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[Resenha] Wolverine - Imortal, filme

11.8.13Michelle

por Michelle Gimenes

- "Wolverine - Imortal"
- "The Wolverine" (2013)
- Direção: 
James Mangold
- Roteiro: Chris Claremond, Christopher McQuarrie, Frank Miller
- Elenco: Hugh Jackman, Hal Yamanouchi, Rila Fukushima, Tao Okamoto, Svetlana Khodchenkova, entre outros.
- Ação/Aventura - 129 min - Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 26 de julho de 2013


Minicrítica - Resumo:


(atenção: contém spoilers dos filmes anteriores da saga X-Men)

Vivendo recluso na selva desde que teve que matar a amada Jean Grey (Famke Janssen), Wolverine (Hugh Jackman) se surpreende ao ser abordado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Logo descobre que ela foi enviada por seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que Logan conheceu há muito tempo e a quem salvou a vida. Yashida, agora bem idoso, pede que Wolverine o visite em seu leito de morte, no Japão, para que possa retribuir o gesto nobre do mutante com algo que ele há muito deseja e ninguém mais pode oferecer. 

Como boa fã das aventuras dos X-Men, eu estava aguardando esse novo capítulo da franquia em um misto de medo de decepção (devido ao péssimo voo solo do Wolverine no filme anterior) e altas expectativas (afinal, toda história dos mutantes me interessa). O resultado do meu encontro mais recente com o moço das garras de adamantium?


Clique abaixo para conferir ;)

Que “X-Men Origens: Wolverine” é ruim, ninguém duvida. Independente de ser fiel ou não aos quadrinhos, a história sobre a origem do Wolverine e de seu meio-irmão, o Dentes-de-Sabre, foi muito mal contada e nem as cenas de ação salvaram a produção (que foi até bem financeiramente). O próprio Hugh Jackman reconhece que "Origens" deixou a desejar e, ao que parece, o estúdio também pensa assim, já que o título original do novo filme é apenas “The Wolverine”, assim, sem parte 2, sem subtítulo (o que a distribuidora brasileira obviamente não foi capaz de manter), meio que ignorando o filme anterior.

Enfim... desta vez o herói vai ao Japão para encontrar o antigo conhecido de guerra (eles não estavam lutando do mesmo lado, mas isso não impediu Logan de proteger Yashida dos efeitos devastadores da bomba nuclear com seu próprio corpo – em uma cena sensacional logo no início do filme). A oferta? Tornar-se um mero mortal. Nada mais tentador para uma pessoa atormentada que já perdeu todos os entes queridos, não?


No entanto, esse ‘presente’ era de grego. Yashida, juntamente com Víbora (Svetlana Khodchenkova), tinha planos bem específicos e nem tão louváveis para a imortalidade do mutante. No meio da confusão provocada pela morte do patriarca, Wolverine acaba envolvido em uma trama de poder que inclui corrupção, ninjas, samurais e a Yakuza, tudo para proteger a peça mais valiosa do jogo: Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida e futura herdeira de seu império.

Mas e aí? O filme é bom?

Sim. Eu, pelo menos, gostei bastante. Para começar, o cenário é o Japão (talvez isso não faça muita diferença para vocês, mas eu sou louca por qualquer coisa com temática asiática). Como não apreciar as perseguições pelas ruas caóticas da metrópole, as excentricidades nipônicas (o que dizer do motel futurista e do atendimento veterinário de Wolverine?), a contrastante calmaria e a beleza natural dos povoados mais distantes que, no entanto, podem ser acessados pelos modernos trens-balas? Sem contar as cenas de luta bem coreografadas e com a beleza plástica dos clássicos orientais popularizados entre nós pelo belíssimo "O Tigre e o Dragão".


Outro acerto foi a exploração do ponto fraco e mais “humano” do Wolverine: seu grande coração. Apesar dos músculos, das garras e da cara de mau, Wolvy é muito amor. Carrega a infindável culpa por matar Jean, compra briga dos outros para proteger inocentes, busca vingança até para animais maltratados!

Infelizmente, o filme esta longe de ser perfeito. Para mim, tudo ia bem até os 20 minutos finais, quando o plano malévolo (e bem tosco) de Yashida é revelado. Não quero falar muito e entregar o final, mas achei o desfecho bem... seriado japonês anos 80. Se estivéssemos realmente na década perdida e se esse fosse um programa do tipo, OK. Acharia ótimo. Mas, como encerramento de filme, não me agradou. Na verdade, não sei que final alternativo eu colocaria, só sei que não seria esse.


Resumindo, achei o filme muito bonito visualmente, com um bom conflito inicial, dinâmico e cheio de combate, equilibrados com piadinhas típicas do galã mal-humorado. Ah... ainda tem uma cena após os créditos que anima qualquer fã da série. Quem curte filmes de ação não tem do que reclamar.

Nota final:
(4/5 conversinhas)  

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