Sim, isso mesmo amigo leitor, ler além de ser um prazer é objeto de estudo por universidades renomadas como a Universidade de Washington e a Universidade de Toronto. Algumas “descobertas” dos estudos são óbvias, mas outras vão deixar você surpreso.
Então agarre bem seu marcador de livro e vem descobrir alguns fatos científicos sobre leitores:
Ler romances deixa você com a cabeça mais aberta
Quer ser uma pessoa melhor? Então deixe agora de lado “A Interpretação dos Sonhos”, de Freud, e vá ler “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen. Quem diz isso não sou eu, mas sim os pesquisadores da Universidade de Toronto. Eles fizeram a pesquisa com dois grupos: um deles teve de ler histórias de ficção, de autores como Jane Austen e Jean Stafford, enquanto outros leram ensaios sobre ciência, beleza, literatura ou comportamento, de autores como Freud ou Burroughs.
Depois, todos passaram por testes psicológicos para medir quanto gostavam e precisavam de certezas e estabilidade. Tiveram de dizer, por exemplo, se concordam pouco, muito ou nada com afirmações do tipo “eu não gosto de situações incertas” e “eu desgosto de questões que têm várias respostas diferentes”. E surpreendentemente quem havia lido os romances parecia mais aberto à ambiguidade e incertezas.
Os pesquisadores concluíram que ler romances abre sua cabeça. Aí você conhece e questiona outras realidades, mas sem a necessidade de tomar decisões, de ter certezas sobre questões polêmicas.
Ler livros sobre bruxo deixa você cheio de magia
Ops, não é isso não, o estudo feito pela Universidade de Buffalo (EUA) na verdade concluiu que nos identificamos tanto com os personagens dos livros que lemos que acabamos adotando, sem perceber, algumas características do comportamento deles.
140 voluntários leram, por 30 minutos, trechos de um livro da série "Crepúsculo" ou da série "Harry Potter". Depois, todos tiveram que responder a questionários que incluíam, no meio de perguntas normais (para ninguém desconfiar), questões mais direcionadas — para os que leram sobre vampiros, “quanto tempo você conseguiria ficar sem dormir?” e “o quão afiados são os seus dentes?”, por exemplo; para os que ficaram com os bruxinhos, coisas como “você acha que, se tentasse bastante, poderia ser capaz de mover um objeto usando apenas o poder da mente?” (#StarWarsFeelings).
“A análise mostrou que os participantes que leram sobre bruxos começaram a pensar como bruxos, enquanto os que leram sobre vampiros começaram a pensar como vampiros”, diz o estudo.
Ler ficção ajuda a adivinhar pensamentos
Quer saber o que passa na cabeça do seu (sua) namorado (a) quando está tendo aquela DR maldita? É simples: leia ficção. Foi o que descobriu Emanuele Castano, professor de psicologia na New School for Social Research de Nova York, e seu aluno de doutorado, David Comer Kidd.
Os dois pediram a várias pessoas para ler histórias curtas de ficção literária de qualidade, de ficção popular de menor qualidade e de não ficção (não entendi o que define ficção de mais ou menos qualidade, mas tudo bem). Depois os leitores foram submetidos a uma série de testes destinados a medir como podiam adivinhar o que uma pessoa sentia, por exemplo, olhando a foto de uma expressão facial ou respondendo a perguntas sobre como uma pessoa com determinada personalidade atuaria sob certas circunstâncias.
O estudo revelou que o fator determinante para melhorar a capacidade de sondar a alma dos outros é a qualidade das obras de ficção, que nos experimentos se concentravam em diferentes temas, mas todas produziam o mesmo resultado.
Segundo os autores, isto se deve a que estas leituras envolvem mais intelectualmente o leitor, despertando seus pensamentos criativos, diferente do efeito da ficção popular ou de qualidade inferior.
60% das pessoas mentem sobre ter lido livros clássicos
Antes de fazer parte o Charlie’s Booklist confesso que já tinha mentido algumas vezes que já tinha lido “Peter Pan”, após o CB essa mentirinha social se tornou verdade. Assim como eu, 60% das pessoas mentem sobre ter lido livros clássicos. Foi o que descobriu uma pesquisa recente realizada com 2 mil participantes no Reino Unido. A intensão, claro, é passar uma imagem de inteligência.
Entre os livros mais citados – e menos lidos – estão "1984", de George Orwell (citado por 26% dos entrevistados), “Guerra e Paz”, de Leon Tolstói (19%), “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens (18%) e “O Apanhador no Campo de Centeio”, de JD Salinger (15%), livro que assim como Peter Pan também faz parte do Charlie’s Booklist.
De acordo com a pesquisa, 3% já mentiram até sobre terem lido a Bíblia. o.O’ E você já mentiu sobre ter lido um livro só para parecer mais inteligente?
- elilyan andrade
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1 comentários
Afirmando que já tinha lido algo não, mas já fiz de conta que li sem afirmar, só para ter assunto para conversar. Vale?
ResponderExcluirEsse negócio de ler pensamentos é bem interessante ^^
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