por Michelle Gimenes
- “Elysium” (2013)
- Direção: Neill Blomkamp
-
Roteiro: Neill
Blomkamp
- Elenco: Matt
Damon, Jodie Foster, Wagner Moura, Alice Braga, Diego Luna, William Fichtner,
entre outros
- Ficção Científica/Ação – 109 minutos – Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 20 de setembro de 2013
Minicrítica - Resumo:
Em um futuro não muito distante, os recursos da Terra se esgotaram e seus
bilhões de habitantes vivem na mais extrema miséria. No entanto, alguns
terráqueos endinheirados deixaram seu planeta natal para trás e foram morar na
linda e perfeita estação espacial chamada Elysium, onde o ar é puro, a
segurança é máxima e a tecnologia é capaz de curar qualquer tipo de doença. O
verdadeiro paraíso.
Mas é claro que não existe paraíso sem inferno, né? Por trás
da aparente paz que reina em Elysium se desenrolam jogos de poder que podem
colocar esse verdadeiro oásis em risco. E são os conflitos, entre os membros da cúpula de poderosos
de Elysium e entre os rejeitados da Terra e seus governantes, o ponto crucial
dessa trama que usa a ficção científica como o formato ideal para falar de
problemas bem reais.
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O uso de um universo
fictício para abordar problemas verdadeiros e atuais não é nada novo. O próprio
Neill Blomkamp, diretor de Elysium, já havia usado esse recurso em seu filme
anterior, Distrito 9, que também trata de diferenças sociais. Aliás, muitas
coisas em Elysium lembram Distrito 9: as naves, os robôs, a favela a perder de
vista. Todavia, isso não diminui em nada o impacto da história contada.
Nesta nova produção, o
protagonista, Max, é vivido por Matt Damon, um cara com um passado de fora da
lei que está em liberdade condicional e que passa seus dias ralando duro na
principal empresa fabricante de robôs. Trabalhando em condições de alta periculosidade,
um dia ele é exposto a uma dose letal de radiação e recebe o prognóstico de 5
dias de vida. Sua única chance de continuar vivendo é conseguir chegar a
Elysium para utilizar uma das camas curadoras. Para conseguir embarcar em uma
das naves clandestinas que o levariam até seu destino, ele recorre ao “coiote”
Spider (Wagner Moura).
Spider não faz caridade,
obviamente. Como Max não tinha dinheiro, se sujeita a fazer “um servicinho” de
roubo de dados em troca de sua vida. O que ninguém esperava é que os dados
roubados contivessem informações capazes de mudar não apenas os governantes, mas
também a forma de vida de todos os habitantes da Terra.
Eu gostei muito de
Distrito 9, então, quando fiquei sabendo de Elysium, me interessei
imediatamente. Saber que o Matt Damon e o Wagner Moura estavam escalados para
participar só aumentou ainda mais minha vontade de ver o filme. Damon é um ator
muito versátil que convence tanto em papéis mais intimistas como quando encarna
um herói de filme de ação, que é o que acontece neste caso. Wagner Moura também
faz parte da minha lista de atores favoritos e sua composição do vilão é muito
boa. Li que, inclusive, foi ideia dele fazer um Spider manco e com uma voz
diferente. Funcionou muito bem.
Os efeitos especiais são
bons e servem de complemento à história, sem competir com ela. A visão
panorâmica da cidade de Los Angeles transformada em uma favela sem fim é muito
impactante e contrasta duramente com os jardins verdejantes de Elysium. A
tecnologia do futuro apresentada ora é absurdamente excessiva, ora parece meio datada.
No geral, achei o filme
muito bem feito e interessante. Há algumas falhas de roteiro e o assunto pode
não ser o mais original do mundo, mas acho válido levar às telas essas questões
que afetam nossa vida agora e continuarão sendo relevantes para as próximas
gerações. Resumindo, um bom filme de ficção científica que envolve ação e
romance e que serve
com um ótimo passatempo e, ao mesmo tempo, faz uma crítica contundente ao nosso sistema financeiro e governamental.
Nota final:
(4/5 conversinhas)
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1 comentários
eu gostei bastante do filme ai chegou no final e achei tudo muito corrido e gostei um pouco menos. mas eu odiei as cenas de luta, não dava pra ver nada e dava uma aflição não ver nada.
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