A Elite se mostra mais do que simplesmente o segundo volume de uma trilogia. O livro é uma prova de que a autora está realmente preocupada sobre como irá guiar sua história até o final da série. Se você gostou do primeiro livro, A Seleção, com certeza vai aprovar o segundo. Mas, se assim como eu, não achou tão bom, deve dar uma chance para perceber como a autora evoluiu a trama nos mais diversos aspectos.
Neste livro, America Singer se encontra entre a elite, o grupo de garotas que sobreviveram à primeira parte da seleção e ainda competem pelo coração do príncipe Maxon. Mas estar nessa posição é mais difícil do que parece, principalmente quando um mundo de desafios, intrigas e dúvidas se estende ao seu redor. Afinal, será que America serviria para ser a princesa de Illéa, mesmo quando todos parecem pensar o contrário?
Neste livro, America Singer se encontra entre a elite, o grupo de garotas que sobreviveram à primeira parte da seleção e ainda competem pelo coração do príncipe Maxon. Mas estar nessa posição é mais difícil do que parece, principalmente quando um mundo de desafios, intrigas e dúvidas se estende ao seu redor. Afinal, será que America serviria para ser a princesa de Illéa, mesmo quando todos parecem pensar o contrário?
Quando comprei A Seleção, o primeiro volume da série, estava totalmente empolgado com a premissa. Ele tinha várias características que eu gosto em um livro: distopia, monarquia, competição, personagem que muda completamente de vida... A expectativa foi tão grande que me decepcionei ao encontrar um livro diferente do que esperava. O fato de ter romance demais fez com que tudo o que citei acima ficasse em segundo plano, me deixando frustrado e sentindo certo ódio pela série. De qualquer forma, o final foi tão agonizante que, ao mesmo tempo em que desejava uma morte lenta e dolorosa para a protagonista, queria saber o que aconteceria com ela mais adiante. Resumindo, A Seleção mexeu com meus sentimentos de uma forma não muito agradável.
E então, surge a oportunidade de ler A Elite. Mesmo com medo, a curiosidade falou mais alto, aceitei o desafio e, pasmem, acabei me surpreendendo com a leitura. Talvez a decepção que o primeiro volume da série me trouxe acabou sendo útil na hora de ler o segundo, pois eu já estava familiarizado com os defeitos da história e não fui surpreendido por eles, podendo assim aproveitar muito mais o que o livro tinha de bom a oferecer.
A Elite começa praticamente no ponto em que seu antecessor terminou e traz alguns rastros negativos do final do primeiro livro. A protagonista, America Singer, ainda vive o drama do triângulo amoroso, que é o foco da primeira parte da narrativa. A cada capítulo, a jovem parece decidir entre um de seus pretendentes – Maxon, o príncipe, e Aspen, o plebeu. Parece que a autora se preocupou tanto em mostrar as dúvidas da garota que não percebeu que estava sendo exagerada, de forma a incomodar a leitura. Não precisava fazer a America trocar de namorado a cada capítulo, dona Kiera Cass, nós já entendemos que ela está confusa.
Mas, por sorte, isso aconteceu só a princípio. Alguns capítulos depois, a autora voltou a desenvolver o que realmente interessa, a história, que, por sinal, está bem melhor desenvolvida do que antes. Elementos como o lado distópico da trama, por exemplo, tiveram mais destaque neste livro. Fui um dos que reclamou da falta desse aspecto em particular em A Seleção, acusei de propaganda enganosa e tudo mais, porém foi bom ver que eu estava (parcialmente) enganado.
Outro fator presente em A Elite que trouxe uma melhora notável à série é a variedade de conflitos vividos por America no palácio. E estou falando de conflitos de verdade, muito maiores do que uma garota cobiçar o vestido da outra, tipo de coisa que acontecia anteriormente. Envolvidos ou não com a competição, muitos problemas cercam e perturbam a protagonista, como distúrbios sociais no reino de Illéa e intrigas e mistérios dentro do próprio castelo. O envolvimento da protagonista com esses fatores é o que proporciona o bom ritmo que o livro possui.
A construção dos personagens está ainda melhor do que antes. Cada um apresenta características únicas, e até a protagonista, que era bem “aguada” no começo, mostrou um bom desenvolvimento. Algumas de suas atitudes no final do livro me surpreenderam: America parou de ser uma mocinha frágil e finalmente começou a mostrar atitude. Há também alguns personagens novos, que trazem ao mesmo tempo frescor e tensão à história.
Ah, e como não daria pra deixar de comentar, a edição de A Elite ficou incrível. Assim como em A Seleção, tudo está impecável: capa, texto, diagramação, impressão... É um daqueles livros que vale a pena ter na estante pela beleza e qualidade que possui.
Sobre a nota: A Elite é claramente melhor do que seu antecessor e, por isso, merece uma boa nota. É ótimo ver a preocupação da autora em tentar desenvolver cada vez mais a trama, e ainda melhor saber que ela está conseguindo. Mesmo com seus defeitos, o livro te prende e deixa ansioso para obter algumas respostas na conclusão da trilogia. E, quando uma série consegue fazer isso de forma coerente, é porque é de boa qualidade.
E então, surge a oportunidade de ler A Elite. Mesmo com medo, a curiosidade falou mais alto, aceitei o desafio e, pasmem, acabei me surpreendendo com a leitura. Talvez a decepção que o primeiro volume da série me trouxe acabou sendo útil na hora de ler o segundo, pois eu já estava familiarizado com os defeitos da história e não fui surpreendido por eles, podendo assim aproveitar muito mais o que o livro tinha de bom a oferecer.
A Elite começa praticamente no ponto em que seu antecessor terminou e traz alguns rastros negativos do final do primeiro livro. A protagonista, America Singer, ainda vive o drama do triângulo amoroso, que é o foco da primeira parte da narrativa. A cada capítulo, a jovem parece decidir entre um de seus pretendentes – Maxon, o príncipe, e Aspen, o plebeu. Parece que a autora se preocupou tanto em mostrar as dúvidas da garota que não percebeu que estava sendo exagerada, de forma a incomodar a leitura. Não precisava fazer a America trocar de namorado a cada capítulo, dona Kiera Cass, nós já entendemos que ela está confusa.
Mas, por sorte, isso aconteceu só a princípio. Alguns capítulos depois, a autora voltou a desenvolver o que realmente interessa, a história, que, por sinal, está bem melhor desenvolvida do que antes. Elementos como o lado distópico da trama, por exemplo, tiveram mais destaque neste livro. Fui um dos que reclamou da falta desse aspecto em particular em A Seleção, acusei de propaganda enganosa e tudo mais, porém foi bom ver que eu estava (parcialmente) enganado.
Ok, ok... vamos pular essa parte. |
A construção dos personagens está ainda melhor do que antes. Cada um apresenta características únicas, e até a protagonista, que era bem “aguada” no começo, mostrou um bom desenvolvimento. Algumas de suas atitudes no final do livro me surpreenderam: America parou de ser uma mocinha frágil e finalmente começou a mostrar atitude. Há também alguns personagens novos, que trazem ao mesmo tempo frescor e tensão à história.
Ah, e como não daria pra deixar de comentar, a edição de A Elite ficou incrível. Assim como em A Seleção, tudo está impecável: capa, texto, diagramação, impressão... É um daqueles livros que vale a pena ter na estante pela beleza e qualidade que possui.
[imagem original aqui] |
Classificação:
(4/5 conversinhas)
|
- Livro: "A Elite"
- No skoob
Esse livro foi oferecimento da nossa parceira, a Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras. Muito obrigado! (inclusive por renovar as esperanças deste leitor com a série <3)
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1 comentários
Na maior expectativa em relação a este livro.
ResponderExcluirBjs, Rose.