O último domingo foi dia de estreia na HBO. Depois do fim da quarta temporada de “Game of Thrones”, o canal surge com uma nova aposta para os domingos: “The Leftovers”. Baseada no romance de Tom Perrota, que criou a adaptação junto com Damon Lindelof, a série têm sido bem aceita, mesmo recebendo algumas críticas negativas. Com tanta gente comentando, assisti ao primeiro episódio e agora compartilho o que achei desse possível novo sucesso da TV.
Como é de praxe, o piloto, com pouco mais de uma hora de duração, explica a premissa da série. “The Leftovers” começa em 14 de outubro de um ano não especificado, um dia que vai ficar marcado para sempre. De uma hora para a outra, diversas pessoas simplesmente somem da face da Terra. Puf. Sem nenhuma distinção de idade, classe social, etnia, sexualidade etc., cerca de 2% da população desaparece. Um evento como esse tem a capacidade de desestabilizar qualquer um, e é isso que percebemos depois de uma passagem de tempo de três anos.
Todos continuam de luto pelos que se foram, mas as pessoas reagem de forma diferente diante desse acontecimento inexplicável. A série nos apresenta aos personagens que compõe esse novo mundo e, aos poucos, descobrimos como eles estão conectados entre si. Por ser um episódio introdutório, algumas figuras não foram aprofundadas, mas temos uma noção de quem elas são e a sua importância. Dois grupos introduzidos aparentam ser bastante relevantes para a trama, os “Culpados Remanescentes”, composto por pessoas que só trajam branco, fumam o tempo todo e fizeram voto de silêncio, e a “seita” secreta que gira ao redor de Wayne, uma espécie de guru.
A grande pergunta que o espectador faz é: por que as pessoas despareceram? Como? E o que está por trás disso? Porém, não há nenhuma resposta muito clara, o que vemos são apenas suposições e pessoas tentando seguir em frente. Será que é o Arrebatamento, evento bíblico que antecede o apocalipse? Ou não há realmente teoria sobrenatural ou científica que consiga explicar o fato? Há muita curiosidade e seria interessante descobrir, mas talvez isso não aconteça.
Um dos motivos para o barulho ao redor da estreia de “The Leftovers” é que o Damon Lindelof, um dos showrunners, foi também responsável por “Lost”. A série se tornou um fenômeno da TV e há grande expectativa por uma série que siga o mesmo caminho, por isso “The Leftovers” é observada com muita curiosidade. A nova série merece bastante atenção, mas acredito que quem assistir somente pelo enigma, esperando o novo “Lost”, vai acabar se decepcionando.
O que mais me interessou na história - não sei como é no livro que deu origem, mas foi o que percebi da série - é que o foco não vai ser o por quê do desparecimento das pessoas nem o que está por trás disso. O próprio nome da série já deixa uma dica do que vai ser explorado: os leftovers, os que foram deixados para trás. O lado dramático me atrai mais, então espero que seja bem trabalhado. Imagina um fenômeno como esse acontecendo inesperadamente, como isso afeta a vida dos que continuaram?
A porcentagem de pessoas desaparecidas (2%) pode parecer um número pequeno, mas isso representa cerca de 140 milhões de indivíduos sumindo sem deixar nenhum rastro. De acordo com a página da série no Facebook, é mais que a população das dez maiores cidades do mundo juntas. O número de baixas é gigante e, mesmo sem nenhuma perda próxima de você, a catástrofe te atinge de alguma forma. O protagonista da série, Kevin Garvey (Justin Theroux), é um exemplo disso. Ele é chefe de polícia e vivia bem com a sua familia até o dia do desaparecimento. Por mais que a sua esposa e seus filhos não tenham sido vítimas, tudo mudou. O filho se uniu ao grupo do “guru” Wayne, a mãe é parte dos “Remanescentes Culpados”, a filha está em crise com toda a situação e o Kevin tenta lidar com isso.
Pelo que eu pude perceber, os dramas dos que ficaram vão ser o foco da história, mas os motivos do desaparecimento também vão estar presentes, até porque isso faz parte das questões dos deixados para trás. O mistério e a fantasia provavelmente serão parte da série, como o final do episódio deixou claro, no entanto, isso não significa que teremos explicações concretas. Eles podem ficar para sempre numa busca sem nenhum resultado, então é melhor não começar esperando descobrir todos os segredos do Universo.
Recomendo que assistam pelo menos o piloto para saber mais do que está por vir. Para mim, tudo funcionou e fiquei satisfeito e também bastante empolgado, tanto que passei o livro do Tom Perrota na frente dos outros da minha fila de leitura. Seja pelo drama ou pelo mistério, vale a pena conferir “The Letfovers”, mas, atenção, vá de cabeça aberta.
Como é de praxe, o piloto, com pouco mais de uma hora de duração, explica a premissa da série. “The Leftovers” começa em 14 de outubro de um ano não especificado, um dia que vai ficar marcado para sempre. De uma hora para a outra, diversas pessoas simplesmente somem da face da Terra. Puf. Sem nenhuma distinção de idade, classe social, etnia, sexualidade etc., cerca de 2% da população desaparece. Um evento como esse tem a capacidade de desestabilizar qualquer um, e é isso que percebemos depois de uma passagem de tempo de três anos.
Todos continuam de luto pelos que se foram, mas as pessoas reagem de forma diferente diante desse acontecimento inexplicável. A série nos apresenta aos personagens que compõe esse novo mundo e, aos poucos, descobrimos como eles estão conectados entre si. Por ser um episódio introdutório, algumas figuras não foram aprofundadas, mas temos uma noção de quem elas são e a sua importância. Dois grupos introduzidos aparentam ser bastante relevantes para a trama, os “Culpados Remanescentes”, composto por pessoas que só trajam branco, fumam o tempo todo e fizeram voto de silêncio, e a “seita” secreta que gira ao redor de Wayne, uma espécie de guru.
Onde eles foram? Nós queremos saber! |
A grande pergunta que o espectador faz é: por que as pessoas despareceram? Como? E o que está por trás disso? Porém, não há nenhuma resposta muito clara, o que vemos são apenas suposições e pessoas tentando seguir em frente. Será que é o Arrebatamento, evento bíblico que antecede o apocalipse? Ou não há realmente teoria sobrenatural ou científica que consiga explicar o fato? Há muita curiosidade e seria interessante descobrir, mas talvez isso não aconteça.
Um dos motivos para o barulho ao redor da estreia de “The Leftovers” é que o Damon Lindelof, um dos showrunners, foi também responsável por “Lost”. A série se tornou um fenômeno da TV e há grande expectativa por uma série que siga o mesmo caminho, por isso “The Leftovers” é observada com muita curiosidade. A nova série merece bastante atenção, mas acredito que quem assistir somente pelo enigma, esperando o novo “Lost”, vai acabar se decepcionando.
Parem de falar à toa! |
O que mais me interessou na história - não sei como é no livro que deu origem, mas foi o que percebi da série - é que o foco não vai ser o por quê do desparecimento das pessoas nem o que está por trás disso. O próprio nome da série já deixa uma dica do que vai ser explorado: os leftovers, os que foram deixados para trás. O lado dramático me atrai mais, então espero que seja bem trabalhado. Imagina um fenômeno como esse acontecendo inesperadamente, como isso afeta a vida dos que continuaram?
A porcentagem de pessoas desaparecidas (2%) pode parecer um número pequeno, mas isso representa cerca de 140 milhões de indivíduos sumindo sem deixar nenhum rastro. De acordo com a página da série no Facebook, é mais que a população das dez maiores cidades do mundo juntas. O número de baixas é gigante e, mesmo sem nenhuma perda próxima de você, a catástrofe te atinge de alguma forma. O protagonista da série, Kevin Garvey (Justin Theroux), é um exemplo disso. Ele é chefe de polícia e vivia bem com a sua familia até o dia do desaparecimento. Por mais que a sua esposa e seus filhos não tenham sido vítimas, tudo mudou. O filho se uniu ao grupo do “guru” Wayne, a mãe é parte dos “Remanescentes Culpados”, a filha está em crise com toda a situação e o Kevin tenta lidar com isso.
Recomendo que assistam pelo menos o piloto para saber mais do que está por vir. Para mim, tudo funcionou e fiquei satisfeito e também bastante empolgado, tanto que passei o livro do Tom Perrota na frente dos outros da minha fila de leitura. Seja pelo drama ou pelo mistério, vale a pena conferir “The Letfovers”, mas, atenção, vá de cabeça aberta.
A HBO disponibilizou o primeiro episódio no YouTube, assista!
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1 comentários
Esta série The Leftovers é boa e espero que não destrua o trailer história original eu acho atraente, mas eu realmente espero que seja uma boa adaptação.
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