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[Entrevista] Apreciação de Jamie Campbell Bower: de skate a Harry Potter
29.8.13Dana Martins
Hoje aqui no CC a entrevista é com o Jamie Campbell Bower, que faz o Jace no filme Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos. Você sabia que ele atuou em Harry Potter e Crepúsculo também? Já esteve até cantando em Sweeney Todd com o Johnny Depp. O fofinho badboy... Não, pera. HUAHA A verdade é que eu nunca fui com a cara dele. Até começar a ver como eles se referia a Cidade dos Ossos e, no fim das contas, como ele interpretou o Jace no filme. Ver que ele também canta e toca violão foi só a cereja no topo do bolo.
Abaixo você vai descobrir tudo isso e mais curiosidades nessa entrevista que ele deu para a Interview e nós traduzimos. Além de algumas fotos e um vídeo para a gente apreciar o que tem de bom.
Aperta play e se prepara para a entrevista. Indico pelo menos mais esse vídeo!
ENTREVISTA TRADUZIDA
JAMIE CAMPBELL BOWER: Oh, deus, minha primeira audição. Sim, foi para Harry Potter.
BROWN: Oh, sério? Parece que deu muito certo então.
JAMIE CAMPBELL BOWER: Não, não deu, porque eu era criança. Foi o primeiro filme de Harry Potter.
BROWN: Oh. Quem você queria interpretar?
CAMPBELL BOWER: Harry Potter!
BROWN: Eu não consigo imaginar você com cabelo preto.
CAMPBELL BOWER: Dá pra imaginar? Seria tão estranho. Uma agente de elenco veio na escola - eles enviaram agentes em várias escolas no Reino Unido - e escolheu alguns de nós. Eu tinha esquecido completamente disso. A gente tinha que dizer uma piada, eu disse uma bem grosseira. Eu contei uma piada sobre uma árvore de Natal sendo enfiada na bunda de uma fada. Meu deus...
BROWN: Eles riram?
CAMPBELL BOWER: Eles riram, sim. Mas eu não acho que esse tenha sido bem o material para Harry Potter. [risada]
BROWN: Você ficou arrasado?
CAMPBELL BOWER: Não, não fiquei arrasado. Eu estava muito ligado em skate. Eu ainda sou muito ligado em skate para poder ficar devastado por alguma coisa.
BROWN: Eles simplesmente ficaram com você na cabeça por seis anos?
CAMPBELL BOWER: Foi mais do que seis anos. Eu nem precisei fazer outra audição, eles na verdade apenas ligaram e falaram tipo, "Você quer fazer parte?" Eu fiquei tipo, "É claro que eu quero isso. Eu adoraria ser uma pequena parte disso. Seria fantástico." E foi assim.
BROWN: Você já foi até o Daniel Radcliffe, tipo - "Você roubou a minha vida!"
CAMPBELL BOWER: [risada] Não, não, não. Deus, não. Ele é um cara adorável. Não, nenhum ressentimento. [risada]
BROWN: Essa é a sua terceira frânquia de fantasia. Você deve estar concorrendo a algum tipo de recorde.
CAMPBELL BOWER: Por ser o maior filho da puta? [risada] As pessoas me perguntam se isso é uma carreira cinematográfica ou o que - e não é. Eu quis fazer parte de Harry Potter. Eu quis fazer parte do primeiro Crepúsculo e infelizmente não deu muito certo. Então eles voltaram atrás e foi tipo, "Você quer fazer um papel no segundo filme?" E eu tipo, "Totalmente." E então Instrumentos Mortais surgiu, mas enquanto filmava Cidade dos Ossos a gente não sabia que receberíamos cartão verde para outro filme - nós recebemos cartão verde antes mesmo do primeiro filme ser lançado, o que é louco.
BROWN: O que você mais gosta no seu personagem Jace?
CAMPBELL BOWER: Eu digo isso em um monte de entrevistas sobre o personagem, mas eu gosto da vulnerabilidade. Eu gosto disso sobre ele. Eu gosto do sarcasmo que ele tem. Eu gosto da força do personagem.
BROWM: Ele tem alguma qualidade que te perturba?
CAMPBELL BOWER: Sim, ele ser tão sarcástico o tempo inteiro - às vezes ele precisa virar um pouco mais homem. [risada] Eu na verdade meio que me apaixonei por ele, mas ele é tão focado em si que não percebe. [risada]
BROWM: Você leu todos os livros? Ou você não quer passar do primeiro com medo de isso mudar a forma como você interpreta o personagem?
CAMPBELL BOWER: Eu li todos. Eu estou esperando a Cassie [Cassandra Clare] lançar o último. Eu li os três primeiros quando me chamaram para fazer o teste e então, depois de conseguir o papel, eu li todos eles. Quando a gente estava filmando, eu foquei no primeiro livro. Isso não atrapalhou a minha visão - a grande coisa sobre literatura é que você está fazendo a sua própria interpretação do personagem de qualquer forma. E também, você está recebendo basicamente uma bíblia sobre quem esse cara é, então você está meio que dando um tiro no próprio pé se não ler.
BROWN: A série tem tantos livros, você já passou por um momento de "Oh deus, lá se vai os próximos seis anos da minha vida..."?
CAMPBELL BOWER: [risada] Olha, se eu tiver um trabalho pelos próximos seis anos da minha vida eu vou ser o filho da puta mais feliz do mundo. Eu não tenho ilusão - esse jogo é incrivelmente incostante, é assim que a indústria é, e estou bem ciente disso. Se eu puder fazer isso nos próximos seis anos, vai ser ótimo. Se eu não puder, tudo bem também. É bom que eles façam os próximos logo, no entanto, porque nós não vamos ficar mais novos e eu não sei por quanto tempo eu posso levar adiante. Se a gente fizer o último filme quando eu tiver 30 e fingindo ter 19, 20 - eu já estou parecendo um pouco velho agora - eu vou estar fodido.
BROWN: O seu agente te diz para ficar longe do sol?
CAMPBELL BOWER: Não, nunca. Eles sabem que se me falarem pra não fazer algo eu vou fazer isso. [risada] Eles já aprenderam isso, então eles não falam comigo até terem boas notícias. [risada]
BROWN: Você acha que Instrumentos Mortais apresenta uma visão não realista do amor?
CAMPBELL BOWER: Quer dizer, em nenhuma parte do filme Jace vira para a Clary e diz, "eu te amo." Isso é uma representação não realista? Eu acho que há vezes na vida que você é automaticamente levado a alguém e é estranho - você fica um pouco assustado. Eu acho que é isso que é representado. É algo mais profundo do que admiração estética, eu imagino. Eles não dizem que se amam, eles querem ficar juntos mas é difícil, com eles pensando que são irmãos eles precisam lidar com muita coisa. [risada] Essa parte não sei se é realista.
BROWN: Você leu algum livro young adult quando você era um young adult?
CAMPELL BOWER: Isso vai soar bem brega, mas tinha um livro chamado As Vidas de Christopher Chant [de Dianna Wynne Jones, 1988], que é muito, muito parecido com Harry Potter. Parecido demais, alguns dizem. Eu meio que gostei deles por um tempo. Eu sou uma criança errada, eu gosto de ficar do lado de fora, eu gosto de correr, eu gosto de fazer besteira. Então eu passava muito tempo fora de casa quando eu era criança, andando de skate e apenas sendo um desastre. Eu era obssecado por Dogtown - Eu ainda sou obssecado por Dogtown, os Z-Boys. Eu amo Stacy Peralta e Jay Adams e Andrew Reynolds, todos esses caras. Eu costumava pensar que eu era o Chad Muska.
BROWN: Você deveria fazer um filme sobre skate.
CAMPELL BOWER: Eu adoraria fazer um filme sobre skate. Seria fantástico. Filmes sobre esporte - como filmes de skate - são difíceis. O último bom que eu vi provavelmente foi da Catherine Hardwick, Os Reis de Dogtown (2005). Quer dizer, Rob Dyrdek fez um filme, mas é mais como documentário.
BROWN: Qual filme você adorava quando era criança?
CAMPELL BOWER: Oh meu deus, Waterworld - O Segredo das Águas (1995). Do Kevin Costner. Insano. Eu adorava. Eu e o meu primo Josh assistíamos isso o tempo inteiro. Nós amavamos o filme.
BROWN: Eu não sei nem o que isso é.
CAMPELL BOWER: Waterworld?! Está falando sério? Meu deus, vá assistir.
BROWN: Eu estou pesquisando isso agora. Foi nomeado a um Oscar! É um filme sério?
CAMPELL BOWER: Não é tão sério assim. É ele andando por aí em jetski e tal. Mas tem um passeio na Universal Studios de L.A. - a Waterworld ride. Você tem que ir. É muito bom.
BROWN: Eu só fui no Euro Disney.
CAMPELL BOWER: Euro Disney não é a minha vibe. Eu não tenho paciência para Disney, cara. Não é o meu tipo de coisa.
BROWN: Mas você consegue ter paciência pra o parque da Universal Studios?
CAMPELL BOWER: Sim, eles não estão fingindo estar tão felizes o tempo inteiro. [risada] Eu não me dou muito bem com pessoas fingindo estarem feliz. Quando eu tinha 16, eu fui com a minha namorada da época e a família dela pra Disney e eu fiquei mal humorado o tempo inteiro.
BROWN: Eu sei que você está em L.A. agora, mas você ainda mora em Londres?
CAMPELL BOWER: Eu moro por aí. Eu acabei de ver o que vai acontecer comigo, eu não vou voltar para Inglaterra por mais de uma semana entre agora e março do ano que vem, eu acho, o que é louco. Até lá o meu aluguel já vai ter acabado! [risada] Eu estou gostando de viver sem casa.
BROWN: Você não sente falta da sua família e amigos?
CAMPELL BOWER: Eu tenho os melhores amigos do mundo. Eu sinto falta dos meus amigos, eu sinto falta da minha família, mas eles sempre vêm e me visitam. Eu fui para escola interna no interior então não há diferença entre família e amigos. Eu fui pra lá desde os 8 até os 17 - o que é louco. Se você ganha a minha amizade, você é a minha família e eu vou fazer tudo por você.
BROWN: É anormal para pessoas da sua escola virarem atores?
CAMPELL BOWER: Daniel Day Lewis estudou lá. Juno Temple estava no meu ano. Lily Allen estudou lá. A banda The Kooks estudou lá. Minnie Driver. Há alguns de nós virarem atores, mas não é uma escola disso, é apenas incrivelmente liberal e deixa o indivíduo fazer o que quer que queira. [risada]
BROWM: Você lembra a sua pior audição?
CAMPELL BOWER: Sim, eu entrei na sala errada. Eles começaram tipo, "Eu vejo que você foi para a Royal Shakespeare Company." Eu fiquei tipo, "Ai meu deus, meu agente inventou tudo isso, apenas disse isso para eu poder fazer a audição." Então eu fiquei tipo, "É, É, foi ótimo." - me afundando mais e mais em um buraco. E então uma garota entra e eu tipo, "Que porra é essa que tá acontecendo?" E eles tipo, "Certo, nós vamos ler a cena da sacada." Era uma audição para Romeu e Julieta. [risada] Eu fiquei tipo, "Hm, acho que eu não devia estar aqui, me desculpe." [risada] Eu literalmente corri para fora da sala.
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2 comentários
Achei o Jamie tão pé no chão. Pena que Cidade dos Ossos não deu certo.
ResponderExcluirHUHAUAHUAH esse comentário resume tudo
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