“Remember, remember the fifth of November, gunpowder, treason, and plot, I know of no reason why the gunpowder treason should ever be forgot!”
Em um passado alternativo que se parece muito com o nosso presente, a sociedade inglesa é controlada por patifes que dominam a população sem que ela faça absolutamente nada a respeito. Mas tudo muda quando V aparece para concretizar sua vingança e mudar o mundo.
Se você nunca leu "V de Vingança", nem assistiu o filme, hoje é um ótimo dia para começar; esse é o dia em que os fãs se reúnem para demonstrar seu orgulho e homenagear a serie gráfica de todas as maneiras que estão ao seu alcance, e eu (Ana Marques), claro, não pude ficar de fora!
Por que dia cinco de novembro? No mundo real, na Inglaterra de 1570, Guy Fawkes foi um soldado católico revolucionário, que participava de uma trama chamada “Conspiração da Pólvora” na qual pretendia assassinar o rei protestante James I. Guy era responsável por guardar a pólvora que serviria para explodir o parlamento inglês e devolver ao povo o que era do povo: O direito de ser livre.
No entanto, ele foi traído, capturado, e torturado por uma semana, até que finalmente assumiu a conspiração e foi assassinado. E sua captura é celebrada até hoje no dia 5 de novembro, em uma festa chamada ‘A noite da fogueira’, no qual bonecos com seu rosto são queimados, e o verso, que é citado no começo do post e que esta entrelaçado tão profundamente a trama de "V de Vingança", foi criado a partir desse dia.
Na trama o personagem V é um anarquista que usa a máscara de Guy Fawkes, por que ele, diferente dos outros, consegue ver que a morte do até então considerado vilão não foi de forma alguma uma vitória para o povo, e sim a derrota do poder e de sua união, a vitória da coroa e da submissão. Então, ele inicia uma trama teatral para derrubar o estado e conseguir concretizar os planos de Cinco de Novembro.
A história foi publicada inicialmente em 1982, durante um período politico suficientemente complicado da Inglaterra, pela editora britânica Warrior, em preto e branco, mas não foi finalizado, devido a constante pressão política. Em 1988, incentivados pela DC Comics (acho que V e Watchmen foram as únicas coisas decentes que a DC “fez” em sua história), os meus amados Alan Moore e David Lloyd retomaram a série tornando-a colorida e dando um final (magistral, a propósito).
A obra foi influente por todo o mundo, incentivando na criação de diversos grupos que se alto denominam anarquistas, como os “Anonymous”, principalmente após o lançamento do filme de 2006 dirigido por James McTeige , pois abriu os olhos de muita gente sobre a caracterizando da nossa sociedade, de forma mundial, e mostrou que algo tem que ser feito. Se as decisões a serem tomadas devem ser tão extremas quanto as de V? Talvez não. Mas a obra e sua trama teatral deveras exagerada servem apenas para nos mostrar que uma pessoa pode sim mudar o mundo e tudo a sua volta. Mostra que ideologia é algo contagiante, e que nós não
devemos nunca nos render! O quanto será que a trama, situada em um passado nunca existente, não tem a ver e não reflete a forma que nós vivemos hoje? O quanto será que nós de fato não somos manipulados pela mídia, pelo governo?
Mas talvez essa seja uma análise para outro post! Hoje é um dia de comemoração para que nós nunca deixemos de lembra de Cinco de Novembro, a traição, a pólvora e a reflexão que isso deve nós trazer!
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2 comentários
Muito bom o post, a priori um texto muito bom.... parabéns! Quando estiver com mais tempo disponível faço um comentário proporcional ao texto.
ResponderExcluirSempre me interessei em ler a série ou em assitir ao filme esse post era o que faltava para completar essa vontade. Acabei de ler a série e estou escrevendo esse comentário para dizer que adorei!É o tipo de leitura que realmente abre nossa mente e nos faz refletir...Muito obrigada pela indicação!Em homenagem a V vou assinar essse comentário como "Anônimo"...
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