Heey! Mais indicação de distopia aqui no CC. Nós adoramos e sempre acabamos falando disso, então um "Três livros sobre..." é mais do que válido, né? Se você fica perdido na definição de distopia (todo mundo fica, até porque não existe algo certinho), nós já falamos no Centro de Treinamento e fizemos um post em que a autora Julie Kagawa ajuda a diferenciar Distópico de Pós-Apocalíptico. Além disso, esse mês está acontecendo a Dominação Distópica lá no NUPE, se você ainda não viu, corre lá.
*Essa é uma coluna da Iris Figueiredo no Literalmente Falando, chamada 'Três livros sobre...', que nós estamos usando aqui no blog. O primeiro foi Três livros sobre... amor, feito por todos da equipe do blog.
*Essa é uma coluna da Iris Figueiredo no Literalmente Falando, chamada 'Três livros sobre...', que nós estamos usando aqui no blog. O primeiro foi Três livros sobre... amor, feito por todos da equipe do blog.
"O Doador" não é exatamente um livro juvenil, eu não classificaria assim, embora o protagonista tenha 12 anos. De certa forma, é um livro que faz você pensar. Por outro lado, você não consegue gostar muito do final. Todas as pessoas que leram (que eu conheço) deram uma nota mediana por causa desse final. Resumindo, o livro é questionável.
Pra começar, trata-se de uma sociedade onde não existe dor, violência, nem desigualdade. Ah, é utopia, você deve estar pensando. Não, não é utopia. Porque também não existe amor, carinho, ou afeto. Toda criança, quando faz 12 anos de idade, é designada a um cargo específico na sociedade porque todo o povo se organiza de maneira metódica, sem erros. Jonas, nosso protagonista, é escolhido para ser o Guardião de Memórias, alguém que carrega as lembranças de tudo e de todos, ou seja, as lembranças do mundo. O que já foi, o que se transformou, tudo. Não estou exagerando. É essa quantidade mesmo de memória. É um cargo importante e muito raro. E, por conta dessas lembranças sem fim, Jonas também recebe o conhecimento, algo que acabou se perdendo na sociedade devido à mesmice. E é aí que Jonas começa a questionar tudo. O porquê dessa mesmice, para onde foram todos os sentimentos...
Eu poderia escrever uma resenha sobre o livro, mas isso é assunto para outro post. O fato é que "O Doador" é uma história boa - até certo ponto. Você se sente como Jonas: começa a perguntar sobre tudo quando Jonas faz isso, começa a sentir as coisas enquanto ele vai aprendendo sobre o passado (um passado que parece terrivelmente com o nosso presente). Uma coisa legal que li nessa resenha do Nem um Pouco Épico é que o livro não tem vilões. Pelo menos ninguém tentando claramente suprimir o povo, a voz da nação ou algo assim. As pessoas são daquele jeito porque são. Elas não querem saber como poderia ser, elas não... sentem. É como se tudo fosse muito superficial, e ninguém ligasse muito.
Quando você acaba de ler, você imagina mil possibilidades, e uma delas é: será que nós mesmos somos capazes de sonhar e montar nossa própria distopia? É como se o utópico (pelo menos nesse livro) fosse quase distópico, e a diferença é tão mínima que faz a linha que separa os dois praticamente não existir.
Pra começar, trata-se de uma sociedade onde não existe dor, violência, nem desigualdade. Ah, é utopia, você deve estar pensando. Não, não é utopia. Porque também não existe amor, carinho, ou afeto. Toda criança, quando faz 12 anos de idade, é designada a um cargo específico na sociedade porque todo o povo se organiza de maneira metódica, sem erros. Jonas, nosso protagonista, é escolhido para ser o Guardião de Memórias, alguém que carrega as lembranças de tudo e de todos, ou seja, as lembranças do mundo. O que já foi, o que se transformou, tudo. Não estou exagerando. É essa quantidade mesmo de memória. É um cargo importante e muito raro. E, por conta dessas lembranças sem fim, Jonas também recebe o conhecimento, algo que acabou se perdendo na sociedade devido à mesmice. E é aí que Jonas começa a questionar tudo. O porquê dessa mesmice, para onde foram todos os sentimentos...
Eu poderia escrever uma resenha sobre o livro, mas isso é assunto para outro post. O fato é que "O Doador" é uma história boa - até certo ponto. Você se sente como Jonas: começa a perguntar sobre tudo quando Jonas faz isso, começa a sentir as coisas enquanto ele vai aprendendo sobre o passado (um passado que parece terrivelmente com o nosso presente). Uma coisa legal que li nessa resenha do Nem um Pouco Épico é que o livro não tem vilões. Pelo menos ninguém tentando claramente suprimir o povo, a voz da nação ou algo assim. As pessoas são daquele jeito porque são. Elas não querem saber como poderia ser, elas não... sentem. É como se tudo fosse muito superficial, e ninguém ligasse muito.
Quando você acaba de ler, você imagina mil possibilidades, e uma delas é: será que nós mesmos somos capazes de sonhar e montar nossa própria distopia? É como se o utópico (pelo menos nesse livro) fosse quase distópico, e a diferença é tão mínima que faz a linha que separa os dois praticamente não existir.
-Igraínne Marques
Eu já li outros livros de distopia, mas escolhi esse por dois motivos: 1) é atual; 2) é diferente. Ele destoa das distopias atuais porque ele foca muito mais na sociedade e tipos de pessoas que estão nela, em um nível de crítica. Ele não é um YA para entretenimento, ele pega mais o lado "sério" das distopias (Na verdade, nem é um YA, mas não vou discutir isso agora). Acho que falta um pouco disso hoje em dia, né?
"Os Anos de Fartura" é sobre uma China no futuro que virou uma grande potência, tudo está uma maravilha e eles estão acima até dos EUA na ordem mundial. Tudo isso está muito bom para o escritor Lao Chen, mas alguns fatos fazem ele perceber que a felicidade constante que parece atingir toda a população não é compartilhada por todos. E ainda tem mais, essas poucas exceções lembram dos dias escuros, um mês inteiro que sumiu dos arquivos. Ninguém mais lembra disso, nem o próprio Lao Chen. Levado por uma inquietação, ele acaba se envolvendo com algumas dessas exceções atrás do que aconteceu com a China, ou atrás de um amor, ou, talvez, de conseguir voltar a escrever...
Na época, eu nem percebi, mas olhando agora, o livro parece em alguns pontos uma mistura de "Fahrenheit 451" e "1984", mas adaptado a atualmente em um mundo perigosamente próximo. Esse livro foi até banido da China e o autor elogiado pela coragem de publicar algo assim.
-Dana Martins
No futuro,
a Sociedade (como é chamado o governo) controla toda a sua vida: onde você
mora, o que você come, onde você trabalha, como você se diverte, com quem você se
casa, quando você morre, etc.
A protagonista do livro é
Cassia, uma menina que acaba de completar 17 anos e confia fielmente em tudo o
que a Sociedade faz. Essa confiança, porém, é abalada quando, no Banquete de
Pares – cerimônia onde os adolescentes de 17 anos que escolheram se casar
descobre quem a Sociedade escolheu como seu par –, a tela que mostraria o par
de Cassia mostra o seu amigo Xander, se apaga, acende novamente com o rosto de
outro garoto, Ky, e se apaga novamente. E é partir desse “toque” que
levou Cassia a se questionar quanto a (in)perfeição da Sociedade que a história vai se desenvolver.
O livro, no geral, é bem lento
(mas acho que isso é “justificado” pela quantidade de informações sobre a sociedade
que autora introduziu na narrativa), por tanto, não vá lê-lo achando que vai
encontrar algo no estilo de “Jogos Vorazes” porque a coisa é muito diferente.
Eu diria que “Destino” é uma “distopia light”. Isso porque ele tem todos os elementos que
um livro distópico precisa para ser bom, mas a autora resolveu dar mais
destaque para o triângulo amoroso. Não acho que quem leu "Jogos Vorazes" só por causa da ação vá gostar do livro, acho que o público é mais para quem curte romance mesmo ou para um público mais novo (uns 8/10 anos) que tenha ficado "chocado" com a "violência" de THG.
-Paulo V. Santana
E aí, gostaram? Já conheciam? Indicam outros livros? Desses, eu (Dana), só não li "O Doador", gostei de "Os Anos de Fartura" (apesar de que não indicaria para qualquer um) e tenho uma relação estranha com "Destino, mas essa discussão fica para a resenha.
Os livros são: O Doador (The Giver, de Lois Lowry), Os Anos de Fartura - China 2013 (The Fat Years, de Chan Koonchung) e Destino (Matched, de Ally Condie).
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5 comentários
Adoro Destino, mas apesar de ser distopia, considero muito mais um romance muito bonito. Outro distópico ótimo (meu preferido <3) é Feios <3 Westerfeld <3
ResponderExcluirDude, sabia que eu (Paulo) não gosto de Feios? ;x Eu li o primeiro e achei muito "ok" e tenho o segundo a quase dois anos e até hoje não li. No início do ano comprei o terceiro para ver se tomava coragem de continuar, mas nada.
ExcluirComo todo mundo fala TÃO bem dele, eu sinto que deveria dar uma chance e reler Feios com carinho. Hm, isso vai acontecer. Só não sei QUANDO. haha
E obrigado pelo comment! o/
Oi gente (:
ResponderExcluirParabéns pelo post! Adoro essa coluna ♥. Então... li o post que diferenciou Distopia de Pós-Apocalíptico faz um tempo, e estou achando muito legal esses temas. Tipo, ainda não li nenhum livro do gênero (por uma série de motivos), mas pretendo ler em breve, pois estou muitíssimo curioso sobre o tema. Me apaixonei pela história de "O Inimigo" descrita na resenha do livro que vocês postaram, e já está na lista de presentes de aniversário que preciso receber. O Box de Jogos Vorazes também (ainda não li... me apedrejem). Então, eu queria agradecer ao blog por isso... eu nunca pensaria em ler um livro de zumbis ou algo parecido antes de conhecer o CC. Valeu mesmo (:
Abraços, pessoal. Continuem com o maravilhoso trabalho, está ótimo. Parabéns pra equipe \o/
Yay, que bom que você gosta da coluna! Eu também adoro. xD E por que ainda não leu nenhum distópico? Vale bastante a pena!
ExcluirE nós é que temos que agradecer por gostar das coisas que a gente gosta, é legal ver as pessoas compartilhando o conteúdo que a gente posta. :))
Abraços!
- Paulo
P.S.: Só volta aqui depois que ler Jogos Vorazes!!!1!!111!! Brincadeira. XD
Dos 3 li apenas Destino e adorei, aliás adoro este tema de distopia e acho que todos deveriam ler alguma coisa sobre ele.
ResponderExcluirBjs, Rose.