Hoje é um dia especial.

Se estivesse viva, seria o décimo nono aniversário de Esther Grace Earl. Essa poderia ter se tornado uma data triste para família e todos que a conheciam, mas é mais do que isso. Hoje, 3 de agosto, é comemorado o Esther Day, ou Dia de Esther, em que a Nerdfighteria celebra o amor entre os amigos e a família.




Aqueles que leram “A culpa é das estrelas”, romance do John Green, podem ter reconhecido o nome, afinal, ele está ali, logo nas primeiras páginas, na dedicatória do livro. Muitas vezes, os leitores acabam não dando atenção a quem o autor está dedicando o seu trabalho, embora sempre haja uma grande importância por trás do que parece ser um simples “Para fulano”. Felizmente, o “Para Esther Earl”, presente num dos livros young adult  mais aclamado nos últimos tempos, é reconhecido por muitas pessoas; e, por trás dele, há uma história muito bonita de alguém awesome.

Quando uma pessoa morre cedo, é muito comum que só lembrem os motivos que levaram a esse fim prematuro, mas a vida de ninguém é feita apenas disso. Todos os momentos felizes e as características que faziam Esther uma pessoa fantástica não podem ser esquecidos. Eu não a conhecia antes de 2010, quando ela morreu de câncer, mas conheço o seu legado. Além de ser fã de várias coisas legais, como “Harry Potter”, ela fazia vídeos e escrevia (muito bem, de acordo com o John Green), e um dos seus legados é o dia de hoje.

É curioso (e meio triste também) como vivemos de forma tão automática que acabamos esquecendo-nos de exteriorizar nossos sentimentos, dizer coisas simples, mas verdadeiras, como “eu te amo”. Pior ainda é quando estamos tão acostumados a viver dessa forma que nem ao menos percebemos isso e precisamos de algo como uma data especial para nos dar conta. E é por isso que gosto muito da data de hoje, porque, mesmo sendo um tanto lastimoso o fato de eu precisar dela para perceber, vi que não falo tanto “eu te amo” quanto eu gostaria ou deveria.

Na internet, vivo dizendo para pessoas o quanto eu gosto delas, mas isso acaba ficando meio esquecido na “vida real”. Não porque a internet aproxima pessoas que estão distantes e afasta as que estão próximas fisicamente (pelo menos isso é o que é dito por aí, embora eu não concorde), mas simplesmente por ser muito mais fácil dizer as três palavrinhas quando se está atrás de uma tela de computador. Dizendo “eu te amo” na cara da pessoa, há toda a questão do nervosismo por ter uma resposta imediata e o medo de rejeição, enquanto digitá-la para alguém que está distante é rápido, simples.

Por causa da data de hoje, falei para algumas pessoas da minha família o quanto eu as amava, algo que não fazia há um bom tempo. Pode ser algo que acaba subentendido por ações ou demonstrações de afeto, mas eu acredito que as coisas não são tão reais se você não diz ou não é capaz de dizê-la em voz alta.

Para terminar, fica um pedido para que vocês pensem se estão dizendo para todos os que são importantes para você o quanto vocês os ama. Mesmo que eles já saibam, diga de novo e de novo e de novo. Nunca é demais ouvir um “eu te amo”, acredite.

E, em nome da equipe, declaro que nós amamos vocês, leitores. Independente da forma como você acessa o blog - se comenta ou não, se lê todos os posts ou não, etc. -, você é importante para nós. Só pelo fato de você ler pelo menos um texto que publicamos aqui ficamos satisfeitos e com a sensação de trabalho cumprido.

Sempre lembre que alguém ama você exatamente como você é. Todos têm sua importância, ame-se e ame os que estão a sua volta. E diga em voz alta, sempre.