por Paulo V. Santana, Ana Luíza Albacete e João Pedro Gomes
- The Grand Budapest Hotel (2014)
- Direção: Wes Anderson
- Roteiro: Wes Anderson
- Elenco: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Saoirse Ronan, Edward Norton, Bill Murray, Jude Law, Tilda Swinton...
- Drama - 100 min - Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 3 de Julho de 2014
- Relançamento: 22 de Janeiro de 2015Minicrítica ~ Sinopse:
Entre a primeira e a segunda guerra mundial, o famoso gerente do Grande Hotel Budapeste conhece um jovem empregado do estabelecimento e eles acabam virando melhores amigos. Eles acabam descobrindo o roubo de um quadro famoso do Renascimento, a batalha de uma família pela fortuna e as primeiras transformações histórias do século XX. 9 indicações ao Oscar 2015: Melhor Filme, Melhor Diretor (Wes Anderson), Melhor Roteiro Original (Wes Anderson, Hugo Guinness), Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Montagem, Melhor Maquiagem e Cabelo, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção.
O que o Paulo achou?
Antes de assistir eu já tinha a ideia de que esse filme seria sensacional, afinal, é do Wes Anderson e levou várias indicações no Oscar. Porém, foi aquela velha história da expectativa versus realidade. Fui com expectativa demais e encontrei um filme excelente, mas que não me conquistou.
Apesar do ponto altíssimo que é o elenco, o que provavelmente me deixou mais encantando com o filme foi a fotografia. Do início ao fim do filme, foi o que mais me chamou atenção e manteve meu interesse no filme. O Grande Hotel Budapeste tem todas as qualidades técnicas, claro, mas não veio no momento certo para mim. Por mais que eu o considere superior a Moonrise Kingdom em alguns aspectos, não conseguiu tirar o lugar de MK no meu coração.
Sobre a nota: 3,5 conversinhas. O filme é bom, mas não me conquistou.
O que a Ana achou?
E aí você demora meses para assistir um filme de um diretor que você admira e quando assiste... É. Pela primeira vez eu não curti um filme de Wes Anderson e eu fiquei muito decepcionada comigo mesma. A questão toda foi a seguinte: a fotografia é incrível, a trilha sonora maravilhosa... Mas o roteiro não me conquistou e os atores também não me convenceram em nenhum momento.
Wes tinha a faca e o queijo na mão para fazer um dos melhores filmes da temporada e ele não foi bem sucedido. Parece que no meio da história de O Grande Hotel Budapeste faltou alguma coisa, algum fato realmente importante que o espectador iria olhar e falar: "WOOOW!", mas não teve. E se teve eu não consegui achar tão wow assim. Porém, se não analisarmos friamente (como eu fiz quando terminei de assistir ao filme), até que o conjunto da obra consegue agradar em algum momento e fazer com que você goste do filme...
Enfim, Grande Hotel Budapeste, pra mim, foi uma decepção, esperava muito mais do conjunto da obra, do roteiro e da direção. Ao mesmo tempo, acredito que mereça muito a estatueta de design de produção, já que, apesar da falha da direção e roteiro, a direção de arte foi absolutamente impecável!
Enfim, Grande Hotel Budapeste, pra mim, foi uma decepção, esperava muito mais do conjunto da obra, do roteiro e da direção. Ao mesmo tempo, acredito que mereça muito a estatueta de design de produção, já que, apesar da falha da direção e roteiro, a direção de arte foi absolutamente impecável!
Sobre a nota: Dolorosamente, 3 conversinhas.
O que o João achou?
Se você leu essa resenha até aqui e admirou essas opiniões tão ricas e cheias de bagagem sobre mais essa obra maravilhosa do Wes Anderson (que não sabe nem quem é): ME ABRAÇA. Estou exatamente na mesma situação. Acho que sou a criatura mais leiga em cinema dessa equipe e, numa tentativa (talvez frustrada) de transformar isso, estou assistindo o maior número de indicados ao Oscar possível nesta última semana antes da premiação.
Cinderela? |
Então, o que achei de Grande Hotel Budapeste... É um filme fora dos padrões. Num mundo em que grande parte dos filmes aposta na atmosfera sombria e movimentos trêmulos para tornar a experiência mais intensa, as cores vibrantes, cenários milimetricamente planejados e ângulos retos das câmeras de Budapeste têm ainda mais valor. Eu quase me senti vendo o que eu sempre imaginei ser o filme ideal de contos de fadas, que têm na "simplicidade" a sua beleza (a sensação foi tão forte que eu levava um susto quando começavam a aparecer sangue, nudez e palavrões no meio das cenas).
Mas se por um lado é uma obra de excelência visual, o mesmo não pode ser dito da história. Não que ela seja ruim, mas o apelo emocional quase não existe. Mais de uma hora e meia assistindo e, se você me perguntar o que tirei da história, vai ter uma grande cara de paisagem como resposta. Mas mesmo que ela não tenha funcionado tão bem nesse aspecto, o cuidado com os personagens (tão grande que até papéis de duas ou três cenas ganharam atores de peso) e a inteligência do roteiro dão conta do recado.
Sobre a nota: 4 conversinhas. No final, ainda que não tenha me conectado com a trama de forma pessoal, estava me divertindo bastante e querendo saber como as coisas terminariam para os personagens. Pois é, eu me diverti com um filme do Oscar. Quem diria.
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