A Teoria de Tudo Ana Luíza Albacete

[Resenha Misturada] A Teoria de Tudo, filme

12.2.15Unknown

por Ana Luíza Albacete, Paulo V. Santana e Elilyan Andrade

 - "A Teoria de Tudo"
 - The Theory Of Everything (2014)
 - Direção: James Marsh
 - Roteiro: Anthony McCarten
 - Elenco:  Eddie Redmayne, Felicity Jones, Harry Lloyd, Alice Orr-Ewing, Emily Watson, Maxine Peake...
 - Drama, Biografia - 123 min - Trailer
 - Nos cinemas brasileiros desde 29 de Janeiro de 2015







Minicrítica ~ Sinopse:

A Teoria de Tudo é a cinebiografia do astrofísico Stephen Hawking, onde conta parte da sua história e descobertas sobre e o tempo, como sua vida foi afetada por uma doença motora degenerativa e sua relação com sua primeira esposa, Jane. 5 indicações ao Oscar 2015: Melhor Filme, Melhor Ator (Eddie Redmayne), Melhor Atriz (Felicity Jones), Melhor Roteiro Adaptado (Anthony McCarten) e Melhor Trilha Sonora.

Quer saber mais? Continue lendo! ;)


O que a Ana Luíza achou?

Eu confesso que não estava nem um pouco animada quanto a este filme. Os comentários das pessoas eram todos a mesma coisa: "Eddie tá incrível" e nada mais era dito. Quer dizer, eu fiquei achando que A Teoria de Tudo ia ser um Dama de Ferro. Um filme com um roteiro meia boca, uma fotografia legal e um ator levando o filme nas costas. Não foi bem assim....

Primeiramente, achei o roteiro OK. Todo mundo sabe a história do Stephen, é só procurar na internet. Ao mesmo tempo, o que fez o filme realmente valer a penas foram as atuações. Realmente, Eddie Redmayne está absurdamente incrível nesse filme. Atuação impecável. Felicity Jones, a mesma coisa (na real, eu nunca achei ela tão boa assim, mas dessa vez me surpreendeu). Quesito direção de atores: nota 10! (já que a gente tá em clima de carnaval... -nn)

Já a fotografia... eu achei tão confuso. Parece que não existiu conversa entre direção de arte/figurino/direção de fotografia e tudo ficou num tom pastel. Tão pastel que eu cheguei a achar que um personagem tava na parede, porque o casaco dele era caramelo e a parede, madeira clara. Eu fiquei olhando e pensado: WHATTHEFUCK?

Mesmo assim, A Teoria de Tudo cumpre seu papel como filme, mas a questão de tudo ser um tom pastel não foi muito bem sucedida.


Sobre a nota: 3 conversinhas. Manda bem a sua mensagem, mas acho que indicar como "Melhor Filme" é muita coisa.


O que o Paulo achou?

Por ser uma cinebiografia, é estranho dizer se a história é boa ou não, porque é como se eu estivesse dizendo para a pessoa “ei, sua vida é bem bacana” ou “que vida merda, amigo”. Stephen Hawking é, de fato, uma figura bastante interessante, mas acompanhar sua história de vida não é uma premissa que me atrai muito, principalmente para assistir um filme tão lento como esse. Apesar disso, devo elogiar a abordagem do diretor e do roteirista. O foco não é o sucesso profissional de Hawking, e sim sua vida pessoal, incluindo o relacionamento com Jane, a primeira esposa do físico.

Pode parecer um tanto insensível (?) da minha parte, mas não consegui ficar tocado pelo filme. O longa não me conquistou, foi apena uma história: nada muito ruim, nada muito bom. Contudo, há algo que faz as duas horas assistindo e morrendo de sono valerem a pena: Eddie Redmayne. Ele carrega o filme, num papel extremamente difícil, tanto no aspecto físico quanto na carga emocional que interpretá-lo traz.

Um problema que eu senti assistindo foi a dificuldade de acompanhar a passagem de tempo. O avanço da doença de Stephen e o crescimento dos filhos eram bons indícios, mas tive a impressão de que a aparência de Jane nunca mudava. Só fui perceber uma mudança efetiva no visual da personagem quando ela corta o cabelo, quase no fim do filme. Tal problema é compensado pela caracterização impecável do protagonista, Eddie Redmayne é Stephen Hawking.

No fim, considero um filme razoável, com uma trilha sonora boa e um ator sensacional. Eddie mereceu os prêmios já recebidos e os que ainda virão, e torço para que ele vença o Oscar desse ano.




Sobre a nota: 3 conversinhas. Considerando a atuação do Eddie, poderia dar mais, mas o filme não me conquistou, então...


O que a Elilyan achou?

Quando fui assistir A Teoria de Tudo, tinha em mente o excelente filme Hawking (BBC, 2004), com Benedict Cumberbatch. O filme de 2004 conta a mesmíssima história de A Teoria de Tudo, então o que faz um ser melhor que o outro? Nada. Os dois filmes são excelentes naquilo que se propõem: apresentar a história de Stephen Hawking sem ser piegas.

É justamente o fato de que o roteiro não procura ser piegas que faz muita gente achar que não se emocionou com o filme. A trama de A Teoria de Tudo não é para deixar ninguém com lágrimas nos olhos, mas, sim, servir de exemplo para as pessoas que acham que não conseguem vencer na vida por causa de algumas pedras no caminho. O roteiro consegue ser brilhante por apresentar seu personagem principal de forma dramática sem ser melodramática. 

A Teoria de Tudo é inspirado no livro escrito por Jane Hawking, mulher de coragem, mas não bobinha, que escolhe um homem fadado à morte. O filme retrata bem Jane e sua força, mas é Stephen que brilha na tela, pois o trabalho de Eddie Redmayne chama atenção de tão impecável que é. Depois de assistir o filme, fica impossível não torcer para que ele leve o Oscar.

Além do incrível trabalho de Eddie, A Teoria de Tudo possui uma trilha sonora fantástica (de longe, a melhor entre as indicadas na categoria Melhor Trilha Sonora) e uma fotografia agradável (a Ana odiou, mas diferente dela eu curti, pois suponho que a fotografia em tons pasteis sirva para diferenciar o filme do outro feito pela BBC).




Sobre a nota: 3 conversinhas. Atuação do Eddie e a trilha sonora do filme são excelentes, mas ainda prefiro a versão anterior como melhor cinebiografia de Stephen Hawking. 



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1 comentários

  1. Eu gosto muito. Muito bom filme, ”A Teoria de Tudo é uma história que tem pontos fracos, mas o desempenho do Eddie Redmayne é digno de ser visto. No começo eu pensei que era um filme sobre a vida de Stephen Hawking, mas na realidade não é assim que é um filme biográfico de Jane Wilde Hawking, o primeiro cientista mulher. O filme é baseado em seu livro "Rumo a infinidade - Minha vida com Stephen Hawking", e ele mostra: tudo é contada a partir de seu ponto de vista. Mais descobertas de um dos supostos gênio de nossa era, o que mostra este melodrama é como uma mulher pode gerir a realização de uma casa habitada por três filhos e um marido com uma deficiência motora grave. O filme é muito bonito, mas eu teria gostado de jogar mais de descobertas de Hawking e não seu dia.

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