Ana Luíza Albacete
CCFilmes
[Resenha Misturada] Whiplash - Em Busca da Perfeição, filme
4.2.15Unknown
por Ana Luíza Albacete e Elilyan Andrade
- Whiplash (2014)
- Direção: Damien Chazelle
- Roteiro: Damien Chazelle
- Elenco: Miles Teller, J.K Simmons, Paul Reiser, Melissa Benoist, Austin Stowell, Nate Lang...
- Drama - 107 min - Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 8 de Janeiro de 2015
Minicrítica ~ Sinopse:
Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons), Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão e alterar para sempre sua vida.
O que a Ana Luíza achou?
Whiplash foi um filme para o qual eu não tinha expectativa, não sabia do que se tratava e não tinha visto nem o trailer. Só sabia que o J.K Simmons ia ganhar todos os prêmios pela incrível atuação dele no filme e, por isso, eu fui ver.
Na verdade, eu achei o filme legal. A história é boa, mas lembra muito a de Cisne Negro, só que sem todo o terror psicológico vivido por Natalie Portman. Whiplash não tem essa pretensão de ficar se comparando a outro filme, mas a comparação é inevitável. Afinal, são dois personagens que estão em busca da perfeição.
Miles Teller é um bom ator e até que convenceu bastante como Andrew. Quem gosta de música e quer trabalhar com arte até consegue se identificar com o personagem e toda a determinação dele (aconteceu comigo!). Já J.K é uma história completamente diferente. Eu senti medo do personagem dele de tão rígido que era. Obviamente, isso tudo vem do desenvolvimento de personagens, já que todos foram muito bem estruturados e a direção ajudou bastante nessa preparação dos atores.
O roteiro deixa a desejar um pouco, tendo alguns momento com umas barrigas desnecessárias. Obviamente, o ritmo é mantido (ao menos isso...), mas tem alguns pontos que são irrelevantes, deixando furos e uma sensação de "acaba logo". Apesar disso, Whiplash continua uma boa distração.
Sobre a nota: 3,5 conversinhas. O filme é bom, mas não acho que mereça tantos holofotes.
O que a Elilyan achou?
Não sou a maior fã de instrumentos de percussão, prefiro os de sopro e corda, então imaginem que minha santa expectativa com Whiplash começou baixíssima. O que foi bom, pois se não estivesse tão baixa era provável que eu tivesse detestado. Whiplash é um bom filme, mas, infelizmente, assisti recentemente a nova série da Amazon, Mozart in the Jungle, que possui uma similaridade enorme. A diferença? A série tem um roteiro melhor.
Miles Teller é um bom ator, mas, coitado, a fotografia do filme não o favoreceu de jeito nenhum. Durante todo o filme ele parece mais feio do que é normalmente, sempre com uma coloração doentia. A fotografia de Whiplash é um pouco amarelo-vômito, o que contribuiu com minha vontade de que o filme terminasse logo. Seu personagem, Andrew, sofria e só me fazia desejar que ele sofresse mais e mais. Ele é um babaca tão grande quanto seu professor. Já J.K Simmons tem o personagem mais emocionante e carismático, por isso ele brilha na tela. Não estou dizendo que J.K não faça um primoroso trabalho, mas é fácil ser espetacular quando o roteiro o favorece.
Por sinal, o roteiro é o principal problema de Whiplash. Existem alguns momentos que acabam afetando negativamente o andamento da trama, o que torna a saga de Andrew e seu perverso professor um saco. Mesmo amando jazz, a cena final é apenas longa e cansativa demais, o que torna a experiência levemente irritante.
Se o roteiro de Whiplash é cheio de buracos, graças ao bom Deus o mesmo não ocorre com sua trilha sonora. Filmes onde a música é um elemento importante tem a obrigação de ter uma trilha sonora exemplar, e Whiplash não foge à regra.
Sobre a nota: 3 conversinhas. Apesar do roteiro, a trilha sonora é fantástica e, por isso, achei Whiplash um filme acima da média.
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