por Paulo V. Santana
- Autores: James Patterson e Maxine Paetro
- Editora: Arqueiro
- No skoob
- Continua em: "Private - #1 Suspect" e pelo jeito que são as séries desse autor deve vir bastante coisa por aí.
Mini-crítica:
O investigador Jack Morgan é o diretor da Private, uma das maiores agências de investigação do mundo e ele tem três casos para resolver: a série de assassinatos de colegiais em Los Angeles, o assassinato da esposa do melhor amigo e ainda "desmascarar" um esquema por trás da liga de futebol americano. Em meio há isso tudo ele ainda tem que conviver com os pesadelos da época em que passou no Afeganistão, a culpa por não ter salvado seus amigos e uma ligação que chega toda madrugada dizendo "Você está morto, Jack.".
Se me pedissem para definir "Private" com apenas uma palavra a minha resposta seria "rápido". O livro tem muita história para contar e ser resolvida e apenas cerca de 200 páginas para isso, uma conta meio difícil. Não posso dizer que o autor tenha se saído muito bem, mas é um livro mediano. Esperava bem mais, mas ainda tenho a esperança que o próximo seja melhor.
Quer saber mais? Clique abaixo para conferir a resenha completa.
Jack Morgan é um
investigador muito bem sucedido e trabalhava para a agência de investigações de
um amigo, porém o seu pai (que ele não gosta muito) lhe dá como herança a
Private, a sua própria agência de investigações, que já fora famosa e bem
conceituada. Sob a direção de Jack, a Private se expandiu e ganhou diversas
filiais ao redor do mundo.
Ao contrário da maioria
dos livros policiais esse não tem apenas um caso a ser desvendado e sim três. O
primeiro é um que parece ser impossível de resolver, o assassinato de 13
colegiais ao longo de dois anos. O segundo é o assassinato da esposa de Andy, o
melhor amigo de Jack, a Shelby. E por fim, o tio que Jack tanto adora, Fred,
aparece com a desconfiança de que haja um esquema financeiro por trás de
resultados de jogos de futebol americano.
Vi muita gente reclamando
de serem três casos, que isso enrolou o livro e tal. Mas tenho que dizer que
serem três casos era necessário para tornar o livro mais realista. Digo, o Jack
não é simplesmente um detetive particular ou um investigador de uma grande
agência como normalmente vemos nos livros e sim o diretor de uma agência internacional. É natural
que vejamos essa carga em cima do protagonista e, pelo menos para mim, soaria
falso se a Private tivesse filiais em Los Angeles, Nova York, Londres, Paris (e em mais algumas cidades que não me recordo agora) e a coisa não fosse pesada para
Jack.
Isso, junto com os
problemas pessoais de Jack que foram expostos, foi um acerto do Patterson.
Afinal, não é fácil lidar com problemas do trabalho, com um relacionamento onde
a parceira (que também é sua assistente na agência) não parece muito
satisfeita, com pesadelos da época em que ele esteve na guerra do Afeganistão e com as
ligações que chegam toda madrugada dizendo Você
está morto, Jack.
Entretanto, concordo que o
livro seja bem enrolado e o número maior de casos só contribui com isso. Achei
o estilo de escrita do Patterson bem chato, isso porque o livro é rápido demais
e são MUITOS capítulos (124 em apenas 207 páginas, acreditem), o que deixa a
história meio cortada. Além de tudo isso há uma coisa bem bizarra no livro: a
narração. Tipo, os capítulos que são pelo ponto de vista do Jack são em
primeira pessoa e os que ele não aparece são na terceira. Isso me deixou bem
confuso e todos esses problemas juntos fizeram que eu demorasse a engrenar na
leitura.
Não, eu não vou só ficar
falando mal do livro. O livro é bom e quando você “engata” na leitura tudo
fluiu bem (ou quase bem). Gostei
bastante da resolução do principal caso, que era o da série de assassinatos das
garotas, e o do assassinato de Shelby me surpreendeu, mas teve um desfecho meio
confuso. Quanto ao escândalo financeiro por trás do futebol americano foi meio
“ok...”.
* Não vou me estender se
não posso soltar spoiler e livro policial é legal ler sabendo quase nada, como
eu fiz com esse.
Bem, tenho que confessar
que o livro me decepcionou, esperava bem mais do James Patterson pelo tanto que
falam dele, espero que o próximo dessa série seja melhor. E eu ainda tenho
muita fé que as séries “Alex Cross” e “Clube das Mulheres contra o Crime” sejam
muito boas (o único problema é que os primeiros livros foram lançados pela
Rocco e eu quase nunca os acho disponível e mesmo essas sendo daquelas séries
que se pode ler em qualquer ordem, gosto de acompanhar desde o começo).
Uma espécie de desabafo
Vocês devem ter percebido pela ficha técnica e o título do post que, ao contrário do que é sempre divulgado, o livro não é só do James Patterson, mas tem uma mulher que escreveu com ele, a Maxine Paetro (ela também escreve a série Clube das Mulheres Contra o Crime com ele). E isso me incomoda bastante. Sei que é provável que o contrato autorize (?) isso da Maxine ficar em segundo plano e tal, mas não gosto do mesmo jeito. Sempre que vejo casos assim eu lembro logo de "Elixir", que é mais absurdo. Todos vocês devem conhecer o livro por causa da Hilary Duff e tal, mas o que quase ninguém sabe é que ela escreveu com uma pessoa, a Elise Allen. Enfim, só queria dizer a minha insatisfação quanto a isso, obrigado por ouvirem (ou lerem, tanto faz. haha).
Classificação:
(3,5/5 conversinhas)
O livro foi um oferecimento da nossa parceira, a Arqueiro! Muito obrigado! (:
Até a próxima!
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4 comentários
Adorei a crítica :D Estou com o 1 livro da série Alex Cross e guardo grandes expectativas. Não acho que o título de Mestre do Suspense seja apenas markenting.
ResponderExcluirAbraços, Joshua
Acho que ele deve merecer o título, mas botei muita expectativa em Private e acabei "recebendo" pouco. Obrigado pelo comentário!
ExcluirEu sempre vejo livro dele, mas não tenho muita vontade de ler. Mas isso me lembrou de Sidney Sheldon e deu vontade de ler algo do tipo. '-'
ResponderExcluirEu queria muito ler algum livro dele, acho que a expectativa grande não foi uma coisa muito boa ;x Mas o livro não é ruim, são só os "defeitos" que eu comentei mesmo. Ainda quero muito ler Clube das mulheres contra o crime, para ser MUITO legal.
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