A menina que roubava livros
adaptação
[Resenha Misturada] A menina que roubava livros, filme
2.2.14IgraínneMinicrítica ~ Sinopse:
"A Menina que Roubava Livros" conta a história de Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma menina que vive na Alemanha nazista e é adotada por Hans e Rosa Hubermann (Geoffrey Rush e Emily Watson). No meio do caminho para a casa dos Hubermann, o irmão de Liesel morre e é enterrado perto dos trilhos. Um coveiro deixa um livro cair e é aí que ela começa a sua vida de ladra de livros.
É uma história encantadora, que envolve o nazismo e a doçura de uma criança na época da segunda guerra mundial.
É uma história encantadora, que envolve o nazismo e a doçura de uma criança na época da segunda guerra mundial.
Quer saber a opinião da Ana e da Igra? Clica aí embaixo ;)
O que a Ana Luíza achou?
Eu sei que pode parecer muito clichê e tudo o mais, mas eu estava esperando esse filme há muito tempo. Eu tenho uma história engraçada com o livro: eu o comprei assim que lançou e eu tinha uns 13/14 anos. Me encantei porque era a morte que contava a história e achei aquele estilo de narrativa muito bom. Mas então eu comecei a ler e também a achar que estava ficando pesado pra mim e decidi parar. Emprestei para uma menina e, por circunstancias da vida, ela nunca me devolveu. Em 2011 eu comprei outro exemplar e aí, como eu já sabia que iam fazer o filme, eu decidi ler o livro antes. Eu estava tão animada para o filme que baixei e assisti em casa. A primeira impressão não foi boa, mas decidi ir ao cinema e ver em tela grande.
O elenco desse filme é maravilhoso, todos eles estavam em sincronia e não tinha um para falar que chamou mais atenção ou que, talvez, estivesse ruim. Sophie Nélisse é uma grande surpresa no cinema, quando saiu o trailer muita gente criticou falando que ela não era boa o suficiente, mas quando você vai assistir a garota é simplesmente incrível!!!!! Hans (Geoffrey Rush)... não tenho palavras para descrevê-lo no filme, é exatamente como eu o imaginei, um homem bem mais velho mas que não perde sua alegria, mesmo a vida sendo difícil. Emily Watson a mesma coisa, como Rosa é um personagem muito difícil por ser muito ranzinza e turrona, acho que ela conseguiu passar muito bem as coisas para o espectador. As apresentações dos personagens principais foram muito boas, mas tiveram alguns personagens que pecaram em uma melhor apresentação - isso poderia ter ajudado a contar a história.
Dá tchauzinho, Hans!!! <3 |
O diretor conseguiu alcançar veracidade: tudo que se passou na história parece efetivamente verdade para o telespectador. É muito difícil você ver adaptações que tenham a mesma verdade que está no livro, e essa tem. Tanto nos próprios personagens quanto no cenário, no figurino, nos objetos de cena... Brian Percival conseguiu fazer com que um elenco inteiro fizesse o público acreditar e comprar a história de "A Menina que Roubava Livros".
Apesar de os diálogos serem iguais ou bem parecidos aos do livro, a adaptação me incomodou um pouco em quesito roteiro, tinha muita coisa no livro que poderia ser usada muito bem, muitas falas que foram perdidas e que se estivessem no filme poderiam dar um toque mais especial. Ao mesmo tempo, acredito que se tivessem tais coisas, a adaptação sairia mais pesada, o que nessa situação não seria uma boa saída.
Enfim, "A Menina que Roubava Livros" acaba sendo um bom filme, que emociona e envolve você. E, se você leu o livro, vá de mente aberta, porque independente de qualquer coisa, você vai se envolver tanto quanto no livro e vai acabar gostando.
Sobre a nota: Vou dar 4 conversinhas por causa do roteiro. Poderia ter mais informação, poderia ter uma apresentação de personagens melhor, poderia ter sido melhor... Mas não deixa de ser um bom roteiro.
----
O que a Igra achou?
Primeiramente gostaria de deixar claro que não li o livro. Não porque não quisesse, mas porque eu acabei colocando outros na frente e, quando eu vi, já não dava mais tempo de lê-lo antes de assistir à adaptação. De qualquer modo, não acho que isso tenha sido um problema, muito pelo contrário: fez com que cada cena fosse uma surpresa melhor que anterior.
O fato é que Liesel (Sophie Nélisse) tocou meu coração. Eu acredito que não serei capaz de falar desse filme de forma exatamente racional ou simplesmente contar a história com alguma distância, mas vou tentar. Muitas formas do ser da própria Liesel se aproximaram de mim: chegou um ponto em que eu achei estar me vendo ali - desde os cabelos amarrados (que deixei para trás depois dos treze anos) até a mania quase esquizofrênica de tentar narrar o tempo "lá fora" com as palavras que facilmente seriam ditas pelos olhos.
Sua relação com Max (Ben Schnetzer) e o com os pais me deixaram com o coração na boca: quando ela se desentendia com a mãe, fazia o tipo de silêncio que gritava fatos. Seu contato com o pai me soou como uma salvação. Max, o homem (ou ainda criança?) judeu que bate à sua porta em desespero seria sua própria personificação masculina: ele era o poeta que ela queria ser, ele tinha o livro que ela queria ler, o mistério que ela queria desvendar.
Na realidade, o filme não é sobre uma menina que "roubava" livros. É sobre a menina que, a partir das palavras que pegava emprestado, se revestia de poesia - e cobria aqueles a sua volta com o mesmo tipo de cobertor. A amizade que transcende dela toca alguma coisa em nós que quase parece um sopro de consciência. Você sai do filme refletindo sobre tantas coisas que quase se sente outra pessoa. Sem dar spoiler, no final eu já estava cansada de segurar o choro. Um casal do meu lado se recusou a levantar quando os créditos subiram, porque ele estava chorando. E ele ainda disse: "achei esse filme muito bonito. Se tivesse visto em casa, teria chorado muito mais".
Sobre os personagens, para mim, com exceção óbvia de Liesel, Max é o mais importante da história, pois é o mais rico e o mais poético de todos. Ben Schnetzer conseguiu dar vida a um homem que transpira páginas escritas - e em branco, o que acredito ser a parte mais difícil. Max é como a fraqueza não só da Liesel, mas também sua força diante de toda a histeria que envolve o mundo naquele momento de guerra. O mesmo pode ser dito sobre o amigo Rudy, aquele que a ampara ainda no início da história, muito embora a questão gire em torno da imensidão dos laços que a própria Liesel é capaz de formar.
De um modo geral, é claro que muita gente vai dizer que é filme sobre "leitura", mas acho que não é só isso. É sobre, principalmente, escrever. Afinal de contas, as pessoas leem livros que outros escreveram. Imagine que toda a sua vida fizesse parte de um enredo narrado por alguém. Você com certeza não seria capaz de pular página alguma, correto?
Sobre os detalhes, acho toda a produção muito impecável. Achei a trilha sonora essencialmente conveniente, além de tornar todo o clima gélido do filme ainda mais tocante. Muita gente reclamou da voz da morte, mas como não li o livro, não posso colocar minha opinião sobre essa questão: se era homem ou mulher, acho que no fim isso nem fez tanta diferença. O modo de narrar é a parte importante. É como sempre me ensinaram: ninguém vai se lembrar de você, apenas das suas palavras.
Especialmente se você as escrever em algum lugar.
Sobre a nota: Só pelo fato de o filme ter me tocado de um modo inexplicável, já daria 5 conversinhas. Mas, possivelmente, esse vai se tornar meu filme favorito por muito tempo, então dou ainda uma conversinha a mais para favoritar.
E ah! Recomendo a TODAS as pessoas. Acho, sinceramente, que todo mundo deveria assistir a esse filme.
O fato é que Liesel (Sophie Nélisse) tocou meu coração. Eu acredito que não serei capaz de falar desse filme de forma exatamente racional ou simplesmente contar a história com alguma distância, mas vou tentar. Muitas formas do ser da própria Liesel se aproximaram de mim: chegou um ponto em que eu achei estar me vendo ali - desde os cabelos amarrados (que deixei para trás depois dos treze anos) até a mania quase esquizofrênica de tentar narrar o tempo "lá fora" com as palavras que facilmente seriam ditas pelos olhos.
Sua relação com Max (Ben Schnetzer) e o com os pais me deixaram com o coração na boca: quando ela se desentendia com a mãe, fazia o tipo de silêncio que gritava fatos. Seu contato com o pai me soou como uma salvação. Max, o homem (ou ainda criança?) judeu que bate à sua porta em desespero seria sua própria personificação masculina: ele era o poeta que ela queria ser, ele tinha o livro que ela queria ler, o mistério que ela queria desvendar.
Se os seus olhos pudessem falar, o que eles diriam? |
Na realidade, o filme não é sobre uma menina que "roubava" livros. É sobre a menina que, a partir das palavras que pegava emprestado, se revestia de poesia - e cobria aqueles a sua volta com o mesmo tipo de cobertor. A amizade que transcende dela toca alguma coisa em nós que quase parece um sopro de consciência. Você sai do filme refletindo sobre tantas coisas que quase se sente outra pessoa. Sem dar spoiler, no final eu já estava cansada de segurar o choro. Um casal do meu lado se recusou a levantar quando os créditos subiram, porque ele estava chorando. E ele ainda disse: "achei esse filme muito bonito. Se tivesse visto em casa, teria chorado muito mais".
Sobre os personagens, para mim, com exceção óbvia de Liesel, Max é o mais importante da história, pois é o mais rico e o mais poético de todos. Ben Schnetzer conseguiu dar vida a um homem que transpira páginas escritas - e em branco, o que acredito ser a parte mais difícil. Max é como a fraqueza não só da Liesel, mas também sua força diante de toda a histeria que envolve o mundo naquele momento de guerra. O mesmo pode ser dito sobre o amigo Rudy, aquele que a ampara ainda no início da história, muito embora a questão gire em torno da imensidão dos laços que a própria Liesel é capaz de formar.
De um modo geral, é claro que muita gente vai dizer que é filme sobre "leitura", mas acho que não é só isso. É sobre, principalmente, escrever. Afinal de contas, as pessoas leem livros que outros escreveram. Imagine que toda a sua vida fizesse parte de um enredo narrado por alguém. Você com certeza não seria capaz de pular página alguma, correto?
Vou escrever isso na parede do meu quarto -nn. |
Sobre os detalhes, acho toda a produção muito impecável. Achei a trilha sonora essencialmente conveniente, além de tornar todo o clima gélido do filme ainda mais tocante. Muita gente reclamou da voz da morte, mas como não li o livro, não posso colocar minha opinião sobre essa questão: se era homem ou mulher, acho que no fim isso nem fez tanta diferença. O modo de narrar é a parte importante. É como sempre me ensinaram: ninguém vai se lembrar de você, apenas das suas palavras.
Especialmente se você as escrever em algum lugar.
Sobre a nota: Só pelo fato de o filme ter me tocado de um modo inexplicável, já daria 5 conversinhas. Mas, possivelmente, esse vai se tornar meu filme favorito por muito tempo, então dou ainda uma conversinha a mais para favoritar.
E ah! Recomendo a TODAS as pessoas. Acho, sinceramente, que todo mundo deveria assistir a esse filme.
- "A Menina que Roubava Livros"
- The Book Thief (2014)
- Direção: Brian Percival
- Roteiro: Michael Petroni
- Elenco: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson , Ben Schnetzer, Roger Allam, Barbara Auer...
- Drama - 131 min - Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 31 de Janeiro de 2014
- Baseado no livro de Markus Zusak.
- Baseado no livro de Markus Zusak.
Nota final: (4,5 conversinhas)
TAGS:
A menina que roubava livros,
adaptação,
Ana Luíza Albacete,
CCFilmes,
CCResenhas,
Igraínne Marques,
Nazismo,
Resenha misturada,
The book Thief
6 comentários
acabei de ver o filme é muito legal
ResponderExcluirGostei do filme muito bom eu só não achei legal no final o pai,mãe e o amigo dela morre eu achei muito trite o final mas, foi bem legal o filme amei.....
ResponderExcluirmuito massa gostei
ResponderExcluirmuito legal,adorei
ResponderExcluirAmei o filme assisti na escola. recomendo ! :)
ResponderExcluirtambém não gostei muito do final por que eu pensei que ela fosse ficar com o amigo mas no final ele morreu
ResponderExcluir