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Socorro! Preciso terminar com Glee!

15.5.14Elilyan


Glee surgiu no ano em que eu voltava a acompanhar séries. Durante muito tempo basicamente fui uma garota que só curtia livros e filmes, por isso muitas séries que foram marcos para amigos não significavam nada pra mim. Então qual foi minha surpresa a me pegar ansiosamente aguardando um novo episódio de uma série sobre um coral de escola. Em 2009, era tão louca por Glee que convenci diversos amigos a dar uma chance a Rachel e sua turma. Mas o tempo passa, o tempo voa, e hoje, em 2014, não consigo convencer nem a mim mesma de assistir mais um episódio medíocre. 

A primeira temporada de Glee sem dúvida é a MELHOR temporada da história da série! Formato inovador (duvida? então cite alguma série musical antes de Glee, por favor), personagens carismáticos, músicas incríveis e um elenco talentoso (exceto o Cory Monteith ~ me recuso a aliviar a barra dele só porque está morto) fizeram a série ser o hit de 2009. Todo mundo falava de Glee, seja para elogiar ou massacrar a série: não importava, estava na boca do mundo. No entanto, mesmo a melhor temporada da série não foi perfeita. Para um bom observador era perceptível que o roteiro não fazia o menor sentido


Glee sempre foi uma série para não se levar a sério. Tanto que ela própria não se leva, fazendo uma vez ou outra piadinhas consigo mesma. Na primeira temporada os buracos no enredo e a falta de noção são tão irrelevantes que simplesmente ignorei, mas na segunda temporada começaram a incomodar, mas nada tão grave. 

Na terceira temporada já comecei a encarar Glee como guilty pleasure, algo que não é bom, mas que mesmo assim consumo só porque me deixa alegrinha. Só que o problema é que a partir da terceira temporada Glee nem estava mais servindo como dose semanal de prazer culposo. Passei a assistir a série observando cada detalhe estúpido do projeto de enredo que os roteiristas teimavam em nos fazer engolir semana após semana. Destruindo personagens com a ausência de desenvolvimento e reciclando tramas. A minha paciência com a série foi acabando episódio por episódio, mas mesmo assim cheguei até a atual temporada, e vou te contar, eu realmente vou terminar com Glee.

CHEGA! Cansei de ser enrolada por duas ou três versões bacanas de cover. Cansei de me encantar com personagens que em um episódio é uma coisa e no outro é outra completamente diferente (sem falar de quando eles desaparecem sem explicação). Cansei da falta de criatividade que ficar reciclando eternamente plots. CANSEI! Não quero mais ficar lamentando que o potencial de bons personagens como Sam, Treinadora Beiste, Becky, Tina e muitos outros foram ignorados de formas repugnantes. Também não quero lamentar que a preguiça dos produtores anda tão grande que eles agora só fazem covers medíocres de boas músicas. 

Foi-se o tempo em que Glee era uma ótima maneira de descobrir músicas. Sejam elas de bandas consagradas como Journey (vamos ser honestos, você não fazia ideia que essa banda existia antes de Glee) ou algo recente como The Lumineers, a série sempre era ótima para apresentar músicas de uma forma nova. O seriado ajudou a redefinir o conceito de cover ao mudar a estrutura de músicas consagradas, populares e desconhecidas. Hoje, Glee anda tão esgotado criativamente que conseguiu fazer uma versão mais pobre que o original. “Roar” da Katy Perry merecia uma versão muito melhor do que a apresentada na atual temporada. O que dizer de “I Am Changing”? Quis morrer quando vi Mercedes e Kurt com aquele dueto sofrível destruindo uma das mais belas canções de Dreamsgirls

não adianta tentar me seduzir, não caio mais no seu charminho

O que me fez tomar a decisão de acabar de vez com Glee foi a ausência de plots relevantes para a sociedade. Bullying, sexualidade, gravidez na adolescência, adoção, TOC, violência doméstica, preconceito, esses e outros temas foram trazidos aos holofotes num clímax razoavelmente desenvolvido em Glee. Hoje a série só sabe reciclar esses mesmos plots de forma tão irrelevante que nem os fãs da séries perdem tempo comentando sobre eles. Um exemplo foi o espancamento que o Kurt sofreu em NY, que foi tão aleatório que no episódio seguinte nem foi citado, não ajudou em nada no desenvolvimento do personagem. Caramba! Esperava que ele fizesse parte de um movimento gay, campanha nas redes sociais (#somostodosgays), sei lá! A única coisa que ele faz é cantar uma musiquinha sem graça e rebolar em cima de um piano. 

Já deu, já deu, JÁ DEU! É por isso, e mais um milhão de outras razões, que estou terminando com Glee. 

parei de acreditar

Finn.
- elilyan andrade

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3 comentários

  1. Assisti até o fim da primeira temporada, enjoei. Voltei e assisti até os primeiros da 2a, enjoei também. Não me prendia, às vezes irritava, nada muito relevante acontecia e eu não tinha vontade de ver o próximo episódio. Gosto das músicas e quando tem uma música que gosto muito, assisto o ep :D

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  2. Oi! Eu assisti só a primeira temporada, que me fisgou porque a série é bem divertida e, como você disse, é um meio de descobrir músicas nova.
    Mas nem cheguei a acompanhar os demais episódios. Uma vez eu parei e acompanhar a quarta temporada, mas achei que perdeu a graça. Sei lá, nem pareciam que nem eram os mesmos personagens. Os conflitos mudaram e tal... E parece que entrou gente nova no elenco, né?

    Enfim, por enquanto, não tenho vontade mais de acompanhar a série na íntegra.

    Bjs ;)

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  3. Amei seu post!! Foi como se alguém tivesse finalmente escrito o que eu venho pensando a respeito da serie!!
    Cheguei a acompanhar até o começo da quarta temporada de glee, mas desde o meio da terceira que não me animo mais com isso. É como se a série fosse se desgastando mais e mais com o tempo, até o ponto que não consigo mais suportar assistir a outro episodio sem graça, que antes eu adorava.
    Assumidamente já desisti da serie, não adianta ficar me arrastando mais pra ela na esperança que as coisas melhorem :(

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