a ameaça invisível
a ilha dos dissidentes
Entrevista: Bárbara Morais fala sobre a Trilogia Anômalos seu processo de escrita
30.8.14Unknown
Gosta de romances distópicos? Então corra para ler a Trilogia Anômalos!
A Ilha dos Dissidentes ganhou durante a Bienal do Livro de São Paulo uma sequência e parece que agora teremos ainda mais emoção. Estamos muito empolgados com o lançamento de A Ameaça Invisível e, para comemorar, fizemos uma pequena entrevista por e-mail com a autora, a super simpática Bárbara Morais. O resultado dessa conversa você pode conferir abaixo [bônus: quotes do novo livro!].
Descrição da Sybil, a protagonista da série |
>>>Para começar, a pergunta que todos estão se fazendo: tem previsão de lançamento do próximo livro? OPA, BRINCADEIRA. O que eu queria saber é como você se sente lançando o segundo livro. O nervosismo é o mesmo do ano passado, quando estava prestes a lançar A Ilha dos Dissidentes?
Bárbara: Lança na Bienal e---- o quê? Hã? Oi??? Ah, o segundo livro. Então, é uma sensação completamente diferente. Ano passado eu estava meio surtada, mas aí fiz um trabalho mental e agora só estou empolgada. Claro que tem aquele friozinho na barriga quanto à reação das pessoas e aquela tal da síndrome do segundo livro (que eu nem acredito que exista porque os segundos livros normalmente são meus favoritos, ahahah)... mas mesmo isso eu estou tranquila, sabe? O livro tá pronto, não tem como mudar a história agora, então é isso aí, ahahah. Ah, eu comprei Sharpies metálicas para autografar, espero que não seja um desastre.
>>>Por que essa história? Você sempre tem tantas ideias, então por que escolheu desenvolver justamente a Trilogia Anômalos?
B: ...eu não sei? Não foi consciente, escolher essa história. Foi a que veio e eu decidi desenvolver, ahahah. Sabe, é uma questão de amadurecimento de ideias e calhou dessa ser a ideia mais madura quando comecei a escrever!
>>>Como funciona o processo de edição do romance? Há um editor envolvido ou é algo mais com base em amigos?
B: Normalmente o livro passa pela minha revisão/edição, depois pela edição da minha agente e, por último, por uma edição da editora, com sugestões de melhoria, cortes e pedidos de adição! Na editora, são duas ou três pessoas que lêem e dão sugestões para aprimorar a história.
>>>Qual foi a principal diferença entre escrever o primeiro e o segundo livro?
B: No segundo livro, você já tem toda uma base pré-estabelecida. Você já apresentou os personagens e o mundo, agora você tem que continuar e desenvolvê-los. Parece ser mais simples, né? Só que cada livro que você escreve é um livro novo, seja ele continuação ou não, então achar o caminho é igualmente difícil.
>>>A história se desenvolveu de uma forma que você não imaginava? Se sim, pode contar um pouquinho do que planejava de diferente?
B: Sim! A história se desviou um pouco do que eu tinha planejado, mas os pontos principais continuam o mesmo. A minha ideia inicial era que o auê com os anômalos começasse por um caso parecido com o de Ferguson, nos EUA. Não sei se vocês estão acompanhando, mas um garoto de 17 anos foi morto pela polícia por... motivo nenhum. Isso acontece recorrentemente, tanto nos EUA quanto aqui, e eu queria explorar isso. Eu cheguei a escrever quase metade do livro por esse caminho e... não funcionou. Não ficou bom, sabe? Não deu certo. Aí eu tive que encontrar outro caminho, que explora o problema a partir de outra perspectiva!
>>>Qual foi a parte que você mais gostou de escrever?
B: Eu sempre adoro escrever o último terço. Tem uma cena específica do meio para o final que foi muito legal de elaborar. Uma dica: tem sangue.
>>>Por último, aconteceu alguma coisa inesperada na sua vida depois de escrever esses dois livros?
B: A coisa mais louca que acontece é eu estar em lugares aleatórios (geralmente festas juninas ou festivais) e algumas pessoas virem falar comigo dizendo "Ah, você é a autora de A Ilha dos Dissidentes, né?". Eu sempre fico meio "???? COMO VCS ME RECONHECERAM, VELHO???" e depois acho fascinante, ahahaha.
Gostaram? Vocês podem seguir Bárbara no Twitter (fiquem de olho, pois ela vai estar amanhã, no último dia da Bienal do livro, lá no estande da Gutemberg, J700!), ler a nossa resenha de A Ilha dos Dissidentes e comprar A Ameaça Invisível.
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