Oiiiiii! Excepcionalmente o Pornoliterário desse mês será comigo, Elilyan, de novo, porque a Isabelle teve um pequeno problema com os Correios e ficou sem indicação (por sinal, você tem alguma indicação para a gente? Diz nos comentários que vamos adorar ler. Ou então você pode escrever um post com sua indicação e mandar para o email conversacult@gmail.com para que possamos publicá-lo! SIM! A gente quer você no CC!!). 

A indicação de literatura erótica de abril veio diretamente do Japão. Venha conhecer o famoso mangá Futari H, de Katsuaki Nakamura .

Futari H conta a história de Makoto e Yura, virgens que, aos 25 anos, se veem na lua de mel sem saber o que fazer. Os dois casaram através de uma casamenteira (algo bastante comum na cultura japonesa) e sabem pouco um do outro e muito menos sobre sexo. Nenhum dos dois faz ideia que o outro é virgem, o que resulta em uma noite de núpcias cheia de altas comédias!

A partir da lua de mel, o desenvolvimento sexual do casal é apresentado de forma lúdica e educacional por Katsuaki Nakamura. É perceptível que o escritor investiu pesado em pesquisa, pois ao longo de todo o mangá tem dicas, explicações e notas ajudando o leitor a entender as peripécias do sexo. 

Como no universo de Yura e o Makoto não há um mangá para ensiná-los o ABC do sexo, o jovem casal conta com os conselhos dos gurus Rika e Akira. Rika é irmã mais nova da Yura, e o Akira, irmão mais velho do Makoto, e você sabe como são os irmãos: falam o que pensam sem filtro, o que rende os melhores piores conselhos que já li na vida!!! Na maioria das vezes, os conselhos são sábios, mas eles são dados da forma mais constrangedora possível (o Akira tem a mania de gritar seus conselhos na frente de todo mundo. #APENASMORTA).

O caráter educacional de Futari H rendeu ao mangá o fato de ser conhecido entre seus leitores como Mangá Sutra (remetendo a Kama Sutra) e Manga Love Story. É justamente por causa do mangá ensinar tintim por tintim o beabá do rale-e-rola que ele não é classificado puramente como hentai (palavra japonesa que, nos países ocidentais, é usado para se referir, em especial, à pornografia que é exibida em certos desenhos e mangás do Japão). Futari Ecchi é uma comédia que não tem medo de mostrar de forma clara e honesta os prazeres e agouros da vida sexual. Nas sábias palavras do autor: “[Futari H] não é apenas um mangá erótico. É um mangá sobre sexo com a intenção de se tornar para o leitor, uma bússola para orientá-los, eles mesmos, no mundo do amor. Eu o fiz na esperança de que ele seja o texto sagrado para pessoas que sonham viver uma maravilhosa história de amor! “Oh yes”, de verdade!”

Se você estava se perguntando se aparece tudo, TUDINHO, no mangá, saiba que QUASE tudo é apresentado. O mangá é bastante explícito mostrando praticamente todo o corpo das personagens femininas, mas quando se trata dos homens, o assunto é diferente; o pênis é apenas apresentado de forma acadêmica. 

Tenho que ser sincera e confessar que ainda nem cheguei a metade da história de Yura e Makoto (no Brasil foram publicados 42 volumes), mas, pelo pouco que li (uns 11), já aprendi muita coisa legal sobre sexo de uma forma divertida e leve. Se você se interessou por Futari H, saiba que a editora JBC cancelou a publicação no volume 42. Mas não fique triste: nessas poucas dezenas de edições já publicadas, você já aprenderá bastante sobre ejaculação precoce, gravidez, camisinha, cunilíngua e outros prazeres e dramas de molhar o biscoito. ;)

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