É claro que você sabe o que aconteceu: JK Rowling disse que quem tinha que ficar com a Hermione era o Harry. Quem se importa que essa entrevista possa nem ser verdadeira? O MUNDO JÁ ESTÁ EM CHAMAS. E nós do CC decidimos fazer uma análise dos personagens para ver se a oh-toda-poderosa-JK estava mesmo certa.
Continue lendo para redescobrir seus personagens sob uma nova perspectiva.
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Calma aí, o que foi que a JK Rowling disse? (a versão verdadeira dos fatos)
Sente a situação: saiu no jornal The Sunday Times que a Emma Watson fez uma entrevista com a JK Rowling para a revista Wonderland onde elas comentam a relação Rony-Hermione. E, pela nota que saiu no jornal, a JK Rowling não fala diretamente que a Hermione ficaria melhor com o Harry, só que ela escreveu isso por motivos pessoais que nada têm a ver com literatura e porque foi assim que ela imaginou desde o começo. E depois o jornal diz que na entrevista ela fala que eles iam acabar precisando de conselho para casais. Quem fala mais que Hermione ficaria melhor com o Harry é a Emma Watson. A entrevista completa sairá no dia 7 de fevereiro, com a edição de fevereiro da Wonderland.
Esse texto assume que você já leu a série e está preparado para ler os nomes Harry, Rony e Hermione umas 100 vezes e muitos spoilers.
Sente a situação: saiu no jornal The Sunday Times que a Emma Watson fez uma entrevista com a JK Rowling para a revista Wonderland onde elas comentam a relação Rony-Hermione. E, pela nota que saiu no jornal, a JK Rowling não fala diretamente que a Hermione ficaria melhor com o Harry, só que ela escreveu isso por motivos pessoais que nada têm a ver com literatura e porque foi assim que ela imaginou desde o começo. E depois o jornal diz que na entrevista ela fala que eles iam acabar precisando de conselho para casais. Quem fala mais que Hermione ficaria melhor com o Harry é a Emma Watson. A entrevista completa sairá no dia 7 de fevereiro, com a edição de fevereiro da Wonderland.
Nota oficial do The Sunday Times na esquerda. Clique para ver grande. |
Análise individual dos personagens
Ronald Weasley - O melhor amigo do bruxo mais famoso do mundo
Conhecemos Rony como um rapazola inseguro, vivendo na sombra de cinco irmãos e na precaridade de uma família desprezada no mundo bruxo. Não é à toa que ele não gosta que Hermione se mostre mais inteligente do que ele. A última coisa que ele quer é mais alguém para lhe ofuscar.
Seu maior medo é o fracasso. Teme não ir para a Grifinória como resto da sua família, não conseguir uma vaga no time de quadribol ou ser chamado para ser monitor, ele teme não ser ninguém na vida. Por isso, se enxerga como aluno célebre quando se olha no espelho de Ojesed. Mas para não confrontar suas inseguranças, ele as projeta, criando inimigos onde não deve.
Rony fica emburrado quando Harry não percebe que as moedas de duende desaparecem de seu bolso (Copa Mundial de Quadribol), quando o nome do Harry sai do cálice de fogo Rony logo assume que foi traído e em Relíquias da Morte (sob influência do amuleto) ele abandona os amigos diante da suspeita de algo entre Harry e Hermione. Para completar, Rony até desconta a frustração de sua condição financeira em cima do amigo afortunado. O que é uma ironia, se pensarmos em quanto Rony é mais afortunado que o Harry, por exemplo, em ter uma família viva que o ama.
No decorrer da série, Rony vê que é valorizado e começa a ficar mais confiante. Ele conhece mais de uma garota que gosta dele, ganha pontos que garantem o torneio das casas para a Grifinória, se torna monitor, participa do time de quadribol e é celebrado por uma plateia, salva Harry da morte e se torna um dos grandes heróis da guerra contra Voldemort. Mas só consegue isso quando deixa a inveja e o medo de lado.
Seu maior medo é o fracasso. Teme não ir para a Grifinória como resto da sua família, não conseguir uma vaga no time de quadribol ou ser chamado para ser monitor, ele teme não ser ninguém na vida. Por isso, se enxerga como aluno célebre quando se olha no espelho de Ojesed. Mas para não confrontar suas inseguranças, ele as projeta, criando inimigos onde não deve.
Rony fica emburrado quando Harry não percebe que as moedas de duende desaparecem de seu bolso (Copa Mundial de Quadribol), quando o nome do Harry sai do cálice de fogo Rony logo assume que foi traído e em Relíquias da Morte (sob influência do amuleto) ele abandona os amigos diante da suspeita de algo entre Harry e Hermione. Para completar, Rony até desconta a frustração de sua condição financeira em cima do amigo afortunado. O que é uma ironia, se pensarmos em quanto Rony é mais afortunado que o Harry, por exemplo, em ter uma família viva que o ama.
No decorrer da série, Rony vê que é valorizado e começa a ficar mais confiante. Ele conhece mais de uma garota que gosta dele, ganha pontos que garantem o torneio das casas para a Grifinória, se torna monitor, participa do time de quadribol e é celebrado por uma plateia, salva Harry da morte e se torna um dos grandes heróis da guerra contra Voldemort. Mas só consegue isso quando deixa a inveja e o medo de lado.
Hermione Granger - A bruxa mais inteligente que você já conheceu?
Desde a seleção de casas ela briga com a necessidade de ter razão, quando o chapéu não consegue decidir se a coloca na Corvinal ou na Grifinória. O coração da garota acaba vencendo essa primeira disputa, mas é a primeira de muitas.
Desde a seleção de casas ela briga com a necessidade de ter razão, quando o chapéu não consegue decidir se a coloca na Corvinal ou na Grifinória. O coração da garota acaba vencendo essa primeira disputa, mas é a primeira de muitas.
Não conhecemos sua família, mas seu apego por regras e estudos logo mostram uma necessidade de auto-afirmação intensa. Hermione está presa a razão, e a impressão de que é a única que a possui a torna prepotente e a afasta dos colegas no primeiro ano.
Quando se confronta a clarividência, que é algo em que não pode impor sua razão, ao invés de reconhecer a própria humanidade, ela se revolta contra a matéria e desconsidera a professora, inclusive refutando aqueles que respeitam a docente.
Durante os primeiros anos, ela vivia em conflito com as quebras de regras dos alunos, não por medo de ser pega, mas por medo de aceitar que haviam coisas mais importantes que as regras. Isso arruinaria todo o sistema de valores com o qual ela protegia seu ego. Aos poucos, aprendeu a ouvir os sentimentos e criar seus próprios princípios. O que não a impediu de achar que está sempre certa.
Essa ruptura é simbolizada quando ela vê os elfos domésticos e entende que há regras que precisam ser mudadas. Passa a defender os seres, mesmo contra a vontade dos mesmos, os levando a se irritar com ela. Ela está tão presa as suas opiniões que não aceita a visão dos outros sobre o assunto.
Durante os últimos anos, existe o conflito evidente a respeito de seus sentimentos por Rony. Todo o quinto livro se desenrola em ciúmes e intrigas entre os dois. Mas admitir que ama o rapaz significaria perder a própria razão e aceitar alguém com falhas e defeitos, e seu orgulho não permite fazer isso de imediato.
Não podemos esquecer do sofrimento ao ver o ruivo abandona-la no último livro, que ela finalmente deixa extravasar, mesmo mantendo a razão e a missão em primeiro lugar. E quando se reencontram, ela então pode demonstrar seu afeto por ele e, no processo, botar as próprias emoções no mesmo patamar que a razão.
Harry Potter - o bruxo mais famoso do mundo
Criado por tios abusivos que o desprezavam abertamente, Harry passa a primeira metade da sua adolescência se desculpando e temendo descobrir que seus tios estavam certos a seu respeito. Ele achou que o chapéu não o selecionaria, que McGonagall lhe expulsaria por ter voado de vassoura sem supervisão, e de novo quando transformou Guida em um balão - o que o deixou tão transtornado que fugiu de casa.
No decorrer dos livros, vemos sua auto-estima ser reconstruída para leva-lo ao papel de liderança ao qual está destinado. E também somos apresentados a seus instintos e valores, que ele reprimia a princípio, mas através da constante aprovação de amigos e mentores, aprende a escutar. Através da infância oprimida, Harry desenvolveu um senso de justiça fortíssimo, e que o guia a grande parte de suas aventuras. O maior exemplo, no entanto, é seu claro antagonismo com Dolores Ambridge.
É por conta de sua natureza justa, por exemplo, que ele nunca pede ajuda. Ele aceita as consequências de suas escolhas, mas não quer que elas se tornem um fardo para mais ninguém. Ele teme assumir seu papel como “O escolhido” com medo de ser injusto nas decisões que será obrigado a tomar, com medo de prejudicar alguém.
Quando ninguém acredita em seus relatos sobre a volta de Voldemort, Harry assume seu lugar na situação por raiva - tanto da sociedade que lhe desconsidera quanto do bruxo das trevas. Harry só cresce em seu papel quando é pressionado. Acontece de novo quando ele se vê obrigado a criar a Armada de Dumbledore
Ao final da saga, sua segurança é tamanha que quando seus aliados lhe confrontam sobre o uso de feitiços não-letais, ele se impõe e mantém seus valores. Harry já sabe quem é e se tornou capaz de tomar suas próprias decisões.
É um direito que ele merece, na minha opinião. Já que ele tem que salvar o mundo e tudo mais.
No decorrer dos livros, vemos sua auto-estima ser reconstruída para leva-lo ao papel de liderança ao qual está destinado. E também somos apresentados a seus instintos e valores, que ele reprimia a princípio, mas através da constante aprovação de amigos e mentores, aprende a escutar. Através da infância oprimida, Harry desenvolveu um senso de justiça fortíssimo, e que o guia a grande parte de suas aventuras. O maior exemplo, no entanto, é seu claro antagonismo com Dolores Ambridge.
Ambridge opressora (e monocromática) |
Quando ninguém acredita em seus relatos sobre a volta de Voldemort, Harry assume seu lugar na situação por raiva - tanto da sociedade que lhe desconsidera quanto do bruxo das trevas. Harry só cresce em seu papel quando é pressionado. Acontece de novo quando ele se vê obrigado a criar a Armada de Dumbledore
Ao final da saga, sua segurança é tamanha que quando seus aliados lhe confrontam sobre o uso de feitiços não-letais, ele se impõe e mantém seus valores. Harry já sabe quem é e se tornou capaz de tomar suas próprias decisões.
É um direito que ele merece, na minha opinião. Já que ele tem que salvar o mundo e tudo mais.
Análise dos ships
Romione
Eles são perfeitos opostos. Rony é consumido pelas emoções que o tornam neurótico e inseguro. Ele precisa ouvir a razão e ver que não é inferior a ninguém. Já Hermione é escrava da razão, que a faz quase maníaca. Ela tem que aprender a reconhecer as próprias emoções e a usa-las para encontrar suas próprias verdades.
Desde o princípio, o atrito dos dois abria a possibilidade de um romance. Como opostos, eles eram perfeitos para renegar os valores do outro, mas também os professores ideais para o que tinham de aprender. O que os torna um casal tão bonito é justamente como o relacionamento deles está diretamente relacionado com o arco individual de cada um, embora não se resumam apenas a isso. Os dois possuem múltiplas camadas e trouxeram suas neuroses à tona nas mais diferente situações, não apenas ao lidarem um com o outro.
Ambos atuam como instrutores do Harry, o ensinando a alcançar o que lhe foi tirado por uma infância ruim. No primeiro livro, o menino não seria capaz de vencer as provas para chegar até a pedra filosofal. Ele precisava dos seus dois amigos para chegar lá. Não um ou o outro, mas ambos.
Isso é uma metáfora para o estado de Harry na época. Graças aos Dursley, Harry achava que seus sentimentos eram desimportantes e que não podia ter razão. Através da convivência com os amigos, ele restabelece sua auto-estima em ambos os aspectos para poder se tornar um herói, o que é, na minha opinião, o principal arco da saga. Uma história sobre superar os problemas vencendo os conflitos internos e preconceito para encontrar nosso caminho.
Harmony e Rorry
Por isso acho que tanto um relacionamento Harmony (Harry + Hermione) quanto Rorry (Rony + Harry) seriam desequilibrados de alguma forma. As neuroses emocionais de Rony minariam a confiança de Harry com o tempo, assim como a razão de Hermione desgastaria a senso de justiça emocional dele. Harry atua como um mediador das duas partes por precisar encontrar seu próprio caminho entre elas. Ele precisa ter ambos, e no mesmo patamar.
o perfeito power trio |
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4 comentários
Massa! HAHAH morri com a gif dos três. hahaha
ResponderExcluirVou comentar, porque tem coisa que eu quero dizer. HAUAHA A sua análise já explica tudo, mas digamos que mesmo sem saber dela, a discussão fosse colocada. JK Rowling diz que Rony e Hermione não é um casal convincente. COMO ASSIM? Quer dizer, fãs no mundo inteiro gostaram e seguiram ansiosos pra ver os dois ficarem juntos. O ship Harmony cresceu com os filmes, mas até eu que comecei assistindo o primeiro era totalmente Romione. Será mesmo que é um romance forçado? (e, mesmo que por questões pessoais - não sei de onde ela tirou que um livro não deve ser relacionado a questões pessoais, é um robô que tá escrevendo?) ela era a maior shipper de Romione de todos, o que já basta e provavelmente passou pra o livro.
ResponderExcluirSem falar que é uma falta de confiança tremenda nos personagens, né? Você comenta aí que eles são os professores ideais um para o outro e, pra se juntarem, eles meio que precisam aprender como alunos. Se não, os dois vão brigar sempre mesmo. Uma casa com os dois seria um apocalipse. É por isso que eu acho tão legal o momento que eles dão o beijo no livro: ele se preocupa com os elfos, o que ela não esperava e parecia até contraditório com o que ele vinha fazendo, e ela vai pra ele. (aliás, acho que aquele é o melhor beijo de todos os tempos. não pode estar errado! só seria melhor se o harry não estive ali. e não estivesse numa guerra e tal)
Acho que essa questão dela vem porque na maioria das histórias a garota principal fica com o garoto principal. Percy Jackson tem um trio que é o mesmo que o do Harry Potter e quem pega a Annabeth? Percy! Transformers e praticamente todos os filmes. Talvez esse clichê seja porque normalmente tem tão poucas mulheres em filmes, que o protagonista tem pegar a primeira que aparece. Ou porque como as histórias não são centradas no romance, fica muito mais fácil desenvolver algo Protagonista-Mulher mais perto. Eu acho uma cultura asquerosa isso e sou grata que não seja assim.
E a Gina é uma pessoa incrível, alguém que totalmente vai ajudar o Harry a ser forte e seguir o seu melhor. Enquanto os amigos sempre vão estar por perto.
Além do mais, eles eram jovens, sobreviveram a guerra, venceram o maior bruxo das trevas, tiveram suas vidas transformadas e precisavam reaprender a viver. Com quem eles estavam no final do livro não importava tanto.
(a não ser que um certo alguém tenha escrito um epílogo que fixa a vida deles no futuro no mesmo ponto, com os mesmos casais, só pra dizer que está tudo bem e se livrar do perigo de voltar a escrever. ainda assim, não dá pra dizer o que aconteceu com os personagens durante todos esses anos. harry poderia muito bem estar lutando contra alcoolismo naquela cena sem a gente saber)
Pronto, falei tudo. u.u
Né? eu até entendo que rola a questão de "passamos por tudo isso juntos", mas... naah. Só falta escrever "e viveram felizes para sempre no final"
ExcluirTem um casal que gosto: Lupin e Tonks
Eu que não li nenhum dos livros, não sou fã de nada, fiquei chocada com a noticia. Imagina os fãs!!! Gostei muito da suas explicação porque a parada virou uma bola de neve sem fim.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com