Pensei em fazer uma resenha, mas a Igra já tinha feito a dela e eu tinha que concluir o que comecei nessa coluna, né? Depois do que eu disse lá no Primeiras Impressões, a minha opinião mudou e não mudou.
Eu ADOREI a história do livro, é com certeza a melhor parte. Como eu falei lá na resenha de A Viagem, ultimamente eu tenho procurado histórias que refletem o "quem sou eu?" e "eu tenho controle sobre a minha vida?" com um lado de ficção científica, e o livro trabalha bastante isso.
A história é basicamente sobre um bando de garotos presos no meio de um labirinto onde seres metade animal metade máquina esperam. Só que a situação não é apenas sobre eles se esconderem na área protegida no meio e tentarem entender o labirinto, coisas muito estranhas indicam que eles fazem parte de uma experiência bizarra. Isso não é nenhum spoiler, desde o início do livro isso é dito. A cada mês um novo garoto chega na "caixa", tipo um elevador no centro da área segura. Eles têm energia, recebem comida e podem pedir coisas que precisam.
Ah, e eles mais ou menos não lembram de nada antes dali. Quer dizer, é como se eles lembrassem e ao mesmo tempo as lembranças não fizessem sentido. Eles sabem o que é uma árvore ao ver uma, sabem falar, sabem até o que é uma televisão mesmo que não possam dizer quando e como usaram uma. Então todo mundo sabe que aquilo ali não é a vida normal, mas também não sabem por que estão ali.
Isso é basicamente o mistério colocado no início do livro - ou até na sinopse - e o que prende a gente até o final. Pequenos fatos não se encaixam, coisas estranhas acontecem e ninguém sabe explicar nada. Para piorar, como o protagonista (Thomas) acabou de chegar pela caixa, ele não sabe nada sobre nada. Do início ao fim você está montando o quebra-cabeça e vira uma página atrás da outra querendo entender a situação.
A história praticamente se sustenta sozinha e é por causa dela que eu acho que falam tão bem do livro. Agora o resto...
O problema com as descrições que eu falei no Primeiras Impressões continua. É claro que com o andar da história o cenário fica estabelecido e o autor não precisa perder tempo nos enrolando com listas de mercado ou comparações aleatórias para descrever nariz alheio ("parece um limão..."). Mas o desenvolvimento deixa muito a desejar.
A maior parte dos mistérios você não descobre, são jogados na sua cara. A resolução do "enigma" está para o livro assim como motherlode está para o The Sims, um cheat safado para resolver tudo de uma hora para outra. E isso poderia até passar - já que é um recurso do livro -, mas outras conclusões eu não sei nem de onde saíram.
Enfim, a história é muito boa e é por ela que indico o livro e quero ler as continuações para descobrir wtf é isso tudo. O ruim mesmo é que poderia ser algo do tamanho de Jogos Vorazes escrito por um autor melhor, ou pelo menos tão bom de ler quanto "A Culpa é das Estrelas".
Sobre a nota: O autor merece mais de 100% por tudo o que ele criou, mas a execução chega a uns 50%. Eu to dizendo é que as ideias e elementos que ele tenta encaixar (formação da mini-sociedade, forma que os personagens reagem, enigma do labirinto, construção do mundo e até vocabulário próprio ele inventou) são realmente MUITO bons, mas não foram tão bem alinhados quanto poderiam ser. Como um entretenimento sem compromisso, a gente passa por cima disso.
A história é basicamente sobre um bando de garotos presos no meio de um labirinto onde seres metade animal metade máquina esperam. Só que a situação não é apenas sobre eles se esconderem na área protegida no meio e tentarem entender o labirinto, coisas muito estranhas indicam que eles fazem parte de uma experiência bizarra. Isso não é nenhum spoiler, desde o início do livro isso é dito. A cada mês um novo garoto chega na "caixa", tipo um elevador no centro da área segura. Eles têm energia, recebem comida e podem pedir coisas que precisam.
Ah, e eles mais ou menos não lembram de nada antes dali. Quer dizer, é como se eles lembrassem e ao mesmo tempo as lembranças não fizessem sentido. Eles sabem o que é uma árvore ao ver uma, sabem falar, sabem até o que é uma televisão mesmo que não possam dizer quando e como usaram uma. Então todo mundo sabe que aquilo ali não é a vida normal, mas também não sabem por que estão ali.
Acho que as paredes são ainda mais altas... |
A história praticamente se sustenta sozinha e é por causa dela que eu acho que falam tão bem do livro. Agora o resto...
O problema com as descrições que eu falei no Primeiras Impressões continua. É claro que com o andar da história o cenário fica estabelecido e o autor não precisa perder tempo nos enrolando com listas de mercado ou comparações aleatórias para descrever nariz alheio ("parece um limão..."). Mas o desenvolvimento deixa muito a desejar.
A maior parte dos mistérios você não descobre, são jogados na sua cara. A resolução do "enigma" está para o livro assim como motherlode está para o The Sims, um cheat safado para resolver tudo de uma hora para outra. E isso poderia até passar - já que é um recurso do livro -, mas outras conclusões eu não sei nem de onde saíram.
Enfim, a história é muito boa e é por ela que indico o livro e quero ler as continuações para descobrir wtf é isso tudo. O ruim mesmo é que poderia ser algo do tamanho de Jogos Vorazes escrito por um autor melhor, ou pelo menos tão bom de ler quanto "A Culpa é das Estrelas".
Sobre a nota: O autor merece mais de 100% por tudo o que ele criou, mas a execução chega a uns 50%. Eu to dizendo é que as ideias e elementos que ele tenta encaixar (formação da mini-sociedade, forma que os personagens reagem, enigma do labirinto, construção do mundo e até vocabulário próprio ele inventou) são realmente MUITO bons, mas não foram tão bem alinhados quanto poderiam ser. Como um entretenimento sem compromisso, a gente passa por cima disso.
Classificação:
(3,5/5 conversinhas)
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1 comentários
Oi Dana :D
ResponderExcluirQue bom que sua opinião sobre o livro melhorou! (pelo menos um pouco UAHUAH). Sempre que vejo resenhas de Maze Runner as pessoas elogiam muito a ambientação da história e o mistério de onde ela vai levar. Tenho vontade de ler só pra ver se a coisa toda é mesmo tão agoniante assim.
Pretendo ler o livro ainda esse ano, e se eu o fizer volto aqui pra comparar minha opinião com a sua (adoro fazer isso. Sempre procuro resenhas depois de ler pra despejar tudo que pensei sobre o livro com alguém x) Lembro que quando eu li A Seleção estava doido, procurando alguém que me entendesse, e aí, depois de um tempão procurando, eu acho o vídeo da Marina Moura que é bem parecido com a minha opinião. Foi mágico! Mas enfim).
Estou adorando essa coluna! Façam com mais livros \o/
Abraços e parabéns pelo post :D