Pois é, eu acabei de sair do cinema e a única coisa que eu consigo pensar é UAU. WOW. WHAT? "Mesmo Se Nada Der Certo" é o tipo de filme que consegue encantar qualquer um pela sua simplicidade, pela qualidade de atuação, direção, de música, de imagem, de tudo... E ainda por cima, consegue ser um filme sensível e incrivelmente divertido e maravilhoso.

Pois é... Um dos filmes mais esperados por mim estreou e me surpreendeu. Confesso que criei tanta expectativa que fiquei com medo de sair do cinema decepcionada, mas aconteceu exatamente o contrário. Saí do cinema ouvindo a trilha sonora do filme (precisamente tava ouvindo "No One Else Like You"). A única coisa que eu preciso dizer é isso: Só tecerei elogios a partir do próximo parágrafo.

Uma coisa que me surpreendeu bastante nesse filme foi a simplicidade dele. O longa conta a história de duas pessoas, Gretta (Keira Knightly) e Dan (Mark Ruffalo), que se decepcionaram na vida e precisam de um motivo para melhorá-la. E o motivo que eles encontram é se apoiar um no outro. Ele, produtor musical, ela uma compositora que canta bem. Ele, um bebado decadente, ela triste por ter terminado um relacionamento. Ali eles se encontram e começam a jornada para recomeçarem suas vidas para serem felizes de novo e, para isso, eles decidem gravar um álbum ao ar livre, sem estúdios ou auto-tune. O papel de Adam Levine é basicamente de um cara que quando encontra o sucesso vira um babaca, mas logo se arrepende. Por incrível que pareça, Adam é um bom ator, pelo menos ele cumpriu muito bem seu papel neste filme.

Pra quem não sabe, esse filme é do John Carney, mesmo diretor e roteirista de "Apenas Uma Vez" (Once), que também é uma peça da broadway. Confessarei uma coisa aqui: Eu não curto Once. É simplesmente um filme que não me encantou de jeito nenhum, mas "Mesmo Se Nada Der Certo" me conquistou com a música, depois com o trailer e depois com o elenco. Foi uma coisa imediata: eu curti "Lost Stars" (e depois a trilha sonora inteira), achei o trailer divertido e achei que a escolha de elenco foi muito bem feita, mesmo assim, eu tive meu medo de me decepcionar.

John Carney faz um trabalho completamente diferente do que ele fez em "Once". Tudo bem que as câmeras tremidas continuam a mesma coisa, mas é diferente. Eu não sei explicar. Esse roteiro tem muito menos diálogo, os personagens conversam pela troca de olhares e os gestos. Eles não precisam falar nada, o espectador entende tudo que está sendo dito, mesmo sem ser verborrágico. Isso que é o mais incrível do filme, fazer o espectador compreender as coisas pelo olhar, pelo tato... Algo muito mais sensorial do que por palavras, que nem sempre ajudam nesses casos.












Achei bacana de Carney ter abordado não só o recomeço profissional dos personagens principais, mas abortar, principalmente com Dan, a reconquista da família que ele tinha e o quão profundo esse assunto era para o personagem. Deu um tom diferente, além de não ficar na mesmice de: os dois personagens principais têm os mesmos dilemas: a carreira; E definitivamente, não foi abordado dessa forma.

O melhor disso tudo, é que com um roteiro tão maravilhoso como esse, John tinha que fazer as escolhas certas para os atores e bem, na minha opinião, ele fez a escolha perfeita. Os atores todos estavam em sintonia. Ninguém levou filme nas costas ou alguém se destacou mais... Tudo foi muito bem balanceado.

Sobre a trilha sonora: se você já ouviu o álbum inteiro e curtiu as músicas, vá assistir o filme. Porque elas não são simplesmente jogadas para tapar buraco. Todas elas têm uma função, um contexto no filme e depois que você descobre toda essa "explicação" você se encanta ainda mais pelas músicas (e pela Keira cantando porque que voz gostosinha a dela, gente!).

O que eu sei é que "Mesmo Se Nada Der Certo" definitivamente entrou pra lista dos meus filmes favoritos pela sua simplicidade, sensibilidade, leveza e... Por tudo!

Sobre nota: 5 conversinhas + favoritos. Porque sim!