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#TeoremaJohnGreen: Por que ler O Teorema Katherine?

26.3.13Paulo V.



Olá! Esse é o segundo* dia da Semana John Green (ou Semana #TeoremaJohnGreen, como preferir) e hoje iremos falar de “O Teorema Katherine”, o livro em si.
* (quase terceiro)

Confesso que eu demorei um bom tempo para decidir o que exatamente eu falaria no post de hoje. Eu gostei tanto desse livro e ele tem tantas coisas geniais que eu não conseguiria focar em um único elemento. A solução foi falar de tudo o que eu gostei do livro (anagramas, notas de rodapé, personagens...).

Antes de ler, eu sempre via alguém falando “Ah, ‘O Teorema Katherine’ é o livro mais diferente do John” e eu mesmo disse isso durante e após a minha leitura. Mas por que ele é diferente? E os livros do John Green são ótimos, será que um livro dele que segue um estilo diferente merece ser lido? A minha resposta é sim, saiba por que ler “Katherines” depois do “pulo”.



Meu maior medo quando vejo alguém falando que “O Teorema Katherine” é um livro diferente do John é que as pessoas entendam isso como algo ruim e não leiam.

 O livro é, de fato, diferente dos outros do John Green. Mas de forma alguma isso é negativo, tanto que ele é, provavelmente, o meu favorito do autor. A narrativa, os personagens, a mensagem, a história – enfim, tudo nele é bom.

Lá fora, “An Abundance of Katherines” é o menos prestigiado romance do John Green, então, para que isso não se repita aqui, vai uma lista dos motivos que vocês devem ler o livro.


1) História


Obviamente, esse é o fator mais importante, afinal, é isso que desperta (ou não) o interesse de um leitor. Fiquem com a sinopse oficial, que está no site da Intrínseca.

"Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera."

2) Narrativa

Esse é o John Green. (e essa foto é desse vídeo, assistam)

Acredito que esse é o ponto alto do livro, afinal, o John Green tem um grande talento com as palavras. Mas a narrativa é diferente (olha o “diferente” voltando a ser mencionado) dos outros livros, porque ele é escrito em terceira pessoa, enquanto os outros são em primeira.

A narração em terceira pessoa combinou muito com o estilo do livro, que é mais descontraído* que os outros. O tom do livro fez com que em vários momentos eu escutasse o John lendo o livro na minha cabeça.
*Mas atenção: o fato do livro ser mais descontraído não quer dizer que ele não tem ótimos momentos de reflexão como os outros.

E narração tem algo que a deixa mais especial: as notas de rodapé. Eu adoro ver essas notinhas num livro e combinou muito com Katherines, porque explicar tudo direitinho e acrescentar detalhes e fatos interessantes* é algo que o Colin faria se fosse ele narrando a história.
*pensando bem, se fosse o Colin narrando, a maior parte seria de fatos desinteressantes.

Aliás, existe um motivo para o Colin não ser o narrador. Em algumas passagens do livro, deixam claro que o protagonista não tem nenhum talento como contador de histórias, porque ele começa a divagar e foge do fio principal. Por conta disso, foi bom ele ter deixado o John Green narrar, afinal, como ia dar certo um livro em que o narrador não sabe como contar uma história?

3) Personagens

De cima para baixo, Colin, Hassan e Lindsey

Acabei de perceber que eu menti no item anterior. Não posso dizer que a narrativa é o ponto alto do livro quando penso nos personagens; os dois são igualmente bons. O John Green é mestre em fazer personagens cativantes, reais e que você gostaria que fossem seus amigos.

Não vou me prolongar falando do Colin, do Hassan (melhor amigo do Colin) e da Lindsey (a menina que eles conhecem na road trip) porque hoje teve um post sobre o tema (confira aqui), mas devo dizer que todos são ótimos, cada um da sua maneira.

O Colin é aquele que está passando por um momento de dúvidas, porque perdeu todo o prestígio que teve durante a maior parte da sua vida e acabou de levar um pé na bunda. O Hassan é o engraçadinho, aquele que todo mundo gosta e acha simpático. A Lindsey é mais decidida, ela sabe como quer passar o resto da vida e não tem muita ambição. Mas isso tudo é só o que eles aparentam ser. No fundo, todos eles têm suas dúvidas internas e estão perdidos – eles são como qualquer outra pessoa de 17 anos.

4) Matemática


Se eu não tivesse lido Katherines e alguém me dissesse que matemática é um motivo para lê-lo, eu riria. Sério. Eu não sou o maior fã de matemática e sou péssimo no assunto, mas eu gostei da matemática no livro!

É importante falar que a matemática é importante para a história, mas ela não está presente em todas as páginas. Ela é só um detalhe, e você nem precisa entender matemática para entender o livro e qual é a função do teorema criado pelo Colin. No entanto, se você gosta e/ou entende matemática, no final tem um apêndice que explica perfeitamente a parte matemática da história.

5) Tradução
 
Essa é a tradutora do livro! :D (fonte)

Ler o livro na língua original é sempre a melhor opção, porque muita coisa se perde ou é modificada na tradução, mas os livros do John Green podem ser lidos em português sem medo.

A tradutora de “O Teorema Katherine” é a mesma de “A culpa é das estrelas”, Renata Pettengill, e mais uma vez ela fez um bom trabalho. Livros YA costumam ser delicados de traduzir por causa das expressões usadas e Katherines ainda tinha mais um problema, os anagramas.

Eu tenho livro em inglês e sempre que aparecia um anagrama eu olhava como era o original. Obviamente, nem todos os anagramas em português tem o mesmo significado dos anagramas em inglês, mas as soluções encontradas na tradução são boas e criativas. Ponto para a tradutora!

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Esses não são os únicos motivos para ler “O Teorema Katherine” (eu poderia ficar aqui falando sobre as mensagens do livro e como as cenas na caverna são boas por horas), mas vou ficar por aqui. Aliás, o fato do livro ser do John Green já deveria ser motivo suficiente para qualquer um ler. Haha

Por hoje é só. Vejam quais foram as postagens dos blogs principais aqui e não se esqueçam de participar da nossa promoção! Até amanhã! :D
(e não se esqueçam: LEIAM KATHERINES!!!)

- paulo v. santana


(esse post faz parte do especial Semana John Green)

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2 comentários

  1. "No fundo, todos eles têm suas dúvidas internas e estão perdidos – eles são como qualquer outra pessoa de 17 anos." Como eu me identifiquei! x.x haha.
    Poisé! Só o fato do livro ser do John Green já é um motivo suficiente para se ler um livro, hehe.
    Não vejo a hora de ler "O Teorema Katherine". *-*

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  2. É um ótimo livro. Um romance empolgante e ao mesmo tempo melancólico até.Esse livro lava a alma :DDD

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