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Blogagem coletiva: Livros que marcaram a infância

2.9.14ConversaCult


Cruzes, vó! Eu não quero livro de presente.

Então... como eu comecei a ler? Quais foram meus livros preferidos da infância?

Da minha parte, eu meio que sempre gostei de aprender. Lembro até hoje quando tava no jardim 2 (sim, antes da alfabetização) me gabando que eu ia pra escola e meu primo um ano mais velho ainda não. Eu devia ter uns 3/4 anos, relevem. E lembro também de quando eu tava na alfabetização e aprendi a escrever macaco. Cheguei em casa super feliz MAMÃE, MAMÃE, OLHA, EU APRENDI A ESCREVER MACACO. *pega o papel pra mostrar* Não sei qual foi a da felicidade toda de escrever macaco, mas eu adorei. Então quando eu aprendi a ler, eu era a clássica leitora de outdoor.

Isso conta como livro???? (ou eu fazendo propaganda da série no meio do post?)

Minha mãe adorava bruxas.
No fim das contas, eu me tornei uma. 
Pensando agora, eu ia dizer que comecei a ler mais velha com certos livros, é mentira. Lembrei agora que minha mãe adorava a Bruxa Onilda, meu livrinho de formatura foi dela e que eu pegava vários daqueles livrinhos de criança na biblioteca da escola! Caramba, eu tinha esquecido totalmente disso. Lembro que ficava toda feliz. Lembro da textura daqueles livros quadrados. Lembro que no início (ou final) tinha um papelzinho com a lista de pessoas que pegaram e data pra devolver. Só não lembro muito dos livros. Mas eu estava lendo.

Eu ia começar essa história dizendo que eu não lia muito. O que eu lia era mais gibi da Turma da Mônica porque minha tia professora ganhava aos montes, os filhos dela não liam e ia parar tudo lá em casa, que eu sempre lia antes de dormir. Nessas alguns livros iam misturados e um deles foi O Super Silva.


Super Silva é um homem negro morador da favela que fica trabalhando até tarde (ele é mecânico????) no carnaval e decide entrar no clima ao encontrar uns restos de fantasia na rua. Cerveja, uma roupa de super-herói aos pedaços e tudo bem, morro acima. Só que ele acaba esbarrando com uma repórter que está sendo assaltada e por acaso salva o dia (ou pensam que foi ele que salvou). Daí tudo bem, ele volta para casa só pra descobrir que o jornal está falando de um super-herói da favela que está lutando contra o crime. A partir disso começa o dilema: calma aí! eu não sou um super-herói. eu devo salvar outras pessoas? vou ganhar dinheiro com isso? vou contar pra família?

Tem noção de que faz mais de 10 anos que eu li esse livro? Foi uma vez só e eu nem precisei rever a sinopse. (Fui confirmar e descobri que o Super Silva é um borracheiro, dá quase no mesmo)



OMG! Em algum momento da minha infância eu tive essa caixinha de contos de fadas, exatamente essa. Com os livrinhos fofinhos. Eu lembro que adorava a história do alfaiate por causa de uns potinhos de geleia (vai entender). E eu gostava mais das 3 da direita. Lembro que não gostava da do Rumpelstiltskin, nem lembro de nada da história. HUAHUAHA


Mas minha história com livros não é tão simples assim. Eu lia, eu gostava, mas jamais ia pensar como algo que eu buscaria. Os livros caíam na minha mão, eu lia. Lembro até hoje de uma vez com uns 11 anos passeando no shopping para as compras de natal, paramos na frente da vitrine e a minha avó aponta para um livro do Harry Potter:

- Quer de presente o livro do bruxinho?
- Cruzes, vó! Eu não quero livro de presente.

É claro que não queria. Tinha barbies e bonecos pra ganhar, jogos de videogame. Eu não ia gastar meu presente de Natal com um livro. (flashforward para todos os livros de Harry Potter que eu ganhei de natal depois disso)

Também teve um livro sobre racismo e cores que eu li pra escola que só lembro de achar horrível.

Inguom ia ribo e polar tenis? 

Mas também teve os Karas, do Pedro Bandeira, que são vários livros de um grupo de jovens que se juntam na escola para resolver crimes. Eles se chamam os Karas, têm o próprio esconderijo secreto, marcam as coisas com um K e conversam em código usando o TENIS POLAR (que eu não vou explicar como usa). Eu li todos os livros e lembro de ler algo do autor falando "Eu faço esses jovens assim não porque eles são necessariamente assim na realidade, mas porque é o que eu desejo para a juventude brasileira." (não com essas palavras) Se lançasse livros novos, eu leria*. 
*macumba desgraçada! logo depois de escrever esse post descobri que o Pedro Bandeiro está realmente lançando um novo livro exatamente agora. o.o

Harry Potter e a Câmara Secreta: o primeiro livro que eu quis comprar. (A Pedra Filosofal foi último livro que eu li dos 7, porque eu fecho na abertura. Relevem que na época eu achava que ter assistido o filme contava como leitura)

Foi só com os filmes que eu comecei a ler Harry Potter - os primeiros livros que eu quis comprar. Levou mais tempo ainda até eu descobrir outras coisas legais, tipo Dan Brown e os livros "infanto-juvenis" tipo A Bússola de Ouro.

O que eu acho legal da minha experiência em começar a ler é uma coisa: suporte. Eu sempre tive livros a minha volta. Minha mãe e minha tia gostavam de ler, não como eu hoje, mas serviam de referência para mim. Mesmo mais tarde com 14 anos eu precisei do incentivo de amigos para continuar indo em frente. Hoje estamos aqui. 


Emoção pensar em tudo o que começou com uma simples leitura de outdoors... 

mentira, só queria colocar esse gif aqui pra lembrar que a 2ª temporada de Faking It estreia esse mês


Então, eu fico por aqui! O tema do post foi um convite da Sybylla do Momentum Saga para participar dessa BC. Eu adorei participar. <3 E em breve acho que mais pessoas da equipe do CC vão querer compartilhar as experiências aqui. E você? Sim, você aí, leitor, quais livros marcaram sua infância?

-dana martins




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6 comentários

  1. Harry Potter foi o primeiro livro que eu comprei! Eu pedi o dinheiro para a minha mãe, guardei direitinho para o dia em que iriamos na livraria. Mas chegando lá tinha "a pedra filosofal" e "a câmara secreta", como eu não sabia nada da história, nem que eram uma série, eu comprei a câmara secreta por que eu achei a capa mais bonita, então eu comecei a leitura pelo segundo =P rsrsrs
    Também li todas as histórias dos Karas ( o avesso dos caretas e contrário dos coroas... ou algo assim, rsrs) Pedro Bandeira está presente na infância de muuuuuita gente! Fiquei curiosa com o livro novo dele, deve ter um gostinho de nostalgia!

    Abraços!

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  2. Muitos livros em comum. Será que é porque o mercado editorial brasileiro é restrito ou nos foram indicados os melhores livros? A Droga da Obediência libertei no 8º Bookcrossing Blogueiro, assim como vários outros livros infantis e alguns gibis. Não fazem mais falta para mim e não tem mais criança em casa, então fará outras crianças felizes!
    Boa blogagem!!
    Beijus,

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  3. Fui muito igual!! Aprendi a ler com 3 anos e surpreendi meus pais com isso quando passamos por um outdoor HAHAHAHAHAH "Jéssica, de onde você tirou isso?" "tava ali, ó *aponta pro outdoor*" :')
    Muitos livros parecidos na lista também. Fui até catar o livro da Bruxa Onilda que eu li, mas são tantos que não consigo lembrar exatamente qual era ): O Super Silva foi um dos livros que pediram no colégio que eu mais gostei. <3 Outro foi O Grande Desafio, do Pedro Bandeira. Mas antes desses dois eu já tava pedindo Harry Potter de presente e antes de Harry Potter teve A Turma dos Tigres, do Thomas Brezina, que os professores da 4ª série incluíram como leitura obrigatória depois de eu levar minha turma inteira da 3ª a um vício na série. MELHOR série. <33

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  4. Sempre lia os gibis na infância, e as pessoas me achavam anormal... tão novo! Mas de todos os livros por você citados, só li o HP, o primeiro, preferi depois assistir aos filmes. Mas a leitura faz ainda parte da minha vida.

    Grande abraço.

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  5. Meu Deus, eu também tinha essa caixinha dr histórias e amava, as minhas ate começaram a despencar de tanto que eu lia haha e daria tudo pra recuperar ela pra poder ler pra minha afilhada. Os karas marcou minha adolescência, fiz um trabalho de português na escola sobre o livro, com meus melhores amigos ate hoje e com meu namorado rs. Era uma peça e tivemos que fazer uma música sobre e lembro que ate o fim do colégio ficávamos nos entitulando como os karas. Harry Potter é meu vicio ate hoje. Ler é bom demais.

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    1. E olha que eu acho que ainda vende essa caixinha! É muito legal ver como a gente teve uma infância compartilhada xD

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