"OMFG eu quero ficar eternamente falando dessa série"
É assim que eu me sinto depois de terminar a segunda temporada de Orphan Black, porque... Ah, vamos voltar um pouquinho no tempo. Eu nunca fiz post sobre ela aqui, nem depois de ter assistido a primeira temporada. E quando eu percebi fiquei tipo COMO ASSIM, DANA? Agora eu entendi. É extremamente difícil falar de Orphan Black. É difícil conseguir organizar algo mais do que "OMG JESUS PUTJIRFJIJFEIJFERIJR É TUDO MUITO BOM!" Acho que é tanta coisa pra falar que meu cérebro dá um mindfuck e desliga. MAS AGORA EU ESTOU MAIS FORTE, e preciso falar. Porque se tem algum motivo, esse motivo é que essa série merece.
Tá, talvez vocês tenham visto o meu vício com Faking It (só talvez, quem sabe... há a possibilidade de ser a sua primeira vez no CC, nesse caso: bem-vindo!). E eu normalmente sou assim com tudo: eu não consigo fazer algo pela metade. Quando eu vou, eu vou. Com tudo para o bem ou para o mal. O que significa que normalmente eu não vou a lugar nenhum para não ficar sofrendo demais com aventuras de personagens fictícios e quando eu vou... é porque me pegou de jeito.
Então eu conheci Faking It, que foi maravilhoso e a primeira série que eu acompanhei semanalmente até o fim (quem me acompanha no twitter viu o efeito). COMO É QUE AS PESSOAS CONSEGUEM ACOMPANHAR SEMPRE? Eu não sei, o que eu sei é que eu tenho memória curta, então eu tenho uma capacidade incrível de pegar todo esse amor e colocar embaixo do tapete, até ao ponto de esquecer que um dia eu gostei. Então pensei "talvez eu possa assistir Orphan Black pra esquecer logo" (vencer um vício com outro vício - conselho de amigo. e não sei pra que a gente acredita).
Vou ser sincera com vocês: eu sabia que ia dar merda. Eu sabia. The Legend of Korra vai lançar na sexta (se preparem), eu ainda to sobrevivendo a Faking It. IA SER UMA ÓTIMA IDEIA COLOCAR OUTRA COISA MARAVILHOSA NA MINHA VIDA. Eu me sinto aqui numa poligamia.
vários gifs porque eu não consegui escolher um só |
Eu to realmente feliz que eu tenha assistido tudo de uma vez. É melhor assim, de uma vez só, mais fácil de esquecer e recuperar o equilíbro. Sabe como é, conseguir fazer coisas tipo... viver.
Mas agora, só agora, enquanto isso não passa e eu estou aqui aproveitando a minha bolha de deslumbramento pós-série, eu estou satisfeita. (mentira. OUTRO CLIFFHANGER? SÉRIO? VOCÊS NÃO TÊM AMOR PELAS PESSOAS?)
Eu não sei se esse primeiro post tem um propósito além de registrar esse momento. Por que eu to registrando? PORQUE EU QUERO. É ASSIM QUE EU LIDO COM AS COISAS, SABE? ESCREVENDO. Tipo o Felix com a arte dele e tal. Não que eu pinte retratos sensuais de caras musculosos, mas poderia escrever sobre algum (entre em contato).
foco na arte |
Em parte eu fui uma idiota de não fazer o mesmo com a primeira temporada, porque eu acho que perdi muita coisa. Outra coisa sobre mim: não gosto de reassistir, nem reler, nem renada. Até comida preferida: se você me der muito uma coisa, eu não vou aguentar mais. (isso deixa meu avô louco, sempre que ele consegue acertar o produto e a marca certa na hora das compras, eu já não gosto mais. felizmente, sempre tem alguém pra comer aqui em casa) Então eu definitivamente não vou parar agora pra reassistir toda a primeira temporada e fazer análises (talvez eu assista, só porque estou dizendo que não vou). Mas sempre temos o lado bom, que é eu ter acabado de assistir a segunda temporada e estar com tudo fresco pra falar o quanto Orphan Black merece.
E merece muita coisa. Eu acho que uma coisa é mais importante quando se trata de arte: emoção. Pode ter um roteiro merda, atores merdas, música merda e ser uma história sobre como tudo é uma merda, mas se ele consegue te fazer sentir algo (provavelmente te deixar na merda), já está válido. A capacidade de se conectar e quanto aproveitar são variáveis, é claro. Mas no fim do dia, tocou ou não tocou alguém?
I Know |
Porque arte é ideia, é brincadeira, faz de conta, fingimento. É a forma que o ser humano encontrou para compartilhar verdades. Eu posso te falar aqui muito bem isso, mas nada como uma história que te faz enxergar com os próprios olhos, né? Então se em algum grau alguém conseguiu capturar esse pouquinho de verdade através da arte a ponto de outro alguém conseguir sentir, o trabalho está feito.
Agora voltando para Orphan Black: essa é uma série que me move a níveis extraordinários. Hoje durante a maratona da segunda temporada eu gritei, chorei, ri, fiquei nervosa, ansiosa, triste, com medo e mais um trilhão de coisas. Eu to assustada com o meu grito até agora. Foi uma cena particularmente tensa e quando eu me dei conta a cena mudou e eu não tinha entendido o motivo, porque eu estava gritando em vez de ouvir. Gritando de nervoso, agarrando uma almofada e encolhida na cadeira. Sem perceber. Se você não tá entendendo, vou dar uma dica sobre a parte deslumbrante: eu.
gif bem realista da minha situação assistindo a série |
Imagina alguém que não é o tipo de pessoa que faria isso. Pronto, sou eu. (ou quase)
Mas isso não basta, eu acho que os criadores se reuniram tipo:
- Vamos fazer um série sem desmerecer os personagens, trazer um pouco de representatividade.
- Gostei. Mas vamos fazer tão boa que a representatividade LGBT+ mesmo que incrível, vai ser só uma parte mínima de todos os tipos de representatividade.
- ISSO. E, é claro, vamo colocar uma história inteligente, porque não basta ser emocionante e ter personagens bem construídos. Vamos fazer uma história bem elaborada também!
- Não, pera. Ainda é pouco. Vamos colocar 4 personagens principais... não, 5! Uma história principal acontecendo é pouco, joga mais uma aí. E uma terceira só por garantia. No final, vamos entrelaçar isso tudo pra ficar mais legal.
- Agora acho que tá bom. Não, JÁ SEI: ficção científica.
- Ficção científica?
- É, ficção científica. Além de toda a história e desenvolvimento dos personagens, vamos criar uma história baseada em ficção científica. Tipo, ciência de verdade. Clones, manipulação genética, laboratórios, computadores... joga aí. Vamos colocar isso naturalmente, sem parecer artificial.
- Certo, deixa eu rever... Representatividade, emoção, personagens bem construídos (MUITOS e todos eles), várias linhas narrativas, ficção científica... Acho que está tudo aqui.
- Não sei... tá faltando algo.
- Trilha sonora instrumental bem encaixada?
- ÓTIMO! Mais?
- Mais? ENLOUQUECEU?
- Já sei, e se a gente criar diálogos legais e marcantes?
- Isso já não está em história?
- Talvez... Falta algo...
- E se a gente usar uma atriz só para fazer metade dos personagens?
- BOOOA, E ELES VÃO SER TÃO DIFERENTES QUE AS PESSOAS VÃO ESQUECER QUE É A MESMA ATRIZ E TOMAREM UM SUSTO NO MEIO DA SÉRIE QUANDO PERCEBEREM QUE É A MESMA PESSOA PEGANDO TAL PERSONAGEM NUMA CENA E PEGANDO OUTRO COMPLETAMENTE DIFERENTE NA OUTRA.
E isso, meus amigos, é só uma parte de tudo isso. Ver isso funcionando é muito melhor do que eu posso falar. Às vezes nessa segunda temporada eu tinha a impressão de que estava jogando um jogo de videogame muito bom. Tipo, em jogos de videogames normalmente nós passamos por vários cenários diferenciados, só que muitas vezes eles são tão... despersonalizados. Só um esparço artificial para você se sentir num ambiente futurista enquanto faz o de sempre: corre e mata pessoas. Orphan Black consegue trazer essa diversidade de cenários fazendo parecer lugares reais.
Então... é isso. Por hoje. Eu espero que um dia eu consiga escrever uma história que consiga pelo menos chegar perto de Orphan Black. Vou encerrar com a primeira coisa que eu mandei pra minha amiga durante a minha maratona da 2ª temporada:
O QUE É ESSA SÉRIE! parece que eu tava num buraco onde não tinha coisa assim
toda série é boa assim ou eu que não vejo muita série?
porque pqp!
é tudo tão... tão!
bem encaixado, bem feito. eles misturam ação com mistério e ficção científica e a história dos personagens
e ainda conseguem arranjar tempo pra colocar humor, romance e tiradas bem pensadas
várias coisas acontecendo ao mesmo tempo e de uma maneira bem... esperta
(to no segundo episódio ainda ;x)
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1 comentários
Orphan Black foi uma das minhas melhores descobertas seriadoras deste ano (vi em janeiro - também descobri este ano e amei: My Mad Fat Diary, Orange is The New Black e Awkward).
ResponderExcluirEssa segunda temporada foi insana e COMO ASSIM QUE AINDA É JULHO E SÓ VOLTA ANO QUE VEM?! É sofrível essa vida de séries...
As melhores coisas de OB: Felix diva rainha suprema, Kira, Alison Hendrix e Helena (chorei de rir com essas duas na season 2). E, claro, a atuação maravilhosa da Tatiana Maslany.
Beijos!