Olá, crianças do meu coraçãozinho de chocolate derretido! Como vocês estão? Estão bem? Então, hoje eu to ÓTIMA e por isso resolvi falar de uma coisa da qual eu quase nunca falo (pelo menos aqui no blog). Hoje nós vamos falar de CARTAS.
Então, pra começar, queria compartilhar com vocês que estou numa fase literária da minha vidinha medíocre onde só escrevo cartas. Estou obcecada, afixionada e desesperada com isso (porquer vicia). Eu comecei com essa coisa há uns anos, e no princípio as cartas eram sem sequência, sempre com os mesmos dois personagens: a Joana e o Maurício. Às vezes eu escrevia cartas dele para ela, e às vezes fazia o contrário. Não tinha uma ordem cronológica e quando eu ficava muito feliz com os resultados, costumava publicar no tumblr.
Na época, Joana me refletia um pouco, era um lado meu que eu não conhecia, quase biográfico. Mas com o passar do tempo, ela foi ganhando sua própria forma, e criando laços com as cartas de Maurício de uma maneira que eu não achei que aconteceria. Como se ela ansiasse para que a próxima carta que eu escrevesse fosse uma resposta (real) para a que ela tinha acabado de escrever. Mais ou menos isso.
Na época, Joana me refletia um pouco, era um lado meu que eu não conhecia, quase biográfico. Mas com o passar do tempo, ela foi ganhando sua própria forma, e criando laços com as cartas de Maurício de uma maneira que eu não achei que aconteceria. Como se ela ansiasse para que a próxima carta que eu escrevesse fosse uma resposta (real) para a que ela tinha acabado de escrever. Mais ou menos isso.
Essa necessidade se expandiu, e meio que tomou conta do próprio Maurício também, que é uma mistura de inúmeras pessoas que eu conheço. Depois disso, mostrei as cartas para umas amigas e uma delas me disse que eu deveria criar um livro (aquele momento em que eu me sinto chocada por nunca ter ~~ pensado nisso antes ~~) em cima dos dois, como uma história com início, meio e fim efetivamente.
E eu resolvi fazer isso! Gente, vocês não sabem o quanto é libertador escrever cartas! *o* Às vezes elas são maiores, outras vezes parecem bilhetes, mas é como fugir de uma vez por todas daquela formatação clássica de todos os livros – porque a enorme maioria possui capítulos. E, além disso, dá pra escrever uma em qualquer tempo vago que você tiver. É como uma cena instantânea, não precisamos esperar para escrever o que mais queremos escrever, como a Dana fala. A gente pode escrever essa tal cena e depois encaixá-la no fluxo de cartas sem qualquer problema – até esse encaixe é mais fácil de conseguir.
Uma das dicas que eu dou é nunca passar do limite de uma folha de ofício. Claro que, se você sentir necessidade, por que não? Mas eu gosto de cartas sucintas, objetivas e claras (a clareza tem muitas formas, saibam disso).
PORÉM, isso divide opiniões. Vocês lembram do livro “Por isso a gente acabou”? O Paulo fez uma resenha aqui. O livro inteiro é uma única e longa (realmente longa) carta de Min para Ed, seu ex-namorado. É um exemplo e uma prova de que cartas são coisas subjetivas, cada um tem sua própria forma de falar com o outro.
E eu resolvi fazer isso! Gente, vocês não sabem o quanto é libertador escrever cartas! *o* Às vezes elas são maiores, outras vezes parecem bilhetes, mas é como fugir de uma vez por todas daquela formatação clássica de todos os livros – porque a enorme maioria possui capítulos. E, além disso, dá pra escrever uma em qualquer tempo vago que você tiver. É como uma cena instantânea, não precisamos esperar para escrever o que mais queremos escrever, como a Dana fala. A gente pode escrever essa tal cena e depois encaixá-la no fluxo de cartas sem qualquer problema – até esse encaixe é mais fácil de conseguir.
Uma das dicas que eu dou é nunca passar do limite de uma folha de ofício. Claro que, se você sentir necessidade, por que não? Mas eu gosto de cartas sucintas, objetivas e claras (a clareza tem muitas formas, saibam disso).
PORÉM, isso divide opiniões. Vocês lembram do livro “Por isso a gente acabou”? O Paulo fez uma resenha aqui. O livro inteiro é uma única e longa (realmente longa) carta de Min para Ed, seu ex-namorado. É um exemplo e uma prova de que cartas são coisas subjetivas, cada um tem sua própria forma de falar com o outro.
No entanto, existe um outro livro que é todo feito em bilhetes. “Minha Vida na Porta da Geladeira” é uma história de mãe e filha, que na falta de tempo para se falarem diretamente, se comunicam por bilhetes pregados na porta da geladeira de casa. Muito mais curto do que qualquer coisa que Min tenha escrito, mais curto do que minhas cartas da Joana e do Maurício, e mais curto ainda do que você poderia supor que seria necessário para criar uma história com início, meio e fim.
Conclusão:
Portanto, essa é uma ideia ótima para você que vive dizendo que não tem tempo para escrever. Dá pra escrever cartas em qualquer lugar, sem medo de ser feliz. Além disso, cada carta tem sua própria sequência interna, só três parágrafos e já há o tal do início, o fluxo do meio e o esperado desfecho – esse desfecho às vezes vem só na forma como a pessoa se despede, seja “com amor” ou só a assinatura. Isso depende de você, depende de quem segura a caneta.
Com um sorriso no rosto,
Igra.
Igra.
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4 comentários
Eu vivo escrevendo cartas. Troco correspondências com pessoas das mais diversas opiniões, tudo para crescer, e principalmente, desenvolver a espera. Não estou ao alcance de um clique, estou ao alcance do potencial do carteiro...
ResponderExcluirMe identifiquei com o tema do post! Adoro cartas, embora confesso que não escreva tantas ultimamente. Aliás, hoje, só troco cartas esporádicas com um amigo francês. Mas sempre troquei cartas com um amigo carioca (só que há anos estamos exclusivamente com e-mails por serem mais rapidinhos e práticos). Ainda assim, amo receber cartas, e qualquer coisa que seja através dos correios.
ResponderExcluirUm beijo, Livro Lab
Oiii! Adoreeeeei!
ResponderExcluirBeijos da sua irmã favorita!!
Gracinha, Igra!
ResponderExcluirEu escrevia cartinhas bilhetes etc quando tava namorando. O armário e a carteira do rapaz viviam cheios de papéis! rs
Mas há tempos mesmo não as envio a amigos...
Voltarei a fazer isso.
Texto divertido e estimulante!
:)
Beijo!
Thainá