Ana Luíza Albacete
CCFilmes
Por Dentro do Oscar 2014: "Gravidade" + "O Lobo de Wall Street"
7.2.14MichelleHoje é a primeira sexta de fevereiro e o tema do CCSexta só poderia ser... Oscar! Somos loucos por cinema, e falar sobre os indicados dessa premiação já virou tradição por aqui. Vai funcionar assim: toda semana falaremos sobre dois filmes da categoria principal (3 na última semana porque são 9 filmes no total). Para começar, dois filmaços: “Gravidade” e “O Lobo de Wall Street”. Vem com a gente!
Título
original: Gravity
Direção:
Alfonso Cuarón
Roteiro:
Alfonso Cuarón e Jonas Cuarón
Elenco:
Sandra Bullock, George Clooney, Ed Harris, etc
>>> O que a Michelle achou:
Na primeira vez que vi o trailer de “Gravidade” no cinema tive duas certezas: (1) eu TINHA que ver esse filme e (2) JAMAIS conseguiria assistir em tela grande (os 2 minutos e pouco de trailer já bastaram para me deixar absurdamente enjoada). E então se passaram algumas semanas e acabei baixando uma cópia pirata para ver em casa, segura de que, se batesse a náusea, era só correr pro banheiro. Antes mesmo do filme ser oficialmente indicado ao Oscar, eu já tinha assistido e formado minha opinião.
Na primeira vez que vi o trailer de “Gravidade” no cinema tive duas certezas: (1) eu TINHA que ver esse filme e (2) JAMAIS conseguiria assistir em tela grande (os 2 minutos e pouco de trailer já bastaram para me deixar absurdamente enjoada). E então se passaram algumas semanas e acabei baixando uma cópia pirata para ver em casa, segura de que, se batesse a náusea, era só correr pro banheiro. Antes mesmo do filme ser oficialmente indicado ao Oscar, eu já tinha assistido e formado minha opinião.
Sobre o que é o filme? Na
trama, a Dra. Ryan Stone (vivida por Sandra Bullock – indicada a Melhor Atriz)
enfrenta sua primeira missão espacial para fazer um reparo no braço do
telescópio do lado externo da nave. Apesar de seu vasto conhecimento teórico
sobre o espaço, na prática tudo é novidade para ela: o traje que limita seus
movimentos e sufoca, a falta de gravidade que torna tudo mais lento, a pressão de
ter que finalizar o conserto rapidamente antes de ser atingida por uma onda de
destroços de um satélite russo. A única coisa que alivia um pouco sua tensão é
a companhia do astronauta veterano Matt Kowalski (George Clooney), que além de
experiente é também divertido. O problema é que a dupla é atingida pelos destroços
anteriormente anunciados e se separa. Como se não bastasse ficar à deriva na
imensidão espacial, Ryan logo é avisada por Matt de que terá que completar a
missão sem a sua ajuda.
O que eu achei? Ai,
gente... como lidar com a Sandra Bullock girando sem parar, sozinha, com nível
de oxigênio baixíssimo? Eu já estava passando mal só de ver. Vontade de gritar
“pelamoderdeus agarra em alguma coisa e abre esse visor do capacete que estou
sufocando!!”. Sério. Impossível não se colocar no lugar da Ryan e não sentir
todo seu desespero por estar em uma situação extrema. Além de superar os
desafios físicos, a protagonista ainda tem que lidar com a solidão e com a
culpa (uma mais antiga, referente ao filho; outra bem recente, relacionada à
perda do colega de trabalho). Uma carga e tanto para uma pessoa só.
Apesar
de ter gostado de como o diretor explorou as metáforas de jornada e
renascimento, de ter sofrido com Sandra Bullock e de achar o visual um arraso
(e olha que eu assisti na TV meia-boca de casa), não fui arrebatada pelo filme.
Provavelmente grande parte do encanto tecnológico do 3D se perdeu, o que, neste
caso, faz, sim, toda a diferença. E tem o agravante de eu não gostar de filmes
espaciais (exceção mais do que justa à saga ‘Aliens’). Sou mais do tipo que se
identifica com problemas terrenos e ordinários vividos por gente simples em um
ambiente bem comunzão. Por isso, contrariando a opinião da maioria dos
integrantes da equipe, considero o filme apenas bom. E aposto que leva a
estatueta de Efeitos Visuais e talvez Fotografia e Direção de Arte.
Minha nota:
>>> O que a Ana Luíza achou:
"Gravidade" ainda me incomoda um pouco por causa do roteiro, por ser redondinho e ser uma história que funciona muito bem. Cuarón poderia ter ousado um pouco mais, mas talvez o filme não ficasse tão bom quanto ficou se o roteiro fosse diferente. Ainda aplaudo de pé a atuação de Sandra Bullock que nem sempre acerta nos seus personagens, dessa vez ela fez um belíssimo trabalho ao sobreviver no espaço. O som, ao meu ver, é quase um personagem. Se ele não existisse, talvez o filme não teria tanto impacto como teve. Pra mim, "Gravidade" vai levar melhor efeito especial, isso é fato. E Cuarón tem grandes chances de levar Melhor Diretor por motivos óbvios.
Minha nota:
>>> O Lobo de Wall Street
Título original: The Wolf of Wall Street
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle Chandler, Rob Reiner...
Baseado no livro de Jordan Belfort.
>>> O que a Ana Luíza achou:Baseado no livro de Jordan Belfort.
Todas as pessoas falavam que "O Lobo de Wall Street" era o melhor filme do ano e que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar. Eu acreditei e muito obrigada pessoas com bom gosto cinematográfico por terem falado que esse era um filme muito bom.
Sobre o que é o filme? O Lobo de Wall Street cobre a trajetória da Jordan Belfort: Um jovem meio sonhador que começa a trabalhar com venda de ações e é engolido pela rotina de Wall Street, levado a um mundo de sexo, drogas e muuuito dinheiro - e às consequências dessa vida. É um filme que eu só consigo descrever como violento, ele é um bombardeiro de cenas e mais cenas impactantes com altas doses de uma comédia que nada tem de boba.
O que eu achei? Verdade seja dita, "O Lobo de Wall Street" é um dos melhores filmes de Scorsese e, quem sabe, a melhor atuação de Leo DiCaprio nas telonas mundiais.
Eu sou suspeita para falar porque adoro Scorsese e porque sempre acreditei no potencial artístico de DiCaprio, mas "O Lobo" me surpreendeu bastante. Não tiro o mérito de que é uma história bem construída com boa apresentação de personagens, muitas falas em off que funcionam melhor do que em muitos filmes por aí e, claro, uma história que é coerente e, apesar de ser uma adaptação, não faz o espectador se perder.
Eu não tenho nem palavras para descrever a direção deste filme... É simplesmente incrível a forma como Scorsese conta uma história que tinha tudo para ser muito agressiva de uma forma diferente e a forma que ele conduziu os atores à transformar aquela história real é magnífica.
Acredito que, no Oscar, pode ser que Scorsese tenha uma chance de levar melhor diretor, apesar da minha aposta ser no Cuarón, se o Scorsese levar ficarei tão feliz quanto.
Minha nota:
Sobre o que é o filme? O Lobo de Wall Street cobre a trajetória da Jordan Belfort: Um jovem meio sonhador que começa a trabalhar com venda de ações e é engolido pela rotina de Wall Street, levado a um mundo de sexo, drogas e muuuito dinheiro - e às consequências dessa vida. É um filme que eu só consigo descrever como violento, ele é um bombardeiro de cenas e mais cenas impactantes com altas doses de uma comédia que nada tem de boba.
O que eu achei? Verdade seja dita, "O Lobo de Wall Street" é um dos melhores filmes de Scorsese e, quem sabe, a melhor atuação de Leo DiCaprio nas telonas mundiais.
Eu sou suspeita para falar porque adoro Scorsese e porque sempre acreditei no potencial artístico de DiCaprio, mas "O Lobo" me surpreendeu bastante. Não tiro o mérito de que é uma história bem construída com boa apresentação de personagens, muitas falas em off que funcionam melhor do que em muitos filmes por aí e, claro, uma história que é coerente e, apesar de ser uma adaptação, não faz o espectador se perder.
Eu não tenho nem palavras para descrever a direção deste filme... É simplesmente incrível a forma como Scorsese conta uma história que tinha tudo para ser muito agressiva de uma forma diferente e a forma que ele conduziu os atores à transformar aquela história real é magnífica.
Acredito que, no Oscar, pode ser que Scorsese tenha uma chance de levar melhor diretor, apesar da minha aposta ser no Cuarón, se o Scorsese levar ficarei tão feliz quanto.
Minha nota:
>>> O que a Michelle achou:
Sou
fã do Scorsese e acho que a união com Leo DiCaprio beneficiou ambos, fazendo
com que os trabalhos da dupla sejam cada vez melhores. O filme é todo sobre
excessos: de dinheiro, de sexo, de drogas. Apesar da tristeza de imaginar
quantas pessoas ingênuas Jordan arrasou na vida real com seus delírios de
grandeza, como personagem ele é irresistível e extremamente coerente, pois
manteve seu estilo até o fim. E DiCaprio dá um show de interpretação. A cena em
que fica chapado de remédios vencidos é uma das melhores da história do cinema. Já nasceu clássica absoluta. Se o Matthew McConaughey não estivesse concorrendo na mesma
categoria, meu voto seria do Leo, com certeza. De resto, achei um ótimo filme,
mas não acredito que leve o prêmio principal. Às vezes, durante a exibição,
fiquei com aquela sensação de “já vi isso antes”. Faltou um temperinho a mais.
Minha nota:
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Michelle Gimenes,
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