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Sombras Prateadas, de Richelle Mead

19.4.15Isabelle Fernandes


"Só o seu nome me fazia suportar aquelas horas longas e sombrias. Pensar nele, no nosso passado e no nosso futuro, em ajudava a sobreviver ao presente. [...] Revivia cada lembrança preciosa, as alegres e as tristes, e, depois que as esgotava, fantasiava sobre o futuro. Vivia cada um dos cenários possíveis que tínhamos imaginando para nós dois, todos os nossos "planos de fuga" bobos.
Adrian.
Ele era o motivo de eu sobreviver àquela prisão.
E também era o motivo de eu ter ido parar naquele lugar."

Se você deseja uma história com torturas, comportamentos destrutivos, buscas desesperadas, centros de lavagem cerebral, romance, perseguições alucinadas, explosões e muitas, MAS MUITAS tretas, este é o livro ideal. Sombras Prateadas é o quinto e penúltimo livro da série Bloodlines que como sempre superou todas as expectativas e sambou de salto na minha cara. Estou até agora tentando absorver tudo o que aconteceu. Talvez eu nunca consiga qqq

Respirem fundo e preparem-se, porque lá vem chão.

E no começo, havia sofrimento.

Sério, a primeira metade do livro foi bem complicada. Sydney tava lá presa em uma cela escura no centro de reeducação passando frio, comendo mingal insosso e sendo drogada constantemente, ao mesmo tempo em que era pressionada persuadida a admitir que pecou e que estava pronta para se purificar. Mas isso foi só o começo. A grande verdade é que os alquimistas são um bando de sádicos nojentos quadradões e cada palavra ou comportamento "errados" eram garantia de uma punição, várias delas baseadas em princípios psicológicos para gerar aversão aos seres antinaturais que eles tanto desprezam: os Moroi. As cenas de tortura foram poucas, mas suficientes pra me deixar angustiada e com medo que elas acabassem cumprindo o seu objetivo de incutir o pensamento alquimista de volta na Sydney.

QUERIA PODER ABRAÇAR ELE
Enquanto isso, Adrian tenta o tempo todo encontrar a Sydney, seja caminhando pelos sonhos ou fazendo pedidos malucos à Lissa, que coitada, não tem o que fazer numa situação dessas. Como nada dá certo, ele acaba sucumbindo aos seus antigos vicíos e começa a fazer merda. Foi uma agonia ver o Adrian fazer aquelas coisas e não poder aparecer do lado dele e gritar "NÃO CARA PARA COM ISSO" e "VEM CÁ PRO COLO DE MAMAIMMM" porque era de dar dó. E o pior é que poucos sabiam o que estava acontecendo com ele porque quase ninguém sabia do lance com a Sydney, então parecia que ele só estava sendo escroto mesmo. Aí eu tive vontade de surgir na história e gritar "NÃO GENTE ELE TÁ ASSIM PORQUE TÁ PREOCUPADO COM ELA".

Até este momento eu estava mal lendo livro, chorando e me perguntando onde estava o "Valerá a pena!" que a Senhora Richelle Mead havia dito no livro anterior quando um raio de luz surge no fim do túnel. Sydney começa a maquinar planos pra se livrar da sedação e em seguida pra sair dali, levando todo mundo junto, claro. Os outros prisioneiros à principio parecem um bando de alquimistas prontos pra acabar com a vida dela, mas aos poucos uma coisa fica clara: eles são como a Sydney. Mudaram a forma como viam o mundo e por isso foram castigados, assim como ela. E assim que ela entende isso também, eles entram para a sua lista de Pessoas a Serem Defendidas e acaba se encalacrando, claro.

COMO EU FIQUEI DURANTE TUDO ISSO
Então amigos, as coisas ficam frenéticas. Eu não tenho ideia de como falar sobre a resolução de tudo isso sem dar spoilers, sinceramente. Tudo o que eu consigo dizer é que me senti em um filme do 007 com protagonistas sobrenaturais FUGHDFUIIHGIFDHGIDHGD. Um mundo de coisas loucas aconteceram uma atrás da outra sem dar tempo para Adrian e Sydney respirarem (e eu também não), terminando de um jeito totalmente bombástico. Certamente Adrian abalou as estruturas do mundo (sobrenatural) inteiro com as decisões que ele tomou. E a Sydney agora vai ter que ter muita coragem e jogo de cintura pra lidar com toda a merda. E a Lissa tem mais um motivo pra arrancar todos os cabelos de uma vez só (percebam que Adrian só arruma problema pra ela HUIGDHUIFDHIGHD). Estou realmente tensa com os desdobramentos disso. 

Aí você pensa que acabou. MAS NÃO. Literalmente na penúltima página, vem A MAIOR DA BOMBAS, A DESGRAÇA TÃO TEMIDA DESDE  O PRIMEIRO LIVRO ACONTECEU DE FORMA ABSURDAMENTE MISTERIOSA.

Gente, eu não sei como lidar.

Agora tudo o que me resta é esperar longamente até o lançamento do último livro, previsto para o segundo semestre. Só que eu também não quero que chegue. Não quero que acabe. Eu me apeguei demais à esse mundo e à esses personagens pra aceitar um fim. Nunca fui do tipo que deseja ardentemente que algo ficcional não acabe, pra falar a verdade sempre defendi justamento o contrário ("Tudo tem que ter um fim, chega"), mas agora tô aqui, me corroendo. 

Não dá, cara

Que eu sobreviva ao fim q


- isabelle fernandes

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2 comentários

  1. Não seria um "bando de sádico"???? Sádico é que gosta de ver os outros sofrerem.

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  2. Ops...HFUSIDHFUISDHFISDHFIDSHFIDSHF mudei lá, valeu xD

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