por Dana Martins
- Editora: Globo Livros
*também foi adaptado para mangá e filme, veja no final
Minicrítica ~ Resumo:
Uma turma de estudantes é sorteada pelo Japão e é mandada para um local evacuado com um objetivo: lutar até a morte. Nesse Japão opressor de um universo alternativo de 1997, todo mundo sabe que isso acontece - com alguém em algum lugar. Definitivamente não é o que Shuya Nanahara imaginaria que aconteceria com ele quando saiu para tão esperada viagem da escola.
Apesar de Shuya ser o protagonista, a história foca nos vários estudantes (são 42 e conhecemos quase todos!) e em como cada um reage a essa situação extrema, misturando fatos do presente (na ilha onde estão) com informações sobre o passado do personagem. É um livro... como dizer? Intenso. Essa é a palavra. Intenso nas descrições de lutas cheias de mutilações, onde os personagens vão ao limite para sobreviver, e no suspense quanto ao que está por vir. Eles vão conseguir passar a perna no governo e fugir? Tal personagem é confiável? Fulano e Cicrana vão conseguir se reencontrar? O que vai acontecer se eles se encontrarem?
Apesar de Shuya ser o protagonista, a história foca nos vários estudantes (são 42 e conhecemos quase todos!) e em como cada um reage a essa situação extrema, misturando fatos do presente (na ilha onde estão) com informações sobre o passado do personagem. É um livro... como dizer? Intenso. Essa é a palavra. Intenso nas descrições de lutas cheias de mutilações, onde os personagens vão ao limite para sobreviver, e no suspense quanto ao que está por vir. Eles vão conseguir passar a perna no governo e fugir? Tal personagem é confiável? Fulano e Cicrana vão conseguir se reencontrar? O que vai acontecer se eles se encontrarem?
Foto do meu Projeto 365! |
O que acontece em Battle Royale?
Sobre a história não há muito mais o que falar além de que são 42 jovens (21 garotos e 21 garotas) em uma ilha que foi evacuada, o que é legal porque dá um clima pós-apocalíptico já que eles podem ir e vir e aproveitar recursos deixados pelos moradores, com um tempo limite para se matar até apenas restar 1 ou todos morrem. Outro diferencial é que todos recebem um saco aleatório com suprimentos e o que tem dentro depende da sua sorte, você pode pegar um estilingue ou uma metralhadora. Não é nenhum reality show nem nada, é um experimento do governo. Apenas um grupo pequeno responsável observa o que está acontecendo, não há câmeras, eles são controlados por um colar que grava som e explode se eles desobedecerem algumas das regras. Tipo tentar fugir da ilha ou ficar em uma das áreas proibidas: Aliás, essa é uma das coisas interessantes, com o passar do tempo áreas da ilha são desativadas. Se alguém estiver dentro de uma delas na hora determinada a desativar... Adeus.
O que achei?
O início do livro é um pouco devagar, porque mostra a viagem no ônibus e fala dos alunos, que ainda não sabem o que vai acontecer. Um monte de nome, tipo "Shuya Nanahara (Estudante Masculino Nº 15, Terceiro Ano Classe B, Shiroiwa Junior High School, Shiroiwa Town, Prefeitura de Kagawa)" e Yoshitoki, Chisato Matsu, Haruka Tanizawa, Izumi Kanai. Jamais meu cérebro é capaz de guardar 42 nomes diferentes, ainda mais em japonês. Mas depois que tudo começa o livro anda e nós temos tempo para conhecer cada personagem importante.
Eu gostei tanto desse livro que eu queria que não tivesse acabado (li em uma noite), apesar de que eu queria que tivesse acabado de tão sufocante que é. Acho que isso é o que tem de tão sensacional em Battle Royale: você é colocado dentro da história.
O livro mexe com os seus níveis de esperança e te afunda em decepção ao mesmo tempo que, lá no fundo, você continua torcendo para dar tudo certo e apenas ler mais vai trazer as respostas. E confiança? É extremamente difícil saber no que acreditar, mesmo que você conheça mais de um personagem.
Battle Royale não é um livro sobre questionar o governo, ou causar uma rebelião ou lidar com a mídia. É um livro sobre o ser humano em condição limite. Imagine ser jogado em uma ilha com os seus amigos da escola onde a regra é: apenas um sobrevive. Você confiaria nos seus amigos? O que você faria?
Eu adoro histórias de sobrevivência, eu não gosto nem um pouco de mutilações e outras coisas nojentas (o que é bem forte no livro, mas não sem motivo) e adoro poder ver como cada um reage de um jeito. Acho que Battle Royale não é exatamente uma história para se divertir, apesar de que, como a introdução brinca mostrando um universo paralelo, aquilo poderia se transformar em uma competição popular. Acho que se você não se interessou pelo livro até aqui, não há motivo para ler. Mas, pessoalmente, eu acho muito bom!
Eu gostei tanto desse livro que eu queria que não tivesse acabado (li em uma noite), apesar de que eu queria que tivesse acabado de tão sufocante que é. Acho que isso é o que tem de tão sensacional em Battle Royale: você é colocado dentro da história.
O livro mexe com os seus níveis de esperança e te afunda em decepção ao mesmo tempo que, lá no fundo, você continua torcendo para dar tudo certo e apenas ler mais vai trazer as respostas. E confiança? É extremamente difícil saber no que acreditar, mesmo que você conheça mais de um personagem.
Battle Royale não é um livro sobre questionar o governo, ou causar uma rebelião ou lidar com a mídia. É um livro sobre o ser humano em condição limite. Imagine ser jogado em uma ilha com os seus amigos da escola onde a regra é: apenas um sobrevive. Você confiaria nos seus amigos? O que você faria?
Eu adoro histórias de sobrevivência, eu não gosto nem um pouco de mutilações e outras coisas nojentas (o que é bem forte no livro, mas não sem motivo) e adoro poder ver como cada um reage de um jeito. Acho que Battle Royale não é exatamente uma história para se divertir, apesar de que, como a introdução brinca mostrando um universo paralelo, aquilo poderia se transformar em uma competição popular. Acho que se você não se interessou pelo livro até aqui, não há motivo para ler. Mas, pessoalmente, eu acho muito bom!
Nota:
EXTRA: BATTLE ROYALE TAMBÉM É MANGÁ E FILME
Muita gente aqui no Brasil conhece Battle Royale como mangá e nem sabe que a história foi criada originalmente em livro. Já o filme, que tem até continuação(!), é bem conhecido como esses alternativos para quem gosta desse tipo de história. Pessoalmente, não tenho vontade de ver nenhuma dessas duas adaptações.
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5 comentários
Adoraria ter lido esse livro, mas conheci BR pelo mangá. Não sinto necessidade de ler novamente essa história. Gostei muito da história, do envolvimento dos personagens na "arena" (Coisa que não tem em Jogos Vorazes, o foco é outro), de como é eletrizante e triste e, algumas vezes, surpreendente e frustrante.
ResponderExcluirPelo texto, vi que o mangá tem diferenças consideráveis. No mangá, o BR é um reality show, com câmeras, o país todo assistindo, os produtores ganhando dinheiro com isso e etc. E não tem os suprimentos aleatórios. Cada um recebe uma arma escolhida pelos produtores. Assim, uma coisa bem tendenciosa, mesmo: Um valentão ganha uma metralhadora, enquanto um garotinho ganha um garfo --'
Sério? AGORA faz sentido. Porque na sinopse do livro em português oficial fala em reality show e eu fiquei: wtf! Provavelmente quem fez ou não leu ou pegou a resenha errada.
ExcluirNo livro não tem toda essa estrutura não. Tem até um sistema de apostas entre os poderosos do exército, mas nada demais. Eles nem assistem, só recebem resumos feitos por quem está monitorando. E a falta de câmeras é crucial para a conclusão da história.
Eu não lembro que suprimentos eles ganham, mas sei que tem um mapa da ilha e água. Eles pegam tudo de uma pilha de sacos com isso, então é aleatório a arma que vai pra cada um. Mas, curiosamente, eu acho que sei de quem você tá falando que pega a metralhadora e quem pega o garfo, porque acontece de um valentão (o principal "inimigo") pegar uma arma poderosa e um garoto que faz piadas pegar o garfo. Mas outros recebem armas variadas independente de quem sejam.
Isso é curioso, porque a introdução do livro é um universo alternativo onde a Battle Royale é algo todo famoso que todo mundo assiste e acho que o mangá é esse universo alternativo. Acho até que tenha sido a intenção do autor, mas ele não conseguiu imaginar um mundo onde isso realmente poderia acontecer.
Conheci graças aos Jogos Vorazes. Vou começar a ler assim que acabar o Tom Sawyer, o que me chama a atenção em relação aos Jogos Vorazes é a insistência das pessoas em insistirem que é plágio e que Jogos Vorazes nem se compara, pra começar eu só conheci por causa dos Hunger Games, já li os três livros e são maravilhosos, essa comparação de que não é tão bom é mais pela violência eu imagino, mas quem pensa que os Hunger Games são moleza não deve ter lido " A Esperança " que eu garanto, é muito bom e muito forte. Várias vezes senti raiva da autora pelo que ela faz.
ResponderExcluirEu concordo totalmente com você. Inclusive, tem um post aqui que eu falo sobre os dois livros, mas você nesse comentário resumiu a situação bem melhor do que eu. A questão é que Battle Royale é um livro sobre estar preso num ambiente com pessoas que era amigos a sua vida toda, mas agora vivem sob a regra de que ou você mata, ou você vive. Jogos Vorazes não chega nem perto de explorar a intensidade desse conflito como Battle Royale. Você tá sozinho num ambiente sem saída que pode terminar com a sua morte - você quer morrer? o que você vai fazer? E ao mesmo tempo, ainda que você decida não jogar... você pode confiar que o outro não vai estar jogando? É você. Ou o outro. E aí? O livro desenvolve isso.
ExcluirJogos Vorazes apesar de também ter um jogo e também lidar com a dinâmica de você ou o outro, tem um foco mais amplo e diferente. Ele estuda mais a ideia de sacrifício na nossa cultura. A ideia de que você mata uns em uma guerra, pra o povo todo poder viver bem. Só que será que é isso mesmo? O que a gente ganha com a máquina da guerra?
Os dois tocam em temas parecidos, mas a abordagem é diferente. Enquanto Battle Royale é o "jogo", Jogos Vorazes é sobre o "jogo".
Muito obrigada pelo comentário e espero que você goste. :)
Adorei o post, parabens!
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