por Dana Martins
- Divergente - Livro 1
- Autora: Veronica Roth
- Editora: Rocco
- Autora: Veronica Roth
- Editora: Rocco
- No skoob
- Continua em: Insurgent (2012, ainda não lançado no Brasil) e ainda sem título.
Mini-crítica:
- Continua em: Insurgent (2012, ainda não lançado no Brasil) e ainda sem título.
Mini-crítica:
Em um futuro remoto, a sociedade se divide em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição. Algo como as casas de Hogwarts, mas que é para a sua vida inteira. Se você escolhe Erudição, vai passar a vida aprofundando os conhecimentos com as outras pessoas que escolheram isso (eles são a sua família!) e levar as regras dessa facção até o limite. Beatrice está com 16 anos e chegou a hora de escolher para qual quer entrar. A história desse primeiro livro, Divergente, é sobre o processo de iniciação que ela passa na facção escolhida, que é tipo um campeonato para se certificar de que ela vai viver de acordo com as regras daquela facção. É um livro YA daqueles viciantes, com personagens legais e uma ação que envolve totalmente. Se você gosta de ficção científica e histórias YA, com certeza é uma indicação.
Quer saber mais? Clique abaixo para conferir a resenha completa.
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções - Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição - e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível.Atenção: Evite ler a sinopse da Rocco e seguir as propagandas da Rocco do livro, porque elas têm spoiler. :/
Todos os jovens aos 16 anos passam por um teste de "vocação" para descobrir qual é a sua facção e essa é a vez de Beatrice, que cresceu com os pais na Abnegação e está em dúvida quanto a qual caminho seguir. E em mundo onde o lema é "facção antes da família", é mais complicado ainda. Mas ela vai ter que escolher.
Divergente é mais um livro sobre futuro e sociedade diferente, mas não “apenas mais um livro”. Divergente veio para acrescentar. O principal diferencial está na ação, mas os personagens também são interessantes. Além disso, não é aquele livro só de introdução para a série, é um livro que mostra o fortalecimento da personagem principal. O clássico dos livros YA: quem eu sou?
Aqui comparando com Destino (Matched): os dois são livros que mostram uma personagem se transformando a ponto de desafiar a sociedade em que vive (sendo séries, sem a conclusão das consequências disso). Em Destino essa transformação é lenta e representada por um triângulo amoroso típico de YA, como diria a autora Carrie Ryan, que fica muito no plano psicológico. Já em Divergente essa transformação é representada pela iniciação na facção que ela escolheu, então passa do psicológico para os acontecimentos em si e nós observamos como a transformação acontece.
A parte das facções é muito legal. Como diz na sinopse, cada um tem que escolher uma e passar a viver de acordo com ela, mas antes precisa passar por uma série de testes para ver se é mesmo capaz de fazer parte daquela facção. Em outra palavras, do que adianta ser da Franqueza se você mente por aí? Então tem que ser testado até o limite para ver se não vai mesmo mentir nunca. Nós só conhecemos o processo da facção da Tris (Beatrice), mas é muito divertido e diferente (não vou comentar para evitar spoilers).
Depois da iniciação, nós vemos de verdade como ela mudou, se transformando em uma das minhas personagens preferidas. Tris é uma garota forte e, ao mesmo tempo, com falhas, mas tudo isso faz ela ser quem é. Também tem os outros personagens, o Four, a Christina, o Will, o Al… eles não são tão profundos tipo em Sangue Quente, mas nem de longe tão superficiais quanto em Destino. Todos eles têm uma história própria e características particulares. Uma coisa interessante é que a autora, Veronica Roth, consegue equilibrar bem as características de modo que eles não são bons nem maus, são mais humanos.
*A Tris é tão boa que às vezes fazem fanart pra ela usando imagem de uma das personagens mais fortes e marcantes da história, a Lara Croft (não do mundo dos livros, mas personagem épica é personagem épica em qualquer canto).
Na história está sempre acontecendo algo, porque é uma competição para entrar na facção e você fica torcendo pelos personagens. Ainda tem "subtramas", tipo a da família dela, os furos na sociedade que a Tris vai encontrando e o segredo dela que coloca tudo em risco.
Para os apaixonados de plantão, há romance no livro, mas não é nem o foco e deixa a desejar. Infelizmente, Veronica Roth não é tão boa descrevendo beijos quanto descrevendo gente pulando de prédio. De qualquer forma, o livro não é sobre isso e não ameaça nem um pouco estragar o que a ação do livro construiu (e eu já vi até gente falando que adorou o romance). E, quando eu digo ação, só lendo para ter ideia de como é. Poucas vezes um livro consegue me fazer esquecer totalmente do mundo e participar tanto do que está acontecendo. Juro que eu pulei de um prédio lendo esse livro.
>>>Divergente é distopia?
É mais distopia do que muita coisa que as pessoas dizem que é por aí (tipo Gone), mas é um pouco diferente. O mundo dela é mais um mundo com regras muito duras do que um mundo opressor. Eles têm até bastante liberdade, mesmo que precisem escolher uma facção para o resto da vida e passar por um teste louco para fazer parte dela (é quase como o vestibular, só que mais eficaz). Além disso, esse primeiro livro é muito mais focado no teste pelo qual a Tris passa do que em criticar a sociedade, o próprio grande segredo dela só tem mais destaque para o fim. (Spoiler de Jogos Vorazes) Acho que é quase uma versão em grande escala do distrito treze. (Fim do Spoiler de Jogos Vorazes) Por enquanto, está a anos-luz de uma distopia tradicional e perto de uma distopia YA.
Sobre a nota: Jogos Vorazes tem 5 e é o meu preferido, então esse ganha 4,5.
Classificação:
(4,5/5 conversinhas)
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3 comentários
Hey, Dana!
ResponderExcluirSério, não me lembro do motivo de não ter pesquisado mais sobre esse livro antes. Eu vi a capa em algum lugar (no Skoob, acho...) e achei incrível. Mas nem cheguei a ler a sinopse D:
Adorei a resenha e o livro parece ótimo. Eu simplesmente AMO essa coisa de separar os personagens em facções/casas/clãs/etc, tanto em livros quanto em filmes (Naruto o/). E achei muito interessante o livro focar nos testes que ela faz para entrar em uma delas.
Estou muito ansioso para ler "Divergente". Sério. Depois de tantos elogios e de uma nota tão boa, acho meio impossível não ficar né HAHA
Enfim, espero comprar/pegar emprestado logo! Assim que eu ler o livro digo o que achei (:
Abraços <: E parabéns pela resenha ♥
Mesmo não acreditando, como as propagandas da Rocco dizem, que é como THG, quero ler esse livro pra conhecer a história, pois sinceramente, a sinopse me chamou a atenção. Parabéns pela resenha, e me convenceu a ler mesmo Divergente... sobre a capa, linda, linda!
ResponderExcluirAbraços, Joshua
Eu queeeeeeeeero!
ResponderExcluirSe não estava tão animada assim para Divergente, isso acabou de mudar! (personagem retratada como Lara Croft?*corre pra ler isso*)
Hahaha, mas sem brincadeira, a resenha ficou ótima, super me animou. Gosto de personagens fortes e que crescem na história, e honestamente, estou precisando pular de um prédio com algum livro pra sair dessa ressaca. E ainda bem que nem parei para ver o que a Rocco estava aprontando com o livro! Eu não entendo qual é a dessas editoras dando spoilers de graça assim ;/
Beijitos