Heeeeeey! Estamos hoje aqui para uma novidade do CC: uma coluna não-coluna que vai aparecer aqui por um tempo tanto para vocês conhecerem as pessoas que fazem parte do blog, quanto para quem quiser aprender sobre outras formas de vista. Quem vai começar é a Ana Luíza, que respondeu a pergunta: Por que você escolheu cursar cinema? Aqui ela fala um pouco sobre como tem sido, como ela chegou a essa decisão e as expectativas dela para o futuro. Aproveitem!
-dana martins
Me falaram pra estrear essa coluna. Então, eu basicamente não sei bem o que escrever, porque tudo pra mim é muito subjetivo e ao mesmo tempo objetivo. É confuso, mas vou tentar explicar.
(madrugadas a fio escrevendo ao som de boa música) |
Atriz porque eu sempre gostei de interpretar, Jornalista porque desde sempre meu hobby era escrever. Escrever qualquer coisa, sobre qualquer pessoa, seja poema, prosa, história… Qualquer coisa mesmo, eu sempre gostei de escrever e sempre me empolguei. Mergulhadora porque eu sempre gostei de qualquer tipo de animal, mas o oceano é uma coisa que me intriga bastante pela sua imensidão, pelo seu barulho e, quando estamos embaixo d'água, seu silêncio.
Até pouco tempo isso era uma verdade absoluta pra mim. Eu estava no teatro, fiz vários testes (e em todos eles eu recebi nãos), mas nunca desisti. Os nãos só me davam mais vontade de correr atrás daquele meu sonho impossível de ser várias pessoas em um só corpo. Era isso que eu queria ser: várias pessoas, várias personalidades diferentes em uma menina só.
Antes de parar com o teatro, cheguei ao ensino médio e lá veio a grande bomba: VESTIBULAR. Foi aí que eu vi que se eu não tivesse um plano B eficiente eu seria ninguém na vida e, na minha concepção, ninguém para o mundo; (Só pra deixar claro, minha mãe sempre pediu para eu ter um plano B, por isso eu falava que teria milhões de profissões, porque seriam o meu plano B).
Quando eu estava acabando o ensino médio, eu vi que ser atriz não seria mais um plano, era apenas uma vontade enorme que eu tinha e nunca poderia se concretizar por milhões de fatores externos e não falta de vontade. Então, eu comecei a me perguntar: "Que profissão no mundo iria me deixar mais perto da minha vontade de ser várias pessoas?" e foi aí que o Cinema entrou.
(segunda claquete como diretora)
Eu sempre gostei da sétima arte, sempre achei maravilhoso e incrível. Então, eu decidi unir o útil ao agradável e fui fazer Cinema.
De primeira, eu achei que chegaria na faculdade fazendo filme, mas aí eu vi que na verdade, NÃO.
Até porque, quem daria uma câmera e equipamento para alguns alunos loucos que querem sair por aí fazendo filme? Mas, no primeiro período existiu uma matéria chamada: "Introdução ao Cinema" e o professor pediu pra gente fazer um curta. E foi aí a minha primeira experiência com câmera. Foi muito legal, mas eu não sabia o que vinha a frente.
Os períodos foram passando, algumas coisas decepcionaram, principalmente o ciclo básico da minha faculdade, onde quase não tem nada sobre cinema e mais jornalismo. Apesar disso, eu acabei gostando, já que sempre tive a dúvida entre cinema e jornalismo.
Confesso que chegou um momento que eu quase troquei de habilitação, mas minha paixão pela arte gritou e gritou alto o suficiente para ficar martelando na minha cabeça. Quando começaram as cadeiras de cinema, aí sim eu fiquei mais animada, aprender sobre cinema brasileiro, roteiro, cinema mundial, cine-documentário… Um OBS enorme aqui: em 2012.2 eu tentei fazer um filme, mas obviamente, por falta de preparo e planejamento não deu certo. Chegamos até a edição, mas o filme não encaixava por N motivos, então tivemos que abandonar aquele projeto. Obviamente ainda temos (plural porque eu não fiz sozinha) o roteiro e fazer esse filme ainda é um desafio pra mim, até porque além de dirigir, eu estava atuando, mas não deixa de ser um plano tirar ele do papel. :)
(Gravação e edição do "Amarga Saudade": a primeira claquete levando meu nome como direção, atuando e com uma amiga editando. ps: a segunda foto foi a Brenda quem tirou).
Enfim, a faculdade ao mesmo tempo que me decepciona, ela me dá uma luz do que eu quero fazer. Por exemplo: período passado eu fui assistente de produção de um Projeto I e Projeto II, quase morri, mas foi uma ótima experiência, principalmente para eu ver como funciona um set de gravação e se eu queria fazer produção alguma vez na minha vida. E a resposta é não.
A algumas semanas atrás eu fui continuísta em um filme de Projeto II. Me deu medo, mas ao mesmo tempo um alívio de estar no set e poder compartilhar o prazer (e o estresse) de estar gravando com todas as pessoas. Lógico, foi meu primeiro trabalho como continuísta, não sei se deu certo, mas eu comecei a sofrer desde o início. Por que ter medo? Porque se der errado e ter erros grotescos, eu sei que vou me culpar para o resto da vida, mesmo que só eu veja esses erros. Mas, ao menos eu tentei. Dei o meu melhor... (E eu espero com todas as minhas forças que tenha ficado bom, porque eu estou desesperada!)
(Gravação do filme de Projeto II).
Agora, no oitavo período o professor de "Produção Cinematográfica II" pediu para fazermos um curta de 5 a 10 minutos e tema livre. Até uma semana antes da entrega eu não tinha ideia nenhuma do que fazer e aí eu comecei a me questionar se eu realmente queria fazer cinema, mas eu conversei com a galera do meu trabalho, eles começaram a me dar uma luz e falaram que me ajudariam a fazer o curta. Então, eu escrevi um diálogo e eles foram meus cobaias lindos. O "Neurose" é meu segundo orgulho, um diálogo simples, dramático e que os atores fazem um trabalho simplesmente incrível. E a melhor parte: eu tive feedback do professor e a minha vontade de fazer cinema voltou. Óbvio, que nos dois trabalhos as opiniões dos espectadores importou demais, fossem elas negativas ou positivas e eu sempre tomei aquilo como uma forma de melhorar no próximo trabalho. Ah, nesse meio de caminho, teve também o "Ideia Fixa" que foi o filme de Produção Cinematográfica I e a professora também deu um ótimo feedback!
(foto da gravação do "Neurose". Foto por Flávio Dantas)
Acho que um dos problemas de fazer cinema é que é um grupo muito fechado, não importa o quão bom você é, o que importa são contatos. Isso é o que mais desanima. Na verdade, eu sempre fui muito determinada nas coisas, mas o fato de ter uma barreira como essa na minha frente, às vezes me destrói. Quantas vezes eu já não falei para meus amigos que eu ia largar cinema? Quantas vezes já não sentei no meu quarto e me perguntei: "que merda você está fazendo com a sua vida?"? Quantas vezes eu já cheguei a conclusão que isso não é pra mim e que sonhos não levam ninguém a nada? Pois é, milhões de vezes. Milhões de vezes eu pensei nisso tudo, mas eu não posso e nem consigo acreditar que sonhos não podem se tornar realidade. Não é porque o mercado é fechado ou qualquer coisa do tipo que eu não vou tentar. Eu sempre tentarei, correrei atrás do que é meu. Meu sonho vai se tornar realidade e vai se tornar o meu futuro, então eu irei correr atrás disso, até esgotar todas as fontes ou formas de chegar no meu objetivo. Se eu não chegar, é porque não era pra ser e aí, a gente procura outra coisa para buscar meu lugar no mundo.
por Ana Luíza Albacete, ou futuramente conhecida como: Ana Luíza Falcão
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2 comentários
Só um comentário: Diva. <3
ResponderExcluirAinda vamos ver muitos filmes no qual você vai dirigir ou até mesmo atuar na telonas do cinema!
Te amo/adoro, e admiro muito essa sua garra para vencer na vida e profissionalmente! Porque você é uma vencedora!
Beijos! <3
Obs: Wtf nunca ouvi essa sua história de ser mergulhadora? HAHA
Eu adorei saber um pouco sobre o curso de cinema, até porque me interesso muito, e não vejo o pessoal falando muito sobre como é e tals.
ResponderExcluirTenho uma vontade secreta de largar tudo e ir cursar cinema, porém o bom conforto e a razão ainda me seguram SHAUSHUA
sushibaiano.blogspot.com.br