achar que não tenho tanta intimidade com a pessoa pra sair com ela ou por pura preguiça mesmo. Eu já cansei de perder essas coisas e depois querer me matar por não ter ido àquela festa, ou conhecer aquele restaurante que tá todo mundo falando.
Quando eu deixo a vergonha e a preguiça de lado acabo indo e sempre é legal. Raramente me arrependi de ter aceito um convite e nunca entrei numa furada com um convite que, a priori, eu pensei em recusar, pelo menos não com as pessoas que eu tinha menos intimidade. Mas os meus amigos de longa data já me fizeram passar uns perrengues na vida (que depois viraram história pra contar).
Claro que deve haver uma dosagem, não dá pra sair aceitando qualquer convite também. No filme, mesmo nas situações bizarras o personagem sai ganhando alguma coisa, mas na vida, nem sempre isso acontece, sejamos realistas. Contando que ninguém vá levar o filme ao pé da letra, e dizer sim pra tudo, acho a experiência de aceitar algumas propostas pode trazer muita coisa boa. Permitir-se ir além do conhecido, do óbvio e do confortável pode ser realmente libertador.
Essa vovó experimentando uma montanha russa pela primeira vez :D |
Da próxima vez que te chamarem pra algo que parece legal, e que você só não for por vergonha ou preguiça, pense melhor. Ainda é muito bom ficar um fim de semana inteiro vendo série e filme em casa, mas porque realmente queremos fazer isso e não por estar com vergonha de ir ao boliche com a galera do curso novo.
Pode ser muito divertido ir num rodízio com a galera do inglês, ir ao bar com o pessoal do trabalho, ir ao aniversário do amigo da sua amiga ou no amigo oculto com a galera do blog que você só tem contato virtual. Eu aceitei ir a todos esses eventos e não me arrependi de ter ido a nenhum. Fico pensando em quantas risadas, conversas, amigos e fotos eu teria perdido se tivesse dito não. Dá até uma dorzinha pensar nas coisas que deixei de fazer sem um motivo realmente bom.
Esse dia <3 |
Às vezes, o meu espírito preguiçoso e antissocial ainda fala meio alto e eu me vejo recusando as coisas, mas eu juro que to tentando resistir. E quando eu consigo, eu só tenho ganhado com isso. Mais laços, mais amigos, mais risadas, mais cervejas, mais novos lugares, mais fotos e mais vida.
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