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Sendo fútil: roupas que marcam a nossa história

21.2.14Igraínne


OI, CRIANÇAS. Essa semana eu tô numa vibe beeem fútil. Entrei em uns 487365734 blogs de moda, um mais incrível que o outro por sinal. Na realidade, eu sempre gostei dessas coisas, sou a típica menina vaidosa, mas de um tempo pra cá ando um pouco mais. Daí eu tive a grande (finjam que é genial para eu não chorar) ideia de fazer um post a respeito. Mas um post diferente do que você encontra por aí, um post que conta história!!! Afinal de contas, todo mundo tem AQUELA roupa que marca algum evento inesquecível.

Da minha parte, eu tenho um sério problema com vestidos. Todos sempre dizem que encontrar roupa pra gordinho é difícil, mas pra magrinho também é. Já perdi as contas de quantas vezes fui procurar uma calça jeans e saí da loja com um vestido porque 1) nunca tem meu tamanho de calça 2) nem todo P é de fato P e 3) eu tenho um vício incontrolável por vestidos.

Atualmente, e isso vai soar loucamente fútil e superficial, tenho mais saias do que calças. Tenho mais vestidos do que calças. Eu curto a coisa do "menininha", embora isso dependa mais do meu humor do dia. Tem manhã em que eu acordo no clima "moradora de rua" ou então "rock'n roll". Varia muito, assim como todo mundo. E isso influencia no modo como eu falo com as pessoas, no livro que eu vou ler, na música que eu vou escutar....

Meu armário me enlouquece.

O que eu quero mostrar pra vocês é que coisas simples e sem valor podem sim ser responsáveis por grandes ideias. Alguns fatos da vida de cada um de nós daria um livro! E se você soubesse que em um dia específico você iria passar no vestibular? Encontrar o amor da sua vida? Se sentir orgulhosa de si mesma?Fazer uma apresentação? De qualquer modo, você não pensa na roupa, mas depois, quando você for pegar aquela peça para usar novamente, vai se lembrar, no automático, do tal momento especial que passou com ela.

Quase todos os meus vestidos têm uma história pra contar - para não dizer todos. Tenho um carinho diferente porque acredito que eles marcam exatamente o que eu sou. Então separei (depois de muito batalhar para escolher os melhores) cinco deles. E convidei a Marina, uma amiga para contar a história dela com o próprio vestido, que é SENSACIONAL.

O favorito de princesa
Esse vestido foi o primeiro que eu comprei com o meu próprio salário de estagiária de letras!!! Lembro que o comprei juntamente com uma saia da mesma cor, e logo depois me questionei a respeito, já que eu tinha feito a coisa num impulso de jovem deslumbrada com a conta-corrente cintilante.

Além disso, esse vestido tem uma coisa categórica: toda vez que eu o uso, sinto que fiz a escolha certa no armário. Eu me sinto feliz (?). Eu o usei quando fiz 20 anos, a primeira vez em muito tempo que comemorei meu aniversário, coisa que eu não tinha o hábito de fazer antes porque nunca ~~ ninguém aparecia ~~. Tliste. Fazer aniversário 5 de janeiro é tenso. As pessoas preferem viajar. Lembro-me de usá-lo também no dia 25 de dezembro de 2011, eu acho, um almoço na casa da minha avó paterna. As pessoas ficaram falando que eu estava com cara de feliz. É um vestido que me faz sentir plena, uma combinação perfeita para a cor que ele tem.

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O pretinho básico do básico do básico
Comprei esse vestido na promoção!! Eu fui até a loja com uma amiga, e não queria levar, mas ela me obrigou, porque disse que era a minha cara (eu tava numa fase luto, confesso). Foi bom porque o preto contrastou com o tecido leve e fino. Basicamente, eu o considero uma peça supercoringa. É muito fácil de colocar de dia e à noite.

Mas por quê o vestido me marcou? Esse foi o que eu usei na confraternização do CC de fim de ano! Eu o escolhi para trocamos nossos presentinhos de amigo oculto da equipe, foi muito mágico e inesquecível. Novamente, tem aquela ideia de paz, só que dessa vez somada à simplicidade. É o tipo de vestido que sinto que vou ter por muito, muito tempo.




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A estrela da mudança
Esse é o mais velho da lista, eu acho. Comprei também numa promoção (quem nunca), mas é o que tem o valor mais difícil de explicar. Foi com ele que passei o ano novo de 2012 para 2013, uma virada pela qual eu esperei muito, já que costumo dizer que 2012 foi o pior ano da minha vida, com sofrimentos e decepções demais. Ironicamente, aquela não era a primeira vez que eu o usava, mas era a primeira vez que ele parecia fazer parte de mim (?).

Para somar mais um pouco de transformação, foi também com ele que fui ao meu primeiro jantarzinho especial with family, alguns meses depois. Ele tem aquela ideia de renovação, é como se me ajudasse a progredir. Os fatos se vão, as pessoas também, mas o vestido fica para provar que todo aprendizado é válido.



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O paradoxo
Esse é um problema, porque foi com ele que eu tive uma das minhas decepções amorosas ahahaha. Eu rio disso agora, porque ele representa a ambiguidade: gosto muito das flores ali, mas só passei momentos questionáveis com ele. Recordo-me de perguntar a mim mesma sobre o que eu queria e não saber responder. Embora eu me sinta magra demais dentro do tecido, acho que é o mais confortável de toda a lista.

Costumo dizer que ele é uma figura de linguagem. Assim como um de bolinhas que resolvi não inserir aqui. Poético de um lado e catastrófico de outro. É como a surpresa: pode ser boa, ruim ou até mesmo engraçada. Eu gosto dele principalmente porque ele sempre me surpreende.

Ele também tem um peso especial porque foi minha mãe quem me convenceu a comprá-lo. E conselho de mãe é conselho de mãe.


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18 anos
Esse vestido é muito semelhante ao primeiro: também um dos meus favoritos, traz aquela ideia de felicidade inexplicável. Foi um presente da minha mãe quando eu fiz 18 anos alguns ganham um carro, mas somos pobres. Só pelo fato de ter sido ideia dela já "agrega valor" à roupa. Gosto dele porque ele tem o detalhe do laço atrás, e mais de uma vez ouvi sobre como ele me fazia parecer um presente, o que ficou marcado de forma positiva na minha cabeça.

Além disso, ele também marca uma certa transição, embora mais concreta do que o de estrelinhas. Me sinto mais mulher e menos adolescente quando o uso. É aquela sensação de maturidade. Sempre lamento por usá-lo menos do que gostaria. Uma vez o escolhi para assistir a um filme no cinema, quando, sob muito pânico, o manchei bem na faixa que compõe o laço. Rio disso hoje porque a mancha obviamente já saiu, mas na época eu fiquei desesperada e quase chorei -n.

Marina e o humor que foi negro.
Por fim, apresento-lhes Marina, minha amiga também do Rio de Janeiro que se formou no ensino médio em 2013. Como toda data importante, uma das maiores preocupações é o vestido, é claro. Marina não conseguia encontrar um que a agradasse e, por questões de prioridade, acabou adiando a escolha porque também tinha que decidir o que fazer com o cabelo (que ficou muito incrível, por sinal). Prioridades à parte, Marina teve, após uma pequena viagem pelas internéts, uma súbita visão de amor platônico. Tinha, enfim, encontrado a roupa que tanto queria.

No entanto, a festa era dali a poucas semanas. Marina não perdeu nem um minuto, olhou a previsão de entrega e teve a certeza de que chegaria a tempo, afinal de contas a tal previsão dizia que o prazo máximo era dois dias ANTES da formatura. Cartão passado, pedido enviado, Marina pôs-se a contar os dias. E os dias passaram, as semanas também, rastreia pacote daqui, rastreia pacote de lá, era véspera da festa e o vestido estava ainda em São Paulo!!!! Desespero, pânico, pedidos de socorro.... Uma amiga se propôs a emprestar um outro vestido, e com ele ela foi. As fotos indicam que a troca não foi um problema, a felicidade era vista nos olhos de Marina, afinal de contas era sua formatura. Mas o verde que ela acabou usando não era o preto das fotos abaixo (que mostram o vestido que ela DEVERIA ter usado).


Porém... uma semana depois o vestido dos sonhos bate a porta dela. Lindo, cintilante e intocado. E também não usado. A história engraçada que talvez seja de alguma forma uma prévia de algo maior. Eu disse a ela que ela já tinha o vestido mais lindo para uma formatura que seria ainda mais importante do que aquela. A formatura de uma história que prometia começar em 2014: a da faculdade. 

E você, tem alguma história para contar? Venha nos dizer!

- Igraínne M. 

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