"A Seleção" conta a história de America Singer, uma menina de dezessete anos que é selecionada para participar de uma competição. Caso ganhe, ela se casará com o príncipe Maxon e se tornará próxima rainha de Iléa. O problema é que ela nem queria se inscrever, quanto mais ser uma das selecionadas. Agora, além de deixar para trás toda sua vida e seu grande amor, America terá de competir com outras 34 garotas de todo o país por um futuro que ela nem sabe se realmente quer.
Distopia? Romance? O que A Seleção realmente é? O livro gerou opiniões diversas entre a nossa equipe e abaixo você vai ver o resultado.
Brenda: Comecei a ler "A Seleção" sem grandes expectativas, não esperava nada muito grandioso, mas me surpreendi com o livro. A história é completamente diferente de tudo que eu já li e isso me despertou um grande interesse. O foco do livro é o triângulo amoroso, mas Kiera Cass consegue desenvolver uma história interessante e que vai além do romance principal.
A protagonista America é forte, rebelde, teimosa e um pouco temperamental, mas tudo isso a torna uma personagem muito interessante. Me identifiquei com ela em relação a muitas coisas, como por exemplo a sua indecisão em relação ao futuro.
A sociedade dividida em castas é algo que acrescenta muito valor à história, mas esse lado político e social não foi muito abordado nesse primeiro livro. Isso foi a única coisa que deixou a desejar, ao meu ver. Mas posso dizer, porque já li a continuação, que vemos mais sobre isso em "A Elite".
Devorei o livro em três dias e quando acabei, estava ansiosíssima para ler a continuação, que não decepcionou. "A Seleção" ganhou seu lugar na minha lista de livros favoritos, logo, a nota não poderia ser diferente: dou 5 conversinhas.
Diego: Meu único problema com “A Seleção” é a catalogação equivocada da história como distopia. É evidente no decorrer da leitura que os elementos distópicos são usados como pano de fundo para desenvolver o verdadeiro gênero: romance. Por tanto, quem pegar esse livro na onda de Jogos Vorazes corre grande risco de se decepcionar. O que não quer dizer que o livro seja ruim, apenas teve um marketing um pouco mal direcionado.
No que se propõe a fazer é ótimo. Um pouco ingênuo no desenvolvimento dos personagens e na mensagem, que prioriza futilidades em detrimento de assuntos sérios as vezes. Através de uma narrativa centrada em relacionamentos, a autora consegue levantar reflexões interessantes tanto no campo social (como o questionamento das castas) como no emocional (se o amor das garotas é pelo príncipe ou pela coroa), apesar de não trazer grande profundidade a nenhum deles.
Alguns personagens e tramas são notáveis. Destaque para as camareiras de America, as três muito interessantes e protagonistas das cenas mais divertidas; e para o Príncipe Maxon. Quando comecei o livro, achei que ele seria um personagem meio detestável, na linha “Orgulho e preconceito”, mas ele vem se mostrado o mais complexo e desenvolvido da história, o que me fez ficar ansioso para ler o conto focado nele.
Um livro divertido, mas que exige um senso crítico aguçado para não se deixar levar por ideias erradas e paciência, já que ele acaba em um gancho para a continuação, tendencia que não me agrada. Por conta desses detalhes, dou 3 conversinhas a ele.
Dana: A Seleção um livro simples, fácil de ler e bom pra relaxar - um guilty pleasure que pode render muita discussão. Eu desisto de tentar articular algo sobre livro, dá vontade de falar umas trilhões de coisas ao mesmo tempo e nem acho que vale. É uma mistura de raiva com é legal de ler com discordo disso tudo e é interessante analisar e que se dane tudo.
A frase acima vem na introdução da prova do livro da Seguinte que eu recebi e acho que resume exatamente essa série. Curiosamente, é a mesma citação que eu usei para resumir a série um ano atrás quando compartilhei as minhas primeiras impressões da leitura (está tudo lá, dois livros depois e ainda é quase a mesma opinião).
Algo que eu tenho que comentar: esse foi o único livro que eu consegui fazer a minha avó ler em anos. O vestido na capa foi totalmente o que chamou atenção dela. E aí uma história fácil, o romance simples, intriga de garotas, nada de seres sobrenaturais e nenhuma subtrama misteriosa formaram a combinação certa para ela acompanhar.
Nota: 3 conversinhas. É até legal ler, mas... não. A não ser que alguém faça uma série pra consertar usando a trilha sonora maravilhosa da autora.
Dana: A Seleção um livro simples, fácil de ler e bom pra relaxar - um guilty pleasure que pode render muita discussão. Eu desisto de tentar articular algo sobre livro, dá vontade de falar umas trilhões de coisas ao mesmo tempo e nem acho que vale. É uma mistura de raiva com é legal de ler com discordo disso tudo e é interessante analisar e que se dane tudo.
"Poucos mistérios são mais empolgantes que o clássico 'quem vai ficar com quem?'"
A frase acima vem na introdução da prova do livro da Seguinte que eu recebi e acho que resume exatamente essa série. Curiosamente, é a mesma citação que eu usei para resumir a série um ano atrás quando compartilhei as minhas primeiras impressões da leitura (está tudo lá, dois livros depois e ainda é quase a mesma opinião).
Algo que eu tenho que comentar: esse foi o único livro que eu consegui fazer a minha avó ler em anos. O vestido na capa foi totalmente o que chamou atenção dela. E aí uma história fácil, o romance simples, intriga de garotas, nada de seres sobrenaturais e nenhuma subtrama misteriosa formaram a combinação certa para ela acompanhar.
Nota: 3 conversinhas. É até legal ler, mas... não. A não ser que alguém faça uma série pra consertar usando a trilha sonora maravilhosa da autora.
João: Sou um desses pobres leitores que foram enganados pela propaganda de "A Seleção". Fui esperando uma distopia insana, mostrando uma garota pobre indo viver no castelo e abrindo os olhos para o mundo de opressão em que estava vivendo. Daí é claro que ela se apaixonaria pelo príncipe, boi mandado (embora de bom coração) do rei tirano, para dificultar sua missão de libertar o povo, incentivada pelo namorado plebeu e revolucionário. Mas quem leu sabe que o livro tá longe de ser algo parecido com isso.
O que não quer dizer que ele seja totalmente ruim. A autora soube transmitir o drama amoroso de America quase como se o leitor estivesse vivendo na pele dela, o que é muito difícil de se fazer. Eu, que sempre tenho opiniões bem fixas a respeito de personagens, fiquei meio abalado em alguns momentos do livro, o que me surpreendeu. As relações familiares que ela descreve também me convenceram perfeitamente (principalmente a da protagonista com o pai). O único problema é que a Kiera se prende muito a isso e acaba não desenvolvendo outros aspectos do livro, como os que o Diego citou acima, que poderiam tê-lo deixado muito mais relevante.
Mas é preciso julgar o livro pelo que é, e não pelo que poderia ter sido. Por mais que as questões político-sociais de "A Seleção" tenham sido mal aproveitadas, o modo que elas foram construídas é bem interessante e o triângulo amoroso me convenceu muito. Serve perfeitamente como uma leitura para diversão, mas não te satisfará se você buscar algo mais. É por isso que dou 3,5 conversinhas ao livro.
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